segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"Estou disposto à conversão?"



Harold Feinstein

(Versión en español en los comentarios)


“Estou disposto à conversão?” De vez em quando lá vem a questão. Levo-a à séria. [Cansam-me frases bonitas, ideias que aconchegam o coração ou o uso de textos edificantes que se ficam por isso mesmo.] Há conversas que deitam-me por terra algumas certezas. E há momentos que é terrível! Atenção, não aceito que tudo vale o mesmo. Quando escuto um refugiado que sofreu horrores impossíveis de descrever continuando com uma fé inabalável; alguém que acaba de saber que tem cancro e põe tudo em causa; um companheiro que me diz que na Síria, bem pertinho donde ele é, há pessoas que já estão a comer erva para sobreviver; pessoas que conheço que estão mergulhadas no desemprego ou com doenças que alteram a vida, etc.; dá-me que pensar e, sem entrar em espiritualismos rápidos e fáceis e sem remorsos ou culpa pelas facilidades ou posibilidades que tenho, procuro perceber como posso tornar-me melhor. Ou seja, deixar-me converter. Sei, como já aconteceu, que posso perder seguranças e até estabilidade emocional. Também sei que (graças a Deus o “ser em caminho”) de repente pode abrir-se algo novo. Sobretudo na compreensão. “Estou disposto à conversão?”, fica no ar a pergunta.

1 comentário:

  1. "¿Estoy dispuesto a la conversión?"

    “¿Estoy dispuesto a la conversión?” De vez en cuando viene la cuestión. La llevo muy en serio. [Me cansan frases bonitas, ideas que acunan el corazón o el uso de textos edificantes que se quedan por eso mismo.] Hay charlas que me echan por tierra algunas certezas. ¡Y hay momentos que es terrible! ¡Ojo!, no acepto que todo vale lo mismo. Cuando escucho un refugiado que sufrió horrores imposibles de describir siguiendo con una fe impresionante; alguien que acaba de saber que tiene cancro y pone todo en causa; un compañero que me dice que en Síria, muy cerquita donde él es, hay personas que ya están a comer hierba para sobrevivir; personas que conozco que está de lleno en el paro o con enfermedades que cabiam la vida, etc.; dáme que pensar y, sin entrar en espiritualismos rápidos y fáciles y sin remorsos o culpa por las facilidades o posibilidades que tengo, busco percibír como me puedo tornar mejor. O sea, dejarme convertir. Sé, como ya pasó, que puedo perder seguridades e incluso estabilidad emocional. También sé que (gracias a Dios el “ser en camino”) de repente puede abrirse algo nuevo. Sobre todo en la comprensión. “¿Estoy dispuesto a la conversión?”, queda en el aire la pregunta.

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