quinta-feira, 5 de maio de 2016

Ainda a liberdade...




Estes últimos dias foram cheios de acontecimentos. Desde as conversas que marcam, passando pela festa dos pequenotes por se irem confessar pela primeira vez na preparação para a Primeira Comunhão (alguns, quando cheguei, saltavam de alegria... ao que lhes disse: "é essa a atitude... e a manter!") e, claro, a grande mobilização que aconteceu ontem, para continuarmos a manifestar a favor da cada vez maior liberdade de escolha na educação, que o recente despacho 1H/2016 da Secretaria de Estado da Educação pretende cortar, a partir da delimitação geográfica. Tudo aconteceu muito rapidamente, com a ideia por parte dos alunos de montarmos tendas à entrada da escola, passando lá a noite, e assim manifestar o apreço e carinho por esta pedagogia e modo de educar. Chamaram colegas e educadores (enc. de educação, docentes e não-docentes), no fundo a comunidade que cresce à volta da escola, fez-se arroz e omeletes e foi a animação. Fomos entrevistados pela SIC, pelo Porto Canal e pela RTP. Uma das jornalistas comentou surpreendida: "mas, estão felizes enquanto protestam". Pois, é isso, ninguém é "arruaceiro". Estas escolas formam pessoas também para o sentido cívico da manifestação, mostrando, precisamente pela animação e felicidade, os laços que se criam. Como se notou, a força da vida, com respeito e civismo, mostra aos governantes que a escola não se baseia em números, mas em pessoas que exercem o direito da liberdade de escolher a pedagogia que querem seguir.

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