terça-feira, 12 de maio de 2015

A noite de 12 de Maio




Henriques da Cunha

[Escrito há um ano, mas actual. Ainda mais quando sei de tanta gente amiga que lá está] 


Das imagens que mais gosto, quando estou em Fátima a 12 de Maio ou de Outubro, é o momento em que se elevam as velas durante o terço. Das várias vezes que lá estive, encontrei pessoas do mais variado que se pode imaginar: pobres de dinheiro ou de espírito, ricas de criatividade ou de vaidade, crentes em Deus ou na energia cósmica do Universo, descrentes na política ou na família, alguém na solidão estando rodeada do grupo que a acompanhou em peregrinação e alguém com o coração cheio de gente, depois de ter caminhado só, em silêncio, durante 5 dias para agradecer algo importante na sua vida. Na escuridão, não havia rostos, nem roupas, apenas a luz que cada pessoa, independentemente da sua história pessoal e de relação com Deus, elevava. Essas luzes iluminam sempre todo o recinto… e, atrevo-me a dizer, a humanidade. Gosto desse momento, pois não se pode fazer nenhum julgamento. E aí está um dos Mistérios da Fé!

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