quinta-feira, 30 de abril de 2015

Arrepio... para ajudar




Navesh Chitrakar/Reuters

[Secção ajuda humanitária, especial Nepal] Entre muitas coisas que circulam pelo facebook, vi uma imagem com duas fotografias. Numa, uma pele arrepiada, com a frase “Presença de Deus segundo alguns”. Noutra, a Madre Teresa de Calcutá a alimentar uma criança: “Presença de Deus segundo a Bíblia”. Como imagem que é, resume muito. Recordei as vezes que senti arrepio depois de comungar ou depois de momentos espirituais fortes. Lembro-me perfeitamente da sensação vivida depois da 1.ª comunhão, do Crisma e nas ordenações de diácono e padre. Aquela sensação epidérmica que mostra que alguém especial nos toca. Tirando esses momentos, já há muito, mas muito tempo que não me arrepio depois de comungar. Também tenho muitos dias em que a oração se torna seca, naquela sensação epidérmica de vazio. Claro, a conversão acontece quando se tenta busca o sentido de Deus nas nossas vidas para além desse sentir epidérmico, dando o passo na entrega, no serviço ao outro. Sim, há momentos que vai de arrepios, nesse aconchego de “abraço divino”, faz parte. Espero que de algum modo se guarde a criança e o adolescente em nós, que vive de forma emotiva. No entanto, não se fica por aí. Esse arrepio, se amadurecido com a formação e a oração, começa a despertar outros a partir do da confusão, da comoção diante da injustiça ou do outro que sofre, levando-me, tal como em Deus, a sair em sua direcção, ajudando no que me é permitido. Nem precisa ser coisas extraordinárias, de forma espectacular com direito a selfie. Às vezes começa na toma de consciência de que ajudamos o outro se nos ajudarmos a nós próprios (cada qual saberá que tipo de ajudas precisa), noutras, na saída da queixa para o agradecimento, noutras ainda, na participação de forma discernida e esclarecida em ajudas humanitárias com o que nos é possível.

Neste momento dou uma sugestão. Ficamos todos com arrepios ao ver as situações de catástrofes naturais ou humanitárias. Neste momento há muita gente no Nepal a precisar de ajuda. Os jesuítas na sua acção social funcionam em rede, a Rede Xavier. A Fundação Gonçalo da Silveira está presente nesta rede e faz chegar aos jesuítas no Nepal as ajudas monetárias recolhidas. Para quem possa, para além do pensamento e da oração, aqui está uma forma de ajudar:

Fundação Gonçalo da Silveira
NIB – 0036.0000.99105889828.65
N.º Conta - 000.10.588982-8
IBAN – PT50.0036.000099105889828.65
BIC/SWIFT - MPIOPTPL

Muito obrigado!


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