segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Há sempre algo na vida vivida



Jhulan Mahanta


Desde há pouco mais de ano e meio que vou escrevendo um post diário, às vezes dois. Tenho optado pelo género literário partilha, mesmo correndo o risco de “ego”. Não me considero escritor, em respeito por aqueles que realmente o são. E não é falsa modéstia. Talvez um dia. Tal como me vou apurando na dança, no movimento, no corpo. Profissional não serei. Por enquanto, vou sendo um pouco mais conhecedor. Nas palavras ou nos gestos vou-me inspirado na realidade: do banal ao extraordinário, no que vivo ou que outros vivem, no desenrolar do dia, na oração ou nalguma conversa ou acontecimento que me deixa a pensar ou revolve as entranhas. Em cada canto, se estou atento, “des-cubro” manifestação divina. São muitas as vezes em que volto ao que escrevi, levando-me a ser coerente ou, então, perceber as mudanças no que re-escreveria. As histórias, como costumo dizer, são inacabadas. O fim já nem sequer é a morte… talvez seja a ignorância sobre cada qual e sobre as possibilidades da vida que vai para além do respirar. Nisto, sabendo que as 2.ªs-feiras podem ter ar dramático, deixo que comece uma nova semana, mesmo que possa ser aborrecida. Já é algo. Há sempre algo na vida vivida.

Sem comentários:

Enviar um comentário