quinta-feira, 17 de abril de 2008

Há um hábito masculino que me deixa furioso.
Passo a explicar: por que é que a partilha da casa-de-banho do escritório tem de exigir quase sempre, se não mesmo sempre, um cumprimento de quem entra ou sai. Vejamos, onde trabalho trabalham mais 80 pessoas, na sua maioria homens, os quais mais de metade não cumprimento quando chego todas as manhas. Mas isso não invalida o necessário cumprimento à entrada da casa-de-banho, pensam eles.
O tal "olá, tudo bem?" como quem diz "entao esse xixi está a correr bem?" ou "veja lá não faça para fora" deixa-me muito irritado.
Será que os homens com o dito na mão ficam mais sensiveis e vulneráveis e têm uma absoluta necessidade que gostem deles e precisam de ouvir um aconchegante olá?!

6 comentários:

  1. São regras básicas para vivermos em sociedade.

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  2. Mas tem de ser apenas na casa-de-banho. É que noutras circunstancias nao tenho por hábito ser cumprimentado por quem o faz quando me encontra por lá.

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  3. Lamento desiludir o morgado, mas as regras básicas dizem exactaemnte que não se cumprimenta ninguém na casa-de-banho! Como não se vai contar piadas para funerais, nem apresentar pessoas, nem distribuir cartões.

    O básico da sociedade, por vezes, serviria para que viver em sociedade fosse tão mais fácil!

    JB

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  4. HAHA... Bem eu referia-me mais a responder ao cumprimento do que a qualquer regra de cartilha Bobone. Na sua maioria são patéticas.

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  5. Eu sei que não se devem apresentar pessoas num funeral mas às vezes parece maior indelicadeza não o fazer!Essas regras têm que ser flexíveis, a boa educação é sempre ditada pelo bom senso e pela amabilidade.

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  6. Vamos por partes, como diria Jack o Estripador:

    1 - Penso que andamos a bater no mesmo ceguinho, mas mesmo assim só posso reconhecer a minha ignorância ao Morgado por não ler a Bobone... Mas cá aguardo o que as leituras de M atestaram da dita autora. Responder à má-educação é em si mesmo má-educação. Porque tem alguém que ceder a um padrão mais baixo, quando aprender poderia ser bem mais vantajoso a quem não sabe...

    2 - Respondendo ao Moura, quando se sabe e se opta pelo miserabilismo social, basta assumir isso. Chamar bom senso e amabilidade é que já considero forçado.

    As regras, por definição, não podem ser flexíveis. Quem as usa, se o for, tem todo o direito. Porque as primeiras deixariam de o ser: regras, e porque quem o faz tem toda a liberdade. Lembra-me apenas duas situações, o que faz dum exército o que ele é... e se (para os melómanos), qualquer sala de espectáculo que se preze neste país passasse a ser mais flexível com quem chega depois do início dum recital e, mais, fosse flexível com os telemóveis ligados e os rebuçadinhos de mentol a meio dum andamento, digamos, de Beethoven.

    Humm - já ouças as vozes a dizer: mas não tem nada a haver... Pois cá para mim, excepções são excepções, que a tanto de se ser flexível e amável para com os coitadinhos que não sabem, passam a ser regra.

    Não sei se as leituras da Bobone assim o indicam ou se as regras do Moura podem ir tão longe na flexibilidade.

    Isto da flexibilidade lembra-me a pobre da miúda, uma mártir, que levantou um pouco a voz e exigiu com a delicadeza duma ditadora o seu telemóvel, afinal, propriedade sua...


    JB

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