terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Bom senso




Chuan Teik Heng


Quando aprendi a conduzir, uma das coisas que me chamava a atenção e que não tinha propriamente objectividade era a “moderação”. Até me chegou a sair no exame de código algo relacionado com “velocidade moderada”. De vez em quando, nos painéis da auto-estrada lá aparece “Com chuva conduza com moderação”. Ora, isto da moderação apela ao bom senso. Não há um dado objectivo do tipo “87 gramas de bom senso” ou “113 km/h de moderação”. Percebe-se que a moderação ou o bom senso surge com a experiência, que vai dando consistência à sabedoria. Em muito radicalismo com que nos deparamos, no âmbito social, político, religioso e/ou cultural, pode haver falta de bom senso, ou, noutras palavras, de educação, pela observação atenta, pela leitura diversificada, pela escuta do outro, pelo uso articulado de razão e de emoção. Ter bom senso e saber aplicá-lo é sinal de maturidade.

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