domingo, 16 de fevereiro de 2020

Como a si mesmo, amar o próximo



[Secção pensamentos soltos sobre racismo] Já tive oportunidade de escrever que não gosto, nem quero usar, a expressão “raça” aplicada a seres humanos. É mais um rótulo de hierarquizar pessoas, quando, na dignidade não há qualquer distinção. No comportamento sim, podemos e devemos distinguir as pessoas amadas das muito mal-amadas. Só quem tem muita falta de amor consegue alimentar ódio, ao ponto de achincalhar outra pessoa. Marega sai. Legítimo. Sobretudo quando não foram cumpridas as regras do jogo e ainda foi penalizado num momento quando, em ímpeto de reacção, se manifestou contra o gozo que estava a ser submetido. No entanto, como diz a minha querida Sílvia Baptista, “o problema não é ter saído o Marega. O problema é não ter saído a equipa toda.” Isto não é uma questão de um indivíduo, mas de consciência colectiva a manifestar que ninguém deveria ser sujeito a este tipo de comportamentos. Volto ao mesmo: toda a agressividade é resultado de muita ignorância social, intelectual e afectiva. E isto não é “eles”. Cada um de nós tem de fazer o caminho de “como a si mesmo, amar o próximo”. Tanto mudaria. 

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