quarta-feira, 27 de maio de 2009

Oliveira e Costa


«Os despojos finais do cavaquismo foram ontem exibidos por Oliveira e Costa no parlamento (...)»


Eduardo Dâmaso, in Correio da Manhã

terça-feira, 19 de maio de 2009

The end


Foram precisamente 4 anos, 2 meses e 10 dias. Umas vezes estive mais presente e outras vezes estive completamente ausente. Até me fui embora durante um período em que pensava que não podia ter um blog e trabalhar onde trabalho. Mas fui voltando sempre porque isto é um bocadinho viciante. Foram muitos posts, muitas músicas, muitas sugestões, muitos estados de espírito. Falei sobre muita coisa e, muitas vezes, sobre nada.
Hoje cheguei à conclusão que acabou. Termino neste dia a minha participação n'O.Insecto. Deixo-o nas mãos de outros enquanto entenderem que isto deve continuar.

A todos os que me leram, os que comentaram, os que me criticaram, deixo um abraço.

Aos outros Insectos, agradeço a presença e a amizade.


Pedro Rapoula

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os médicos


Sempre que vou ao médico venho de lá com uma coisa nova que não tinha antes de lá ir resolver um determinado problema.



Desta vez uma simples ia de rotina ao dentista fez-me vir de lá com o que ele chamou: trauma de escovagem!



Há com cada coisa...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A não perder!


LULA PENA no Museu Nacional de Arte Contemporânea: Museu do Chiado
16 de Maio - 22H00

"Enorme talento de trilho nómada, em permanente viagem pelas terras que se lhe oferecem, faz já mais de dez anos que não lança um disco (parece que é desta), e os concertos anunciados que dá tornaram-se um bem demasiado precioso para serem desperdiçados.
Diz que era (é, será?) fadista por ser portuguesa, e que estar longe lhe faz sentir ainda mais ser de cá. Percorre, capta e interioriza o norte de África, a música das águas do Mediterrâneo, os lamentos e rezas do samba e da bossa.
Por agora, parece que todos a conhecem (mas todos nunca são suficientes, e podem ser muito mais; devem, têm que ser) mas que é raro saber por onde pára; certo é que ninguém a esquece. Leve demais para ser apanhada, desaparece por entre os nossos dedos, refaz-se e voa para onde for que o destino aponte. Esta ocasião em que a podemos ver cantar é, então, um daqueles dias sagrados em que podemos ficar um passo mais perto do sopro divino. Um recital para voz e guitarra como não há em mais lado algum."

Maios informações AQUI

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Chavela Vargas aos 90 anos, "así me voy a morir, sin yugos"

(...) sinto-me muito contente. Cumpri uma missão. Com muito gosto. Sem ser forçada. Com amargura às vezes. Com dor mais que tudo. Mas isso passou. Não deixou cicatrizes na minha vida. Não tenho más recordações. Foi tudo belissimo."
(...) Há que inventar as coisas e, quando se inventam, doem. Doem muito. Há que conter a mentira. Há que conter tudo isso, e dói muito. Dói cada dia. Tens medo de que se descubra a verdade. Parecemos muito valentes, mas por dentro...só Deus sabe"
(...) saudade é liberdade. Ser livre é o mais belo. Eu não tenho jugos. Não me agacho perante nada. Jamais. (...) A alma vale mais que os milhões. Encanta-me ser assim e é assim que vou morrer, livre, porque já não me falta muito. Estou consciente de que estou a terminar a minha caminhada.Não há que ter tristezas. Digo-o tranquila, sem amargura".

Entrevista de Chavela Vargas, ao El Pais semanal

Dentro da onda





























Via João, obrigado.







quinta-feira, 7 de maio de 2009

Que tonta


Ana Gomes dá, hoje, uma entrevista à revista Sábado. As declarações são tão tontas, que não consegui ler a entrevista até ao fim. Entre uma continuidade de insignificâncias, as declarações são tão infantis que roçam a declaração indígena.

Uma pena porque ainda esperei poder ler qualquer coisa que de facto valesse a pena.

Enganei-me…

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vasco Granja 1925-2009


Vasco Granja, divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu esta madrugada em Cascais. Tinha 83 anos.

Autodidacta e com múltiplos interesses culturais ao longo da sua vida, Vasco Granja nasceu em Campo de Ourique (Lisboa) a 10 de Julho de 1925. Começou a trabalhar, ainda muito novo, nos antigos Grandes Armazéns do Chiado, e depois ao balcão da Tabacaria Travassos, na baixa lisboeta, que consideraria, anos mais tarde, a sua universidade. O seu interesse pelo cinema surge na adolescência e aos 16 anos chegaria a ser admitido como segundo assistente de fotografia no filme “A Noiva do Brasli”, de Santos Neves.

No início da década de 50 envolve-se no movimento cineclubista, tendo desempenhado funções directivas no Cine-Clube Imagem. Granja foi preso pela primeira vez pela polícia política do Estado Novo em Novembro de 1954, quando militava clandestinamente no PCP. Esteve preso sem julgamento seis meses e quando foi libertado voltou às suas actividades cineclubísticas e à divulgação cultural na imprensa. Datam de 1958 os seus primeiros artigos sobre o cinema de animação, nomeadamente na sequência da descoberta dos filmes experimentais do canadiano Norman McLaren.

No início da década de 60 arranja trabalho na Livraria Bertrand, onde se manteve até à reforma.
É preso de novo em 1963, julgado e condenado a 18 meses de prisão. Quando foi libertado, em 1965, Vasco Granja retoma a sua actividade cultural, com artigos nos “media” sobre cinema e literatura.
O seu nome é habitualmente associado à divulgação da banda desenhada em Portugal. O termo “banda desenhada” é, aliás, utilizado pela primeira vez por Granja num artigo publicado pelo “Diário Popular” em 19 de Novembro de 1966.

Integra a equipa fundadora da revista francesa de crítica e ensaio de banda desenhada “Phénix”, nos anos 60 e participa regularmente no Salone Internazionale dei Comics, em Lucca (Itália), o mais importante encontro do género nos anos 70.

Em Portugal, a sua actividade de divulgação da banda desenhada intensifica-se a partir do aparecimento da edição portuguesa da revista “Tintin”, em Junho de 1968, onde escrevia e traduzia artigo, além de ter a responsabilidade da secção de cartas aos leitores. Foi director da segunda série da revista “Spirou” (edição portuguesa) e coordenador da edição de banda desenhada da Bertrand. Animou o “Quadrinhos”, um dos primeiros fanzines surgidos em Portugal, em 1972. Esteve ligado à fundação da primeira livraria especializada de BD em Lisboa, O Mundo da Banda Desenhada, em 1978.

Em 1974 e 1975 integra o júri do Salão Internacional de BD de Angoulême. Depois de 25 de Abril de 1974, Vasco Granja mantém um programa regular sobre cinema de animação na RTP, que teve mais de 1000 emissões e divulgou sistematicamente as grandes escolas internacionais do género. Estava reformado desde 1990.