quarta-feira, 11 de março de 2015

Chá de Violeta Imperial




“O Sal da Terra”, sobre Sebastião Salgado, continua a fazer eco. As perguntas são muitas, como se mergulhado num rodopio de imagens com rostos, terras, árvores que crescem depois de plantadas por mãos que num clique abriram a perspectiva de sombras, dando luz ao desconhecido. Sinto-me envolto em mundo, aqui fechado no quarto, rodeado de livros de pensar Deus. Paro. Recordo o momento libertador de hoje na aula de dança. Ao som de “Una patada en los huevos” de Alberto Iglesias segui as orientações da Diana: “transforma el movimiento, no lo cambies bruscamente. Acepta lo que vives, entrégate, como eres llamado a hacerlo”. Trouxe o presente de que foi intermediária vindo de Groix, uma ilha do mar bretão: chá de violeta imperial. Saboreio-o na chávena pessoana que me acompanha há anos, também ela presente, “Eu sou do tamanho do que vejo… e não do tamanho da minha altura”. E neste silêncio, seguindo em caminho de Quaresma, entrego o que não compreendo e a minha, talvez pouca, fé ao Senhor de todas as coisas.

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