Silêncio. Talvez das palavras mais repetidas no livro. Tantas vezes o sinto, o busco, o vivi e vivo, nas suas muitas facetas, desde o aconchego ao desespero. Silêncio aliado à fé causa ainda mais inquietação… sobretudo quando de todo o ser se tenta escutar a voz que encaminha na vontade de Deus, como certeza de fé e orientação, como incompreensível, como vendaval que desmonta qualquer alicerce anteriormente construído. Muitos dizem que é apenas “coisas de Homem”, isso da religião e da fé, para justificar a fraqueza humana desejosa de sentido no meio do absurdo. Por vezes, à maneira de Job e do próprio Moisés, em grito blasfemo, também sinto a fé agitada por muitas perguntas. Nunca conheci a tortura da fossa, nem a de estar num tronco em mar levando com vagas sem poder respirar, nem nenhuma outra, que me possa dignar a julgar qualquer decisão de “sim” ou “não” à fé. Na pequenez do meu tempo de vida, também como jesuíta e padre, e de escuta de histórias, minha e de outros, são muitas as vezes que me silencio, evitando respostas rápidas, em palavras de circunstância. O Amor, ou seja, Deus, tem caminhos insondáveis, diante dos quais o silêncio, Seu ou nosso, é a resposta. Depois de ler o livro de uma só vez, aguardo o filme… “Silêncio”.
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