[Aula com alunos do 6.º ano] Sempre que posso, saio da sala com os alunos. Eles sabem disso e, sempre que o tempo permite (para eles frio não conta), vamos até ao bosque. Se já em aula, com a relação de proximidade, vão fazendo perguntas ou partilhas mais pessoais das suas perspectivas sobre a vida, em momentos fora do contexto habitual, outras conversas surgem. Ao seu modo, partilham a viagem de sonho ou a dúvida sobre algo ou ainda a tristeza por alguém doente. Assim que chegam ao bosque, depois do habitual convite a escutar o silêncio:
- Stôr, podemos ir ali ao fundo? Queremos preparar-lhe uma surpresa.
Passado um tempo, chamam-me.
- Stôôôôr!!! Já pode cá vir!
Fomos todos, a ouvir o resmalhar das folhas secas.
- O Natal já passou, mas como o stôr diz tantas vezes, Jesus está sempre a nascer. É para si.
- Permitam-me: é para nós.
E abracámo-nos todos, em agradecimento.
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