sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Um tema para meditação


Há já algum tempo, o Paulo sj lançou um repto aos leitores deste blog, sobre a mensagem do Papa Bento XVI aos Bispos portugueses, quando da sua recente vista ao Vaticano. Apenas houve uma intervenção.
Hoje, o jornal Semanário confrontou alguns Bispos e sacerdotes com a pergunta: “Como é que a Igreja portuguesa vai responder ao desafio de modernidade de Bento XVI?”. A esta pergunta responderam D. Manuel Clemente, D. Januário Torgal Ferreira, D. Carlos Azevedo, os padres Feytor Pinto, Peter Stilwell, António Vaz Pinto e Carreia das Neves e Frei Bento Domingues. Retenho algumas frases que resumem o pensamento destes responsáveis da Igreja:
D. Manuel Clemente:”Uma espiritualidade que se queira cristã tanto desenvolverá a relação filial com Deus como a fraternidade concreta com todos e cada um”.
D. Januário Torgal Ferreira:” A Igreja tem de abrir aos leigos…É preciso que a Igreja saiba reconquistar os fiéis….Nunca vi no seio da Igreja correntes para abolir a pena de morte ou discutir abertamente a sexualidade”
D. Carlos Azevedo:”A modernidade a considerar é a atenção permanente aos tempos, às correntes culturais, à sensibilidade, não andar por arrasto das modas passageiras, de explicações sempre a aguardar outras. A espiritualidade cristã conduz a sair de si próprio”.
Padre Feytor Pinto:”Mais do que modernidade, Bento XVI pediu aos cristãos de Portugal (não apenas aos Bispos) a fidelidade ao Vaticano II, e nesta, a mudança de mentalidades”.
Padre Peter Stilwell:”Penso que o apelo vai sobretudo no sentido de uma renovada fidelidade à tradição viva do Evangelho…Viver cada instante a liberdade de quem procura radicar-se no essencial da existência humana – como no fulcro o fiel da balança – é a demanda espiritual que verdadeiramente interessa”.
Padre António Vaz Pinto:”São necessários modelos vivos que mostrem que para ser feliz não é preciso muito…Articular a necessidade de modernidade da Igreja com o modelo consumista que parece tudo invadir, é sem dúvida uma das prioridades da acção e presença da própria Igreja”
Padre Carreira das Neves:”Quando as pessoas, voluntariamente, não querem pensar em Deus e serem filhos e filhas de Deus porque lhes rouba a liberdade de serem o que querem ser, algo vai mal neste reino da Europa Unida”.
Frei Bento Domingues: Deviam ser os Bispos a confrontar o Papa com as orientações romanas que impedem os cristãos de serem modernos na fidelidade ao Evangelho…”Por razões de orientação da sexualidade, da família, da comunicação da vida, temos cada vez mais católicos excluídos da prática sacramental, do alimento da vida espiritual, da possibilidade de serem, semana a semana, confrontados com as exigências do Evangelho na vida toda”
Porque este é um tema que interessa a todos os cristãos – e mesmo aos não cristãos - vale a pena meditar nestas respostas (e ler todo o pensamento expresso pelos entrevistados) e pedir à Igreja portuguesa que saiba responder aos desafios do nosso tempo com coragem para ser fiel aos ensinamentos de Jesus e ao espírito de Amor, a Deus e aos Homens, que os informam.

2 comentários:

  1. Anónimo22:53

    Ò amigo, o povo está-se a marimbar para esta matéria. Honestamente, acha que alguém hoje quer saber sobre os ensinamentos de Jesus e ao espírito de Amor, a Deus e aos Homens? Desça à terra...

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  2. Anónimo18:29

    É pena que haja quem pense como o amigo anónimo.Mas, acredite, ainda há quem pense no amor de Deus e dos Homens.São muitos. Eu estou na terra e o amigo onde está? Interrogue-se antes de dizer coisas tão peremptórias.

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