quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Péssimo(a)?




Mickel Smithen

[Secção pensamentos soltos sobre humanidade] Infelizmente, julgamo-nos demasiado em quantidade e em velocidade.
- Porque não consigo acalmar um filho numa birra, sou uma péssima mãe ou um péssimo pai.
- Porque não estou a 100% no casamento, sou um(a) péssimo(a) esposo(a).
- Porque dou-me conta de que não consigo dar bem esta ou aquela matéria, sou um(a) péssimo(a) professor(a).
- Porque, estando numa missão de risco, tenho saudades e até medo, sou um(a) péssimo(a) militar.
- Porque não consigo gostar de toda a gente por igual, sou um(a) péssimo(a) religioso(a).
- Porque não consigo dar atenção às 5 paróquias e 4 cargos na diocese, sou um péssimo padre. 

Pois… há muito trabalho a fazer para se perceber que não se é péssimo porque se falha, porque se vive as emoções, porque não se é uma máquina. É péssimo, sim, a falta de compreensão para consigo próprio e para com os outros, nessa consciência de que se é, mesmo, de facto, realmente, humano e não um número ou objecto social.


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