quinta-feira, 8 de junho de 2006

Paridade

Com o veto presidencial à proposta do PS sobre a paridade e as quotas de mulheres para participação na vida politico-partidária vem o Bloco de Esquerda dizer que os termos do veto eram “insultuosos para as mulheres portuguesas”. Mas eu pergunto o que é que mais insultuoso é tratar as mulheres portuguesas como números e como paletes que têm de ser encaixadas em listas ou como pessoas que de facto valem por si, que são reconhecidas pela sua competência, capacidade técnica, mérito e como uma mais valia para a política portuguesa. Esta coisa de o BE achar que a paridade se faz com quotas, esquece que a paridade não é matemática e que as pessoas e as mulheres não são cabeças de gado que a partir de agora têm de obrigatoriamente de se encaixar em listas e ir “pastar” à força para Assembleia da República. Nunca percebi esta dificuldade do BE em entender que o mérito deve a medida de cada um de nós e não aquilo que o Estado faz de nós!

2 comentários:

  1. Boa T.!!
    Belo post... Temos de nos atinar com estas apresentações de "aparência de bem", de "pseudo-respeitos" que não levam a lado nenhum. Caminhamos para o utilitarismo, onde daqui a pouco somos meros números na sociedade de consumo... (Não estará já a ser assim?) Há dias vi o "1984" baseado no romance de George Orwell, fiquei a pensar MUITO mesmo...

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  2. Anónimo11:32

    Perfeitamente de acordo! Só na cabeça desta gente se faz a paridade por lei. E será que as mulheres querem mesmo fazer política? Infelizmente também há já tantos homens que não querem, sabendo como a " porca" está!

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