sábado, 21 de fevereiro de 2015

Deserto e liberdade



Silvia Aresca

Andava em busca 
da afirmação, 
como se a existência 
tivesse de ser declamada 

na vontade de poder, 
no controlar dos passos. 

É deserto a atravessar,
onde ainda se chora as cebolas 
recolhidas na escravidão .

Queima a pele, 
surge a sede, 
sai o velho,
aparece o novo. 

E noite após noite 
as histórias são recontadas, 
permanecendo a memória 
e a certeza da liberdade.  


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