terça-feira, 27 de novembro de 2007

O.Insecto lê o Lobi

Mesmo para aqueles que não gostam de banqueiros – lista na qual orgulhosamente me incluo – o fim de carreira de Jardim Gonçalves não nos pode ser indiferente.
Num curto espaço de tempo, já afirmaram que estava para se demitir mas não se demitiu, já foi atraiçoado por um delfim deslumbrado com accionistas selvagens e até já teve de pagar uma dívida do filho, depois de ser humilhado por uma opinião pública ignorante mas que papa estas novelas como os pardais, milho.
Depois do anúncio do fim das negociações para uma eventual fusão com o BPI, João Rendeiro apressou-se a anunciar novamente a sua demissão, sem que se reconheça legitimidade, porém, ao inédito mensageiro.
Todo este enredo, já inenarrável, contrasta com uma carreira exemplar, que fez com que o BCP seja hoje indiscutivelmente o maior banco privado português. Um trajecto que só pode ser um caso de estudo para todos estes pequenos banqueiros que querem vencer Jardim Gonçalves à força, espezinhando-o. Usam a comunicação social e fabricam escândalos. Lançam suspeitas. Uma lama que foi berço enquanto outro não assomava.
O problema, para Portugal, é grande. A classe política é o drama que se conhece. Agora é a vez da classe financeira perder valor."

Sem comentários:

Enviar um comentário