sexta-feira, 25 de julho de 2014

Infinito de Mar




É um misto de sensações. Sinto a tristeza do que se passa no mundo, naquela impotência que tenho comentado, deixando-me ficar em pequenos momentos de silêncio orante pedindo a paz: não só nas zonas de conflito, como aos corações das pessoas que vivem a dor dilacerante das perdas humanas de forma tão bruta. Também sinto aquela felicidade inexplicável do dom recebido por Deus, desta entrega de dar corpo, no serviço aos outros. Hoje fui ao “fim de terra”, olhar o infinito do Mar, numa zona tão especial para mim desde muito novinho: o promontório de Sagres. Aí, sentindo a força do vento a empurrar-me, escutando as ondas a rebentar na costa, rezei a Deus que se confia nas nossas mãos para sermos portadores da Sua paz. Naquele silêncio preenchido pela História de tantos que, com garra e medos, partiram em busca de novas terras, pedi ao Senhor que me dê um coração sábio, mantendo a autenticidade que vou descobrindo, e possa, ao jeito de São João Baptista, apontar ao Infinito que dá vida. E recordando São Tiago, pedi-lhe para fazer dos meus passos peregrinos um meio de encontro entre Ele e quem o busca. 

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