quarta-feira, 27 de março de 2013

fé [como interrogação]




(Versión en español en los comentarios)

“Há que repetir uma e outra vez: a fé não é uma questão de problemas, mas de mistério, por isso nunca devemos abandonar o caminho da interrogação”. Tomás Halíck, em “Paciência com Deus”. Se se entende a Paixão (de Cristo ou nossa) como um problema, esta fica como que uma coisa estúpida, sem sentido. É que desta forma não tem mesmo sentido nenhum. A fé, nestes dias, impele à interrogação, ao desafio do silêncio, maturação e, depois, acção. Deus não é uma questão de solução, mas de dinamismo vital. 

8 comentários:

  1. fe [como interrogación]

    “Hay que repetir una y otra vez: la fe no es una cuestión de problemas, sino de misterio, por eso nunca debemos abandonar el camino de la interrogación”. Tomás Halík, em “Paciência com Deus” (portugués). Si se entiende la Pasión (de Cristo o nuestra) como un problema, esta queda como que una cosa estúpida, sin sentido. Es que de esta forma no tiene ningún sentido. La fe, en estos días, impulsa a la interrogación, al desafío del silencio, maduración y, después, acción. Dios no es una cuestión de solución, sino de dinamismo vital.

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  2. Anónimo12:30

    este livro é brutal... grande autor, ainda desconhecido em portugal... um livro imperdivel
    joana

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    1. Joana, é mesmo muito bom o livro.
      Dentro em pouco começo na releitura. Pois, não vai de uma vez só. Espero que se vá conhecendo mais.

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  3. Anónimo17:31

    Título: Paciência com Deus
    Subtítulo: Oportunidade para um encontro
    Autor: Tomáš Halík
    Editora: Paulinas Editora
    Coleção: Poéticas do Viver Crente – série Linhas de Rumo
    Direção e Coordenação: José Tolentino Mendonça
    Páginas: 288
    Formato: 14x2,2x21 cm
    PVP: € 14,90
    CB: 5603658156874
    ISBN: 9789896732851
    1.ª Edição: 18 fevereiro 2013
    2.ª Edição: 6 junho 2013

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  4. Anónimo17:32

    Sinopse:
    UM CRENTE QUE DIZ QUE OS ATEUS NÃO ESTÃO ERRADOS
    Tomáš Halik produz com este livro uma das mais estimulantes respostas ao diálogo, nem sempre pacífico, entre fé e ateísmo. O seu argumento é de que a única grande diferença entre ateus e crentes é a paciência. Os ateus não estão errados, apenas impacientes. No fundo, pretendem resolver rapidamente as dúvidas em vez de suportá-las. Mas a insistência dos ateus em afirmar que o mundo natural não prova a existência de Deus está correta. E a sua experiência da ausência de Deus é uma experiência verdadeira, compartilhada também pelos crentes.
    A fé não é uma negação de nada disso. Pelo contrário, é uma resistência paciente face à ambiguidade do mundo e uma espera confiada na ausência de Deus. A fé não é senão, como o sugestivo título de Halik indica, a paciência com Deus.
    Em contraste com a retórica fechada de alguma apologética – que com uma ingenuidade drástica tenta simplesmente contornar a ambivalência do mundo natural e as dificuldades reais do ato de crer, Tomáš Halik dá, de facto, uma reposta sensível e realista, do ponto de vista cristão, às interrogações do ateísmo.

    “Paciência com Deus” constitui, no seu efeito surpresa, um grande acontecimento editorial. É um livro premiado internacionalmente que por toda a parte suscita debates apaixonados. Tomáš Halik é não só o mais importante intelectual católico da República Checa, mas tornou-se, com esta obra, um autor europeu de referência.




