Fotograma do vídeo com as muitas flores do casal Kuroki
[Secção desabafos] Podia dar muitos exemplos dos contrastes entre o melhor e o pior do ser humano, mas fico-me por dois: por um lado, as selfies com a cria de golfinho que acabou por morrer; por outro, o Sr. Kuroki, japonês, que plantou milhares de flores para que a mulher, que cegou, pudesse sentir o cheiro das flores e assim voltar a sorrir. A selfie, como qualquer foto, pretende registar momentos únicos. Mas de que serve registar esses momentos únicos se não são vividos por se estar preocupado com a selfie? Ou, pior ainda, que leve a voltar a ver a foto com o golfinho e pensar que morreu à força dessa ganância de ter sido tirada? Este é mais um exemplo em como se pode chegar a tal consumismo, tanto material, como imaterial, que se esquece o saborear as coisas, com o respeito pela realidade que nos circunda. Não, não se está só no mundo. As criaturas, do plancton às árvores, passando pelos corais e musgos, são essenciais para o equilíbrio planetário. De facto, se se descarta com facilidade pessoas, o resto torna-se algo a uso, pior, a abuso, sem problemas de consciência. Com isto, percebe-se que há grandes riscos de perder o sentido de humanidade. No entanto, há laivos de esperança, de quem reconhece o bem que se faz na entrega ao outro a partir da mesma beleza da natureza… despertando sentidos e emoções. Deus convida-nos a ser, não destruidores, mas co-criadores, de vida, de arte, de sonhos, de respeito, de natureza e de humanidade, com Ele.
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