Aurora Simionescu
Este fim-de-semana uma aluna nossa perdeu o pai. Pela doença, já esperava o que, apesar de tudo, não se espera. Nisto de preparar o seu regresso à escola, fui à turma falar do luto e de como ajudar a vivê-lo. O básico: pode haver as fases do luto, mas não se o vive de igual forma. O mais importante é respeitar os tempos de quem por ele passa, dando também o necessário espaço. Estar presente, na delicadeza de mostrar a atenção de forma mais ou menos subtil e não fazer qualquer julgamento. Não, não se tem de chorar. Pode até parecer que a pessoa esteja insensível a tudo. Os tempos e as formas não são iguais. Sim, estar atento, ajudar a fazer caminho da mudança de relação. No fundo, o luto é tempo, espaço, vivência, em que a relação muda. E fizeram o silêncio de quem mais queria saber para melhor amparar.
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