    Autor:
    Tomáš Halík nasceu em Praga, no ano de 1948. Licenciou-se em Ciências Sociais e Humanas, em 1972, na Universidade Charles, Praga.
    Pouco depois, iniciou, clandestinamente, a formação superior em Teologia, que veio a concluir, já depois da queda do muro de Berlim, numa importante universidade pontifícia de Roma.
    Foi perseguido, durante a ocupação comunista, como “inimigo do regime”. Trabalhou como psicoterapeuta numa unidade de acompanhamento a toxicodependentes. Em 1978, sempre na clandestinidade, foi ordenado sacerdote e tornou-se um dos assessores mais próximos do cardeal Tomášek, figura emblemática da chamada “Igreja do Silêncio”. Com o fim do Comunismo, foi nomeado conselheiro do presidente Václav Havel e, posteriormente, Secretário-Geral da Conferência Episcopal Checa.
    Atualmente, ensina Sociologia e Filosofia da Religião na Universidade Charles, em Praga. Tem também exercido a docência, como professor convidado, em universidades tão prestigiadas como Oxford, Cambridge e Harvard. É membro da Academia Europeia da Ciência e da Arte e foi consultor do Conselho Pontifício para o Diálogo com os Não-Crentes.
    Os seus livros estão traduzidos em numerosas línguas. Foi distinguido com prémios nacionais e internacionais de literatura e de diálogo intercultural e inter-religioso, como o Prémio Cardeal König (2003) ou o Prémio Romano Guardini (2010). O seu livro Paciência com Deus, que a Paulinas Editora apresenta ao público português, recebeu o galardão de “Melhor Livro Europeu de Teologia de 2009/10” e, nos EUA, foi destacado como “Livro do Mês”, em julho de 2010.

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  5. Anónimo17:32

    Críticas de Imprensa:
    «O teólogo checo Tomáš Halík procura os sinais de um diálogo difícil em torno do cristianismo de hoje: a questão é saber que Igreja querem os crentes.»
    Bruno Vieira Amaral, in revista LER

    «Halík não perde tempo com os ateus belicosos. Em vez disso, desloca a sua atenção para os humanistas seculares e para os espiritualmente inquietos que não se reveem na «religião organizada».»
    Bruno Vieira Amaral, in revista LER

    «“Paciência com Deus” apela precisamente a largar certezas, a sair da zona de conforto, a, no mínimo, permitir que o desconhecido possa vir ter connosco, com as consequências que daí podem advir – como, por exemplo, pôr em causa parte das nossas “verdades”.»
    Filipe Messeder, in além-mar

    «T. Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. Os grandes teólogos que ajudaram a elaborar os textos do Vaticano II e a lançar a teologia em novos horizontes já são raros e idosos. Não admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a "paciência de Deus", desse Deus que interrogou o interessante Zaqueu desta obra: "A fé - se for uma fé viva - tem de respirar; tem os seus dias e as suas noites. Deus não fala apenas através das suas palavras, mas também através do seu silêncio. Fala às pessoas não só através da sua proximidade, mas também do seu afastamento. Tu esqueceste-te de escutar a minha voz nos que experimentam o meu silêncio, a minha distância, nos que olham do outro lado, do vale de trevas, para o monte do meu mistério, escondido numa nuvem. Aí é que me devias ter procurado. A esses é que devias ter acompanhado, fazendo-os aproximar-se um pouco mais do limiar da minha casa. Era essa a porta especialmente preparada para ti."»
    Frei Bento Domingues, in Público

    «T. Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. (...) Não admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a ‘paciência de Deus’ (...)»
    Frei Bento Domingues, in Público

    «[Este livro] é um suave diluente das certezas eclesiásticas reconstruídas, de modo estridente, nos anos 80-90 (...). Recupera, com mansidão, a memória interdita dos ‘padres operários’, o sentido da teologia da libertação, os caminhos ocultos de deus na sociedade secular ocidental, sem se perder nas disputas e desavenças entre ‘conservadores’ e ‘progressistas’. (...) O tecido desta obra é construído por tudo o que tem sido desvalorizado, ocultado, marginalizado ou desfigurado na apologética eclesiástica (...) O que realmente o preocupa é (...) o tempo de escuta e de atenção a quem anda por outros caminhos, por carreiros e lugares ‘mal frequentados’. O próprio Jesus tinha sido acusado de andar em más companhias.»
    Frei Bento Domingues, in Público

    «O livro Paciência com Deus não pretende ser nenhum manual de viagem. É um testemunho, muito reflectido e documentado, de uma grande peregrinação, atenta a tudo o que encontrou pelo caminho, sem dar lições.»
    Frei Bento Domingues, in Público

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  6. Anónimo12:10

    «Não, a fé não é uma palmadinha nas ombros, é um murro no estômago.»
    Henrique Raposo, in Expresso

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