E. Joidos
Por aqui e por ali surgem os balanços de ano velho e desejos, previsões, etc., de ano novo. Ao nível comunitário, mais local ou universal, por questões de funcionalismo, é necessário marcas temporais… ano civil, ano académico, ano judicial, ano litúrgico. Depois, há as inúmeras passagens de tempo que não são tão coincidentes com as globais. Na nossa vida pessoal, são muitas as passagens que são marcos de tempo antigo para novo: um encontro, uma conversa, um retiro, uma missa, uma assinatura (de casa, trabalho, rescisão, casamento ou separação), uma doença, uma operação, a aprovação no último exame, a defesa da tese, o nascimento ou a morte, o resultado de umas análises, e por aí fora, de coisas tão subtis que têm mais significado do que se pensa. Há sempre o desejo de que o que vêm a seguir seja melhor, mas, parece-me que será sempre bom quando melhoro, cresço, evoluo, enquanto pessoa… não ficando nem preso ao passado, nem com angústias de futuro. Há muitas passagens de tempo individuais que, quando bem vividas, além de poderem ajudar a crescer, contribuem para o melhoramento do mundo. É que o mundo não são “eles”, essa realidade exterior a mim, mas também o que eu faço dele. E se cada um de nós evolui, cresce, vive a conversão de coração, então o que nos rodeia também.
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