quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Para fechar o ano

«A vida não é complexa. Nós é que temos complexos.»

Oscar Wilde

Via IPC

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Poesia, amor e santidade!


"De facto, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mónica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade.

A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias."

Sophia de Mello Breyner
Retrato de Mónica in Contos Exemplares

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A tradição já não é o que era

O Nobel da Paz, Barack Obama, decidiu enviar mais 30 mil soldados para a guerra do Afeganistão.

Será?

«Andámos em silêncio durante vários minutos, naquela solidão desagradável que às vezes visita os casais nos piores momentos. Mas não era uma sensação nova para mim; eu tinha um talento ilimitado para transformar as almas que me amavam em coisas estranhas.»
Pat Conroy, in O Príncipe das Marés

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Advento...




Espera...
Em espera...

...enquanto caminho até ao desconhecido, que em silêncio segreda o novo desafio. Ponho-me à escuta e vivo-Te. Voltas a rasgar-me, obrigas-me a pensar no agora e no futuro, desta espera que acontece. Em desejos de ser mais, no sim a renovar com nova luz que traz o renascimento. É mistério, é vida... mesmo na incógnita dos gestos, da reserva que o amanhã guarda. Apenas sei que vivo e sou agitado pelas águas de inverno, com ventos que fazem mexer e perceber que a casa vai-se solidificando em rocha firme. No entretanto, dizes-me para ir mais longe, para não ficar estagnado no momento e denunciar o que vejo como futuro. Abraço(-Te), é isso que faço, como que a rodear o seio que desenvolve. Abraço a esperança que cresce e deixarei unificar o diferente, desenhando o mapa do Corpo...


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"As Fontes" de Sophia

As fontes

Um dia quebrarei todas as pontes
Que ligam o meu ser, vivo e total,
À agitação do mundo do irreal,
E calma subirei até às fontes

Irei até às fontes onde mora
A plenitude, o límpido esplendor
Que me foi prometido em cada hora,
E na face incompleta do amor

Irei beber a luz e o amanhecer,
Irei beber a voz dessa promessa
Que às vezes como um vôo me atravessa,
E nela cumprirei todo o meu ser.

Sophia de Mello Breyner

Hoje recebi este poema por mensagem... E veio mesmo a calhar! Obrigado!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A não perder


“É da vida que costumamos fitar a morte. A arte faz o contrário: olha a vida a partir de uma morte invivível. Por isso, nos fascinam tanto os seus rostos e as máscaras com que se mostram, como se fossem sinais do impossível.
O texto escrito, aos onze anos, por Adília Lopes e que deu a estas obras a oportunidade de existirem é disto um augúrio. Aí, a morte é olhada da infância (“fiquei parada, contemplando o passarito, como se ele fosse um sinal vermelho que me impedisse de avançar”) e a infância é vista da morte (“jamais esperaria o Sol, as flores, o arco-íris, estava morto, enfim”).
Pedro Rapoula leu esse texto, voltou a lê-lo, e deu-lhe as imagens de uma alucinação serena. Pegou nas andorinhas de Rafael Bordalo Pinheiro e disse às suas mãos para descobrirem nelas um sentido oculto de crueldade.
Paula Rego afirmou-me um dia que, de todos os artistas portugueses, Bordalo Pinheiro é o mais capaz de lhe gerar encantamento e espanto. Quando fala dele a sua voz fica alta como os crimes dos seus quadros. Para isto ser como digo, é porque também ela adivinhou em Bordalo uma crueldade exacta e injusta como a da morte .
Eu olho estas aves de Rapoula, cercadas pelo vidro das suas caixas-sarcófagos, e já não consigo chamar-lhes andorinhas. A morte aproximou-se tanto delas, e aproximou-as tanto de nós, que elas deixaram de ser o que foram.
O Pedro Rapoula falou-me deste seu trabalho trocando a ligeira altivez do seu grupo humano por uma gravidade discreta que o universaliza. Eu sei que ele fica feliz (e só isso lhe bastaria) quando fixa os gestos que as suas mãos fazem para acrescentar as coisas de outras coisas – as que dão leveza ao peso e peso à leveza.
Dizer o nome da morte é falar do tempo e do seu extermínio. Mas o nosso tempo foge do tempo, num fuga veloz a que chama vida. Gosta de sustos falsos, fáceis e fúteis. Não gosta de medos fundos como o prego daquela noite de que um dia falou Cesariny: “ a noite como um prego a noite louca/ a noite com árvores na boca”.
Rapoula aponta aqui ao lugar em que o voo ágil das aves se cruza com o voo trôpego do tempo. Esta exposição dá a Saturno e à sua voracidade um corpo frágil (nada há mais frágil do que a beleza) e múltiplo (nada há mais bem dividido do que a morte). Na horizontalidade caída dos pássaros negros há um grito vertical que rege o seu sentido. Mas, chegado aqui, desvio-me, porque lembro o que afirmou Susan Sontag: “ Em vez de uma hermenêutica, nós precisamos de uma erótica da arte”.
Os antiquários são casas de tempo. Neles, há a sombra de uma luz maior do que essa que nos alegra quando a olhamos no fulgor frio das jóias, no reflexo fugidio dos cristais, no brilho liso das porcelanas. Não existe melhor lugar para dar a ver estes pássaros-vítimas do que um antiquário com a sua elegância melancólica e avara. Ninguém como Visconti disse “morte”, quando dizia “beleza”. Assim, não há mais viscontiana nem melhor companhia para esta exposição do que a de uma outra que se chama “Vanitas”, pois em face desta palavra estão as antiquísssimas caveiras que a usam para nos lembrarem a morte e o nosso conflito com ela.
Aqui, estes pássaros torturados acrescentam à melancolia do lugar a crueldade que lhe falta, sem desfazerem a elegância que lhe sobra. Por isso, é acertado que esta exposição se faça sob o nome de “Primavera”, pois esse é o tempo do ano em que tudo nasce para morrer.”
José Manuel dos Santos

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Informe C3 - 7ª Edição






Saiu mais uma edição do Informe C3, com o tema “Mais uma vez” é “Batata”, sobre Rituais/Crenças/Costumes/Valores.

