quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Amor. Eternidade.




Alexis Milford

- que interesse o amar, 
se a vida se reduz ao efémero?

- quando o viveres,
à séria e autenticamente,
nas dores de parto,
no silêncio da impotência,
na certeza do amanhecer,
para além de ti,
tocas eternidade.


1 comentário:

  1. Anónimo17:55

    Olha, o negativo do teu poema:
    Soneto de Fidelidade
    De tudo ao meu amor serei atento
    Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
    Que mesmo em face do maior encanto
    Dele se encante mais meu pensamento.

    Quero vivê-lo em cada vão momento
    E em seu louvor hei de espalhar meu canto
    E rir meu riso e derramar meu pranto
    Ao seu pesar ou seu contentamento

    E assim, quando mais tarde me procure
    Quem sabe a morte, angústia de quem vive
    Quem sabe a solidão, fim de quem ama

    Eu possa me dizer do amor (que tive):
    Que não seja imortal, posto que é chama
    Mas que seja infinito enquanto dure

    Vinicius de Moraes

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