domingo, 25 de abril de 2021

Liberdade


[Secção pensamentos soltos sobre Liberdade] Penso na liberdade como horizonte de olhar límpido de medos. O medo é o grande limitador da liberdade. Em suaves graus até nos pode proteger a vida, mas mal trabalhado ou intensificado por interesses desajustados, consciente ou inconscientemente, torna-se devastador, levando a ditaduras de relação e, em cúmulo, políticas. As fobias sociais e religiosas fazem mal. Matam. 


Somos chamados à liberdade, não ao medo. Desafia-me conhecer em profundidade Jesus, o Bom Pastor: a sua vida entregue livremente mostra-nos o caminho de quebrar as correntes do medo, das mais fortes às mais subtis. É fundamental tomar consciência desses mecanismos que impedem o profundo do humano, a inteligência e a liberdade, e fazermos caminhos de fraternidade. 


Esta fotografia foi-me enviada por um amigo Imã. Tirada por ele lá em Mossoul. “Pensei na nossa amizade sem medos, no sítio de destroços que podem falar de vida para lá das diferenças.” A liberdade é esse lugar onde tocamos a fragilidade da existência e, desde a responsabilidade, começamos a soltar medos, fobias, reconhecendo o outro, para lá dos gostos, como digno de vida. 


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