Gostava de poder ouvir todas as músicas que nos embalam ou exaltam. Gostava de ouvir sem parar, até deixar de me sentir e a música se libertasse até existir sozinha. Gostava de ter sido eu a escrever os versos que emudecem a alma. Gostava de desenhar em palavras livres o puro sentir da paixão, o vazio do abandono ou o calor de um olhar amigo. Gostava de dizer o indizível, o que fica no segredo porque não há palavras, nem poesia, nem música, com a força e o mistério do sentimento vivido.
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Conseguir escrever o indizível, é provávelmente o objectivo supremo de quem executa o exercício da escrita, na prespectiva de transcrever as ideias.
ResponderEliminarE se alguma vez for alcançado, nunca o será na totalidade, nem tão pouco satisfará o escritor, que desejará escrever os indizíveis subsequentes.
A eterna insatisfação, ou o desejo imedível do completo?
É difícil decidir entre os dois mas talvez o desejo imedível do completo, como diz, seja mais positivo que a eterna insatisfação, apenas porque não nos desgosta do que somos mas mantém a ansiedade de querer ser mais...
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