segunda-feira, 2 de março de 2015

Presente(s)



Nicolau Pinto Coelho

Tocaste suavemente à porta.
“Entra” respondi. 

Indicas a janela.
Cheguei a tempo
de receber o presente,
que nunca será meu.

Iluminou-se 
a sombra de mim.
Tu nunca serás meu,
mas nosso, sem
morada ou templo.

Com a mesma suavidade 
saíste,
sem bater a porta. 


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