[Notas soltas ao adormecer em Jerusalém] Não sei que escrever. Parece-me pouco. Até mesmo quase miserável ante todo o sentir, sobre ruas e ruelas carregadas de mistério e de banalidade. Repito-me no contraste. Mas é isso que me mexe e faz sentir o sagrado em cada coração, para lá de cores. O silêncio das seis da manhã, enquanto celebrava Missa na Capela da Crucificação, que alternava com os cânticos de lamentação dos coptas ante o túmulo. As pedras com milhares de anos que rodearam o Santo dos Santos que, como escrevia ontem, gritam por encontro. As conversas de partilha de vida com laivos de conversão. O tempo suspende-se. Em cada canto especial, repito a oração “entrego-Te quem me confias, quem dirigi um simples olhar e quem, para lá de credos, se dispõe a acolher o amor”.
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
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