N. Marcutti
[Secção pensamentos soltos]
Um mau padre não faz que todos os padres sejam maus.
Um mau jornalista não faz que todos os jornalistas sejam maus.
Um mau actor não faz que todos os actores sejam maus.
Um mau professor não faz que todos os professores sejam maus.
Um mau polícia não faz que todos os polícias sejam maus.
Um mau escritor não faz que todos os escritores sejam maus.
Um mau advogado não faz com que todos os advogados sejam maus.
E por aí fora…
Todas as generalizações vêm de emotividade, de desconhecimento ou projecção de frustrações, provocando muito ruído. Mesmo sabendo que “um-mau-seja-o-que-for” mancha e é de evitar, isso não significa que se ponha tudo ou todos os outros no mesmo plano de igualdade. As discussões salutares, sejam sobre que tema for, implicam muito respeito. Achincalhar é o método usado por totalitaristas (da direita à esquerda) para menosprezar a realidade que não se gosta ou se quer anular. A formação de carácter, independentemente do tipo de crença social, religiosa e política, sabe respeitar, distinguir pessoa do argumento e, sobretudo, viver a honestidade intelectual que não embarca em emotivismo. Mas, torna-se cada vez mais difícil tal acontecer em tempos de rapidez, onde tudo tem de ser dito em meia dúzia de caracteres. Esse “tudo” acabará por reduzir-se a ataques e generalizações. A sociedade está a precisar de tanto silêncio e paragem.
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