sexta-feira, 25 de maio de 2018

Aula com alunos de 8.º ano




[Aula com alunos de 8.º ano] Estamos a tratar o complexo tema da liberdade.
- Posso bater na Bia?
Um uníssono “não”.
- Porquê? O que me impede?
“Não é justo.” “Não se pode bater nas pessoas.” “Ela vai sofrer.” “Não há razão para isso.”
- Hmmm, pois. Isso tudo, sim. Mas, ainda assim, há algo que me impede: a consciência. Quando tinha a vossa idade, batiam-me, chamavam-me nomes, etc. e tal. O famoso bullying que na altura não tinha nome. Eu podia ter ficado reactivo, mas quando se forma a consciência (a estudar, a informar, a curar memórias feridas, etc.) tomamos consciência do outro e isso impede de fazer mal. Em vez de “acção – reacção”, vive-se “acção – acção”. A reacção está ligada ao impulso. A segunda acção será uma resposta consciente e humanizadora. No fundo, encontrar liberdade diante do impulso. A verdadeira liberdade dirige-se sempre para o bem do outro. A liberdade é educada… e educação é liberdade. Tudo isto impede-me de bater na Bia ou seja em quem for.

Depois mostrei-lhes esta conferência, de Shameem Akhtar, sobre a importância da Educação para a liberdade:


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