Escrevo no vazio inexistente, porque de si é preenchido pelo silêncio reflectido das palavras meditadas. Aquelas que germinam depois de olhar, em redor, no pontão que se abre para o mundo desconhecido.
Parto em busca de quem sou, como se em caminho conseguisse viver toda a minha existência em intensidade permanente. Como se os dias aqui já não me segredassem o sonho que anula o não ser. Mas…
… quem procuro está em mim. Posso dar passos para além do imaginado, serei mais história e mais vivência, poderei dar mais de mim no regresso, desde logo anunciado, ao dia-a-dia que se desenha, julgam alguns, igual. Será?
Parto em busca de quem sou, como se em caminho conseguisse viver toda a minha existência em intensidade permanente. Como se os dias aqui já não me segredassem o sonho que anula o não ser. Mas…
… quem procuro está em mim. Posso dar passos para além do imaginado, serei mais história e mais vivência, poderei dar mais de mim no regresso, desde logo anunciado, ao dia-a-dia que se desenha, julgam alguns, igual. Será?
Os movimentos, na corrida, na passada, em caminhos misteriosos
porque profundos
tornam-me mais denso. Afinal, por mais desejo de encontro, se não o vivo desde logo na simplicidade do aceno diário ao jornaleiro que me anuncia o corriqueiro e o estrondoso da vida, mesmo longe só irei escutar o vazio que quero preencher com palavras minhas. E, se assim for, sentir-me-ei só, na solidão falseada… Então
Que fiz? Que faço? Que farei?
O jogo do tempo, no entrelaçar do passado que me construiu, no presente que me faz dar aquele passo em direcção à mudança, escrita no convite que recebo:
“O final dos tempos está próximo…”
Fico em choque com o que leio. No entanto, deixo o imediato da mensagem recebida e paro… penso… rezo… E deixo-me ir à profundidade do caminho, já não em longas distâncias, mas aquele que me leva ao encontro de quem está em mim, há muito.
Escuto o que sou. Escuto a Vida. Deparo-me com a proximidade deste tempo que se torna findo. Aqui e Agora. Sem dúvida que a palavra quer ser. O final do vazio. Poderei dizer:
Novos tempos surgem.
A palavra é, também, em mim!
Atravesso, sem medo, a porta… A mesma por onde entraste… E,
Encontro-me encontrando-Te mais.
Até que enfim... Obrigada!
ResponderEliminarSim. Obrigada pela tua partilha de palavras que nos orientam para uma busca do tal profundo que existe em cada um de nós. Obrigada.
ResponderEliminarPaulo, tem o condão de nos contagiar com a sua forma de Acreditar. Obrigada
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