segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Amor e fé




Razz Razali

Quem teve oportunidade de celebrar Missa hoje, rezou com a passagem do Evangelho de S. Mateus onde se relata a cura do servo do centurião [Cf. Mt 8, 5-11]. No final, Jesus faz um grande louvor a alguém que não comunga da fé judaica e, ainda por cima, faz parte daqueles que oprimem Israel. Nesta passagem, Jesus reconhece a fé pessoal, para lá de participações sociais, religiosas e/ou políticas, a partir de alguém que, além de amar e desejar a vida do outro, neste caso do seu servo, tem perfeita consciência do que significa o poder e a obediência. Mais uma vez, a partir de algo quotidiano, Jesus reconhece a fé que vai para além de manuais de teologia e de rituais. Eles são necessários para compreender e viver a relação com Deus, mas não são absolutos. Absoluto é, à semelhança do amar a Deus, o amor pelo próximo… por isso, nesta esperança do nascimento do Amor, o próprio Jesus, a fé é desperta em tantos e tantas que simplesmente amam e desejam promover a elevação da humanidade. Não sabemos se o centurião se converteu à fé judaica, apenas sabemos que o seu amor pelo servo ajudou à cura e à admiração de Jesus: “Em verdade vos digo: não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé”.


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