quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mafalda | Mafi | "Mafaldisses"




Ricardo Quintas

Querida Mafalda

sei que me permites que escreva sobre ti. Conheço-te há dias… apesar de já te ter visto tão perto há uns anos, em Lisboa. Confesso-te, já me tinhas chamado à atenção. Agora, depois de falar contigo, recordo perfeitamente as tuas gargalhadas. Entretanto o tempo passa, o normal, cada um a fazer o seu caminho. Mas, entre auto-estradas e vielas de campos perfumados e enlameados pela chuva [sabes melhor que eu: nos passos dados não há apenas rosas], entrecruzam-se os espaços, os tempos, as vias e, de repente, a Suzanne fala de nós um ao outro. E na tua cadeira de rodas és mais rápida que eu. Sim, bastava um clique, mas não te chamem nem lenta, nem pequena. Em meia dúzia de palavras, [sim, a culpa é da escrita] demo-nos voz e vida. Sabes rir das tuas dores e fazes-me mais uma vez pensar que a força presente na fragilidade pode ensinar que a perfeição nada tem que ver com beleza, mas com amor à vida e aos sonhos. Ambos rompemos esquemas, acompanhados pelo Deus que se humaniza nos nossos testemunhos, igualmente diferentes. Os teus ossos podem não ser de diamante e o cálcio, esse, fica retido sabe-se-lá onde, fazendo com que quebres. Mas como partir também tem o significado de ir, acredito que vais longe e com o teu olhar, vida e fé, fazes com que muitos possam viajar ao encontro de si e de outros. Se alguém te fica indiferente, é porque ainda não nasceu. Gosto de ti! Rezo por ti! 

Abraço suavemente apertado. 
Paulo

P.S. - Estou desejoso de te pegar ao colo!! :)


[Para saber um pouco mais desta grande Mulher: essejota.net | Mafalda Ribeiro]

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