quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Pedro Santana Lopes



Pedro Santana Lopes, ontem, em entrevista à SIC Noticias decidiu abandonar a entrevista depois de ter sido interrompido por um directo sobre a chegada de José Mourinho ao aeroporto de Lisboa.
Foi uma decisão com a qual concordo na totalidade. Não me parece correcto que se interrompa um ex-primeiro-ministro para um directo com um treinador de futebol, quando, mais para mais, ele era convidado para aquela entrevista.
Os jornalistas acham que podem fazer o que bem entendem. Porventura, José Mourinho interessa mais aos portugueses que Pedro Santana Lopes e foi essa a decisão editorial. Mas depois não podem vir os órgãos de comunicação social queixar-se da fraca cultura portuguesa e do pouco ou nenhum interesse pelos destinos do país. Bem, parece que este foi um exemplo do muito mau que temos no país, um exemplo do mau jornalismo que Portugal tem e com o qual tem de acordar todos os dias.
Contudo, Pedro Santana Lopes não é um santo e não tomou a decisão de abandonar a entrevista a meio por pura inocência. Santana Lopes conhece bem o funcionamento do mundo mediático e quais as consequências da sua atitude.
Apesar disto, nada justifica o que a SIC Noticias fez.
Boa Santana!

1 comentário:

  1. O episódio é maravilhoso!
    Acordar com a TSF a dizer que o dr. Pedro Lopes abandonou uma entrevista porque foi interrompido é sabido que vai ser o delírio luso.
    Claro que o vídeo do Youtube é dos mais vistos.
    E claro que o episódio é notável.
    O dr. Lopes mantém-se impávido até a jornalista retomar a entrevista.
    Utiliza a ironia, que lhe é tão particular, ao perguntar se ela se lembra em que ponto iam na entrevista.
    Ela, arrogante e sem fair play, acha que o ataca com um quase "claro que sim", ao que ele reage em ímpeto.
    Revela algum nervosismo ao repetir várias vezes que, sim senhor, vai acabar com a entrevista.
    Ela, parva, justifica-se. Tinha acabado a coisa ali e tinha ganho.
    Fica 1 a 0, ganha o Pedro.
    Quem disse que este homem não fazia cá falta nenhuma. Isto é que é política à portuguesa.
    O resto, que interessa mesmo, nem ouvimos falar.

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