"Bombaim, 28 Nov (Lusa) - A batalha pelo Hotel Taj Mahal Palace, em Bombaim, continuava pela madrugada de sábado (hora local, sexta-feira à noite em Lisboa), mais de 48 horas depois dos ataques terroristas à capital comercial da Índia.
Uma série de explosões e disparos dentro do complexo do Hotel Taj Mahal podia ouvir-se no perímetro do velho edifício cerca das 03:00 (21:30 em Lisboa).
Uma parede do edifício, construído há 105 anos no local, foi rachada por uma das explosões.
"É o local onde toda a dignidade de Bombaim se mostra e, ver este monumento e símbolo do orgulho da cidade a ser destruído, é muito penoso", comentava um jornalista indiano num dos canais noticiosos.
Comentadores e população salientavam a sensação de choque pelos ataques e resumiam o novo patamar do terrorismo na Índia com "a guerra no coração da capital comercial".
Outros dois alvos dos ataques terroristas de quarta-feira, o Hotel Oberoi e o centro judaico em Nariman House, também na parte sul da Península de Bombaim, foram declarados "seguros" pela Guarda Nacional (NSG).
O último balanço do Ministério do Interior indiano dá conta de 155 mortos e pelo menos 300 feridos mas vários canais de televisão indianos referiam pelo menos o número de 200 mortos.
A identidade de muitas das vítimas ainda não é conhecida.
No interior do Taj Mahal, continuavam a resistir dois a quatro terroristas, "fortemente armados", segundo um porta-voz do NSG, e é possível que tenham um refém em seu poder.
A parte sul de Bombaim, o coração histórico da cidade, está isolada por postos de controlo e um forte dispositivo militar e as artérias principais estavam cortadas, como a grande Marine Drive, a marginal que contorna a cidade pelo lado ocidental, no Mar Arábico.
Foi por mar que chegaram os cerca de 20 atacantes, em embarcações de pesca, e contornaram a ponta sul da Península de Bombaim para desembarcar numa pequena praia a centenas de metros do Hotel Taj Mahal.
Um rabino e a sua mulher, detidos por islamitas num centro judeu ortodoxo, foram mortos num dos ataques,informou o braço americano do Beit Chabad, rede dos centros religiosos ortodoxos do movimento Loubavitch.
O rabino Gavriel Holtzberg, de 29 anos, nascido em Israel e emigrado para os Estados Unidos em criança, e a sua mulher, Rivka, 28 anos, dirigiam o Beit Chabad de Bombaim há cinco anos, segundo o comunicado na Internet.
Em directo nas televisões começaram, entretanto, as acusações. Entre a Índia e o Paquistão, em relação à origem dos atacantes. Mas também entre Bombaim, capital do Estado de Maharashtra, e Nova Deli e o Governo da União, sobre a falta da unidade das forças de segurança.
O Paquistão propôs à Índia a criação de uma "linha vermelha" para assuntos de segurança e negou envolvimento nos ataques."
Uma série de explosões e disparos dentro do complexo do Hotel Taj Mahal podia ouvir-se no perímetro do velho edifício cerca das 03:00 (21:30 em Lisboa).
Uma parede do edifício, construído há 105 anos no local, foi rachada por uma das explosões.
"É o local onde toda a dignidade de Bombaim se mostra e, ver este monumento e símbolo do orgulho da cidade a ser destruído, é muito penoso", comentava um jornalista indiano num dos canais noticiosos.
Comentadores e população salientavam a sensação de choque pelos ataques e resumiam o novo patamar do terrorismo na Índia com "a guerra no coração da capital comercial".
Outros dois alvos dos ataques terroristas de quarta-feira, o Hotel Oberoi e o centro judaico em Nariman House, também na parte sul da Península de Bombaim, foram declarados "seguros" pela Guarda Nacional (NSG).
O último balanço do Ministério do Interior indiano dá conta de 155 mortos e pelo menos 300 feridos mas vários canais de televisão indianos referiam pelo menos o número de 200 mortos.
A identidade de muitas das vítimas ainda não é conhecida.
No interior do Taj Mahal, continuavam a resistir dois a quatro terroristas, "fortemente armados", segundo um porta-voz do NSG, e é possível que tenham um refém em seu poder.
A parte sul de Bombaim, o coração histórico da cidade, está isolada por postos de controlo e um forte dispositivo militar e as artérias principais estavam cortadas, como a grande Marine Drive, a marginal que contorna a cidade pelo lado ocidental, no Mar Arábico.
Foi por mar que chegaram os cerca de 20 atacantes, em embarcações de pesca, e contornaram a ponta sul da Península de Bombaim para desembarcar numa pequena praia a centenas de metros do Hotel Taj Mahal.
Um rabino e a sua mulher, detidos por islamitas num centro judeu ortodoxo, foram mortos num dos ataques,informou o braço americano do Beit Chabad, rede dos centros religiosos ortodoxos do movimento Loubavitch.
O rabino Gavriel Holtzberg, de 29 anos, nascido em Israel e emigrado para os Estados Unidos em criança, e a sua mulher, Rivka, 28 anos, dirigiam o Beit Chabad de Bombaim há cinco anos, segundo o comunicado na Internet.
Em directo nas televisões começaram, entretanto, as acusações. Entre a Índia e o Paquistão, em relação à origem dos atacantes. Mas também entre Bombaim, capital do Estado de Maharashtra, e Nova Deli e o Governo da União, sobre a falta da unidade das forças de segurança.
O Paquistão propôs à Índia a criação de uma "linha vermelha" para assuntos de segurança e negou envolvimento nos ataques."
Pedro Rosa Mendes, enviado da Agência Lusa
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