quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O que se passa?


[Foto de Gary Chpman, in: gettyimages.com ]

Fico impressionado!

Por essa inquietude, Pedro... Sinto a inquietude a pairar no ar... Talvez pelo desejo de busca de sentido, de vontade de amar ou de se ser amado. A vida é feita de rupturas, no entanto é em caminho...

28 anos...

Nasci no mesmo ano que o Heath Ledger. E é desconcertante... Tanto se passa pelo mundo em cada segundo que seria impossível descrever, mas a partida é desconcertante. Diariamente na minha oração, nos meus pensamentos, deparo-me com questões sobre a vida, sobre o ser humano... Onde é que chegámos? Onde é que chegamos?

Enquanto escrevia esta primeira parte, pensei que não deveria continuar... Fui rezar! Sim, recolher-me enquanto ouvia a banda sonora do Alice e, bolas, pensava no ser humano que me fascina... Durante tanto tempo desvalorizado (recordando o jansenismo), depois sobrevalorizado (recordando o modernismo, com o apogeu neste aspecto em Nietzsche com o seu super-homem). Não está na altura de voltar a olhar com equilíbrio para o que somos? Com naturalidade para as qualidades e para o limite?

Ser para... Ser por... Não será este o caminho da comunhão? Naturalmente, o desejo do ser humano é o encontro face-a-face. Afinal, o ser humano é aquele que vê, vê de frente, olhos nos olhos quem é o outro, numa revelação permitida.

Nestes dias
tenho ido mais fundo neste "face-a-face" contigo. Olhar para o texto que te revela já não me chega, tenho de te buscar no outro, mesmo no silêncio, mesmo na menor ou maior empatia. Ir para além do superficial construído pelo ego que se forma, de modo a chegar à essência daquele que é contigo. E todos somos contigo. Permitimo-nos relacionar... Viver de fundo o que nos une, mesmo quando sentimos separação...

Curioso. De essência estar voltado para o outro e chegar ao ponto de perceber que mais forte do que isso é viver pelo outro...

Complicámos demasiado a relação contigo. O temor rapidamente passou para o tremor, a impossibilidade, quando nos mostras a total possibilidade de estar com...

Porque é que não se vive isto mais a fundo?

Há orações que parecem muito bonitas, mas ficam por isso mesmo pela sua beleza, não entrando... Será oração? Ou serão palavras escolhidas para preencher um ritual? Quando mergulho na Eucaristia tento saborear os gestos que encarnam as palavras. Tento fazer o pouco que vai sendo revelado em mim, a minha própria Pessoa.

Afinal o Sagrado encontra-se na essência da Pessoa Humana. O Sagrado não olha ao tempo, à história, à vida, à característica do ser humano, o sagrado é a Pessoa em si. Sinto o desejo de acolher a divinização que vai acontecendo na medida em que nos abrimos à graça dO Divino e deixar que o seu Amor de vida de acção/missão me (nos) faça vibrar até à mais ínfima parte do Corpo...



1 comentário:

  1. Anónimo16:25

    Lê-lo faz bem à lama.Por favor escreva mais e não nos falte com a sua palavra e as sua orações. J

    ResponderEliminar