[Secção coisas de nada] O diálogo entre a luz e a sombra consegue que detenha o olhar muitas vezes. Aconteceu há pouco, com o sol a bater numa coluna do Mosteiro de Leça do Bailio. Em momentos próprios, em cuidado e respeito pelo tempo certo, e acompanhados por alguém que ajude a clarificar e dar nome, o visitar a sombra, reconhecê-la como caminho e parte do ser, apesar de exigente, é profundamente iluminador. Fazê-lo é resgatar, diminuir, a possibilidade de ser controlado por ela. Dar nome às coisas, seja o que for, em especial as escondidas, abafadas, silenciadas, é permitir que a luz ilumine a sombra. Aí, a humildade ganha espaço. Diminui o julgamento apressado por reacção. Dá-se novo amanhecer. E o sol aponta caminho de vida.
domingo, 11 de outubro de 2020
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