quarta-feira, 4 de julho de 2007

Também quero um processo ou uma investigação

É o caso do blogger que foi processado pelo Primeiro-Ministro em consequência dos seus posts sobre a sua licenciatura virtual, é o caso do professor que foi alvo de um processo disciplinar por, eventualmente, ter proferido umas quaisquer declarações que desagradaram ao executivo, foi o caso da directora de saúde no norte que foi exonerada do cargo, foi a recriação da figura do “bufo” na Administração Pública e agora, quando todos pensávamos que a coisa tinha acabado ou acalmado, os manifestantes anti-sócrates que participaram numa manifestação em Guimarães poderão vir a ser processados e o Ministério Público de Guimarães está a investigar o caso. A investigar o quê? O dress code dos manifestantes? A possível existência de dentes de ouro entre os presentes? O uso de pulseiras do bom-fim-da-baia?. É só impressão minha ou Hugo Chávez já governa em Portugal?
Devia haver uma nova máxima para quem, nos blogs, escreve mal do Primeiro-Ministro e do Governo: também quero um processo! Pela solidariedade.

1 comentário:

  1. (1) Porque e para que situações se criou a figura de difamação? Qual a diferença de um jornal (n processos levantados contra jornais...) e um blog, em termos de apresentação e disseminação do texto? Advogar a liberdade de expressão é diferente da irresponsabilidade de expressão!
    (2) Só nos países do sul da europa é que o bufo é considerado como tal, porque a noção de familia/ grupo prevalece sobre o indeviduo. O grupo protege-se e pratica os mesmos actos, permitindo a multiplicação de má conduta. O indeviduo não é premiado, a ausência da ideia de mérito no nosso sistema, vem precisamente deste factor: grupo. Nos países do norte, é mais importante o indeviduo. É impensável que em Portugal uma mãe denuncie um filho, nos estados unidos ou inglaterra é mato. Um puto que cometeu um massacre numa escola nos EUA foi denunciado pelos pais, a pena não seria com certeza um puxão de orelhas, os pais sabiam-no e no entanto entregaram-no à justiça. Os laços de sangue não impedem que se esconda ou promova um mau acto. A medida é certa, o errado é ter-se que a aplicar e a forma como foi aplicada. Ou está presente na cultura de um povo ou não está!

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