Ajay Verma
[Secção coisas de corpo] 80. Pelo menos! 80 mulheres, segundo dados da Unicef, foram genitalmente mutiladas em Portugal no ano que passou. É muito. Deveria ser nenhuma, tanto em Portugal, como no mundo, em que se chega a cerca de 2 milhões por ano a serem mutiladas. A notícia praticamente passa desapercebida. A dor física e de dignidade é inexplicável. Ainda há muito a educar sobre o corpo, no qual se inclui o prazer. Não se trata de promoção de hedonismo, mas de dignidade humana. O prazer, o deleite, a satisfação, fazem parte do saborear da vida. Inclui-se o sexual. Em muitas culturas continua a haver medo do corpo e do que esse prazer pode provocar de emancipação feminina. A educação pelo respeito, tanto da mulher, como do homem, também passa pelo saber viver o prazer natural da vida. Como cristão, acredito na divindade presente em toda a carne humana graças ao mistério da encarnação. Quem mutila ou promove a mutilação, física e/ou psicológica, atenta criminosamente contra a humanidade.
http://observador.pt/2018/02/05/unicef-alerta-para-80-casos-de-mutilacao-genital-feminina-em-portugal-num-ano/
Obrigado pela boa partilha.Infelizmente tão real.
ResponderEliminarBoa noite
Infelizmente, sim.
EliminarRealidade tão triste, tão revoltante. Há coisas que não dá para entender e esta é claramente uma delas
ResponderEliminarMesmo! Daí a importância da educação, para que estas realidades diminuam.
EliminarQue culturas tão pobres e deprimentes nem parece que estamos no sec.XXI com tanta informação gratuita a toda a hora.Sou mulher e esta realidade assusta-me;todos os que fazem essas barbaridades deviam ser bem penalizados. Obrigado pelas suas publicações P.Paulo.
ResponderEliminarÉ mais complexo que parece. Enfim, haja caminho de humanização.
EliminarSinto uma tristeza enorme. Há vários anos passou uma reportagem acerca desse assunto: ficou-me retida a imagem de uma menina de 4/5 anos a chorar com toda a força dos seus pulmões, enquanto lhe cortavam o clitóris e depois davam umas palmadinhas com água quente. Mais tarde uma negra tornou-se a "bandeira" contra essa mutilação, fazendo uma cirurgia reconstrutiva e sendo famosa como modelo. Mas as tradições falam tão alto, a ignorância fala tão alto...
ResponderEliminarNão sei se será a mesma, mas também vi uma reportagem gritante de desumanidade na tradição.
Eliminar