quinta-feira, 13 de março de 2014

[Des]arrumos [teológicos... e outros]



James P. Blair

Passado alguns meses de começar a estudar teologia, formulei-me esta questão diante dos programas: “isto parece tudo tão arrumado… tão bem arrumado, como se já tivéssemos as respostas todas. Então, porque é que não somos todos crentes faltando, em pleno séc XXI, o perdão, a ordem, a certeza, no fundo, ‘a’ Verdade?” Isto mexia-me mesmo as entranhas. Ponho no passado, pois após estes anos de estudo percebo que não está tudo arrumado. Que, graças a Deus, há discussões, pontos de vista diferentes, etc. É isso que dá vitalidade a um grupo ou sociedade. A relação seja humana, seja com Deus, não se reduz a fórmulas mágicas. A forte imagem do povo a caminhar pelo deserto durante 40 anos, com altos, baixos, queixas, lamentações e louvores, mostra que o caminho não se faz por magias, mas por aprendizagem. Cada vez mais me convenço que é preciso humildade para admiti-la e sair do “eu cá é que sei” ou “eu cá tenho a minha opinião e ninguém ma tira”, para “obrigado por me teres desarrumado os esquemas”. 

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