Release da edição:

Rituais podem ser formas de realizar algo acreditando que certos costumes e características “fundamentais” são responsáveis pela realização, a dita perfeição e concretização do que se pretende alcançar. Como são os rituais nas culturas urbanas contemporâneas? No que diferentes grupos sociais têm acreditado e reconhecido como importante? Ritual, repetição necessária ou T.O.C (transtorno obsessivo compulsivo)?

Colaborei com o artigo: "Questões de Fé, crenças e Culto... em aberto".

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Uma aventura no Ministério da Educação


Se Isabel Alaçada é apontada como a próxima Ministra da Educação quem será a sua secretária de estado? Ana Magalhaes?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A propósito do "Talk Show - até se apagar o corpo" de Rui Horta...






Sento-me. Quando entrei já a música anunciava ritmo acelerado, ao toque cardíaco de pulso pousado no braço da cadeira. Os outros entram e observo. Observo a entrada e a montagem da cena...


Já está! Acontece, enquanto trocas de palavras de quem entra na sala e pede licença para se sentar no lugar do meio...

Acontece! Algo Acontece!

Linóleo, fita, música a pulsar, movimento de montagem, maca que se torna mesa...

E continuam a entrar como se nada estivesse a acontecer. Há quem repare, mas o registo é de que não é nada com eles, comigo... Observo!

Acontece, já está o desenrolar de algo que passa ao lado. O mundo passa ao lado e continuo de conversa, como se ainda não tivesse começado... Sim, já começou: o dia, a vida, os sonhos, os desejos, a guerra, a fome, a angústia, a esperança, a (des)Humanização!

Diante da notícia do coração. Personagem principal no desenrolar da História que apaga um enquanto ilumina outro, destacando corpos novos, corações mudados.

Mas não há mudança, as pessoas não mudam... Será? Quando minunciosamente dou conta dos movimentos que me informa sobre a troca de orgão tão nobre... Não haverá mudança? Despem-se... Já não são o fluxo e o refluxo, o corpo de um e de outro, o coração meu que agora é teu mas não deixa de me pertencer pois a existência não está fechada numa caixa com válvulas que bombeia a alma por todo o meu ser que também és tu... que recebes(-me). E vives!

A imagem de fundo de beleza de corpos sem adornos, contrapondo-se aos batimentos de quem exige a mudança!

"Quero que mudes!"

Atrasos como pretexto para obrigar a renovações de uma relação que há muito grita. Quem anúncia passa a estar no centro, expondo a violência dos corpos, de exigência da mudança... O teu coração é outro, mas tu és o mesmo? Como é possível? Tens de mudar! Obrigo-te... No jogo da humanidade e animalidade. Seremos, não, como cães?

[A suavidade dos deuses, enquanto observam de longe aquele desenrolar de histórias entre seres que (in)conscientemente procuram entender-se, contrapõe o gesto.]

Cada um caracteriza o outro! Em formas, sons, luzes diferentes. Somos diferentes, mesmo que possamos receber corações de outros que entram na nossa vida, dando-nos vida, ou tirando-a. Corações que são anatomicamente iguais! Porquê tanta falta de respeito se somos iguais na diferença?... Basta pensar, recordar, a(s) viagem(ens) que marcam a vida. Aquela(s) cujas rotas foram traçadas, assinaladas com a fotografia presente na memória. A viagem que mudou, sim mudou a minha, a tua, a nossa vida enquanto seres que se deixam (des)conhecer.

Perco o pudor e assim registo cada milímetro de pele que te faz diferente, na mudança que marco com o avançar da idade. O pensamento alia-se a este tornar velho do corpo, amadurecido. E o interior junta-se ao exterior, afinal não é mecânico, não tem instruções, a vida não está traçada ao pormenor, daí que os atrasos podem fazer mudanças.

Registo a viagem, registo a memória, registo(-me)(-te)...

E quando chego ao destino, o corpo apaga-se...
... fica a voz do recordar!



Escadas...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

« (...) hoje em dia, as pessoas avaliam-se, primeiro que tudo, pela sua bondade e capacidade de dedicação (...)»

« (...) cansamo.nos, às vezes do espírito e do intelecto, da pequena exibição de talento de toda a gente (...)»

Michael Cunningham

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Afinal tudo muda para ficar na mesma

Fernando Lima, até então assessor de imprensa do Presidente da República, afinal fica em Belém, impossibilitado de manter contacto com o exterior. Esta história faz-me lembrar este vídeo do Gato Fedorento sobre a liberalização do aborto, parece-me que o diálogo entre Fernando Lima e o Presidente poderá ter sido mais ou menos isto:

Fernado Lima: Sou demito?
Presidente da República: És.
Fernando Lima: Acontece-me alguma coisa?
Presidente da República: Nada.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

E assim baixa o desemprego

Depois de ontem abriu uma vaga para assessor de imprensa na Presidência da República!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Escutas em Belém?

Afinal com a demissão de Fernando Lima, de assessor de imprensa de Cavaco Silva, o que podemos concluir é que não havia escutas feitas pelo Governo junto da Presidência da República ou entáo aguardemos por mais esclarecimentos da Casa Civil da Presidência.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Kabuki estreia versão apocalíptica: Woyzeck de Georg Buchