terça-feira, 30 de setembro de 2014

[Sobre] Eleições



Valerios Theofanidis


Cada vez que há algum tipo de eleições espera-se o salvador: “Ah, agora sim é que vai mudar!” Há festas, críticas, sorrisos, descontentamentos, gritos de vitória, silêncios de frustração, mas, haverá o essencial? Batalho na mesma tecla: o sentido de responsabilidade por quem irão servir. Servir e não ser servidos. Isto é bonito, mas um dos grandes descréditos na política surge por não se ter em consideração as pessoas. O Povo? O Povo é uma massa abstracta bonita, mas que tem muita gente incógnita, que se desconhece. “Mima-se”, em apelo de “agora é que é”, para os votos, mas depois… desconsidera-se a realidade, entrando ora numa de populismo ora numa de regressão e cortes incompreensíveis, não se dando pontos fundamentais: justiça e humanidade. Sim, estamos em tempos de “fibra óptica”, passa tudo muito rápido, a memória fica curta, misturado com “o meu, só meu, interesse”. Talvez tenha passado ao lado, mas a Frente Nacional (partido de extrema-direita) ganhou pela primeira vez, repito, primeira vez, dois lugares no Senado francês. “Calma, mas estás a falar de Portugal ou de França?” Estou a falar de presente a apontar para o futuro.

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