segunda-feira, 3 de abril de 2017

Amor em liberdade




Amir Cengic

Não podemos mudar o passado. No entanto, a riqueza do estudo e do conhecimento da história permite-nos perceber o que é possível agradecer ou mudar no presente. Falo de história pessoal e, chamemos-lhe, comunitária. Cada um de nós recebe influências de tanta realidade. Isso significa que temos de estar presos para sempre? Não. Tenho pensado nisto com ajuda das fortes e bonitas passagens do Evangelho de S. João dos últimos domingos. Nos três, a partir da água [samaritana], da luz [cura do cego] e da vida [ressurreição de Lázaro], é intenso perceber o quanto somos chamados por Deus à Liberdade do que nos oprime e impede de sermos nós mesmos fonte de água, luz e vida. Pensando em Lázaro: Que pedras nos encerram em túmulos de medos? Que escuridões provocam reacções de defesa ante algo ou alguém que nos toca em feridas com nomes concretos? Que ligaduras de histórias mal-contadas ou de culpabilizações nos impedem os movimentos? É fascinante como Jesus, emocionado, mostra o seu amor pela humanidade, tocando nos pontos centrais que impedem o nosso crescimento pessoal e comunitário. “Lázaro [ou cada um dos nossos nomes], sai cá para fora!” Sente-se que Deus tem grande desejo no amor em liberdade de cada ser humano.

1 comentário:

  1. Uma boa reflexão,sobre os temas fortes dos últimos domingos.
    É preciso que estejamos atentos aos pormenores e à beleza de Deus, que nos fala nas mais variadas circunstancias.


    Abraços.

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