[Secção pensamentos soltos] Voltei ao passeio em silêncio. A conferência de hoje foi desafiante: a importância do diálogo. Tanta falta faz na actualidade, entre gritos de imposição e de certezas. Afinal, no diálogo há que estar disposto a mudar de perspectiva. Ao passar pelo mesmo lugar de ontem, reparando na força do verde escondido pelo manto branco, pensei nas mudanças, nas necessárias conversões a viver para perceber que o que faço de bem ou de mal tem efeitos extensivos à humanidade. Sendo cada um de nós humanidade toda, os gestos têm densidade criativa do melhor ou do pior. As imagens que chocam podem ser castradoras, sobretudo pelo efeito anestésico de banalização ou de impotência, levando ao desânimo. Para que não o sejam, mais do que replicar, neste momento o melhor que posso fazer é tornar os meus gestos, as minhas palavras, o meu coração, em Bem comigo mesmo e, em consequência, com o próximo. Não podendo acabar com os conflitos lá longe, faço o que me é possível para acabar com os de perto. Dando vida ao próximo, dá-se um pouco de vida e esperança a toda a humanidade.
quinta-feira, 1 de março de 2018
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