domingo, 19 de outubro de 2014

Entre pensar, quebra de ídolos e misericórdia divina



Jimmi Chin


Não sei se sou exemplo. Sei, sim, que a minha responsabilidade social vai crescendo. A velocidade? Depende dos dias… e, pelo que percebo, dos posts. ;) Fora de brincadeiras, isto de pensar tem que se lhe diga. E pensar a partir da fé, ui, nem se fala. E pensar a partir da fé estando integrado (e muito contente por isso) numa instituição como a Igreja, então é o extremo do muito a dizer, ou, por vezes, ter de ficar calado, naquele silêncio de quem observa e só fala quando chega o momento certo (ou nem isso). Às vezes são contorcionismos interiores, a revolver entranhas. Apesar de tudo, dá muito gozo. Uma das coisas que me ajudou foi perceber que não ando com Deus no bolso. Em tempos achei que sim, que era tão fácil afirmá-lo ao ponto de ser incompreensível como é que havia alguém que não acreditasse n’Ele. Pois… até chegarem as crises de fé, sim, como jesuíta, e desmontarem-se ídolos tão subtis como a “deusa doutrina”, o “deus moralista”, o “deus que faz acepção de pessoas”. Esses momentos são terríveis, duros… e profundamente libertadores. E isto não leva a um laxismo zen, em que tudo vale. Leva à certeza de que absoluto só Deus, que é lento na ira e pleno de misericórdia.

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