quarta-feira, 23 de julho de 2014

Rostos



Shahnewaz Karim


Tenho a mania de olhar rostos. Aperceber-me dos detalhes, das características que marcam a pessoa a partir do rosto. Nota-se o cansaço, a felicidade, a tristeza, a dureza do muito que passa ou passou, o desejo. Se os olhos são “o espelho da alma”, o rosto, como Emmanuel Lévinas afirma, é o infinito do outro. Cada vez mais me convenço: o que cada rosto segreda é o desejo de ser amado. Isto não é coisa pouca… há quem sofra e faça sofrer por isto não acontecer. As variantes são inúmeras. Volto ao mesmo: “como a si mesmo, amar o próximo”. E a dignidade humana, se mais passos houver neste sentido, ganhará novos contornos… mesmo sendo nós mais de 7 mil milhões no mundo.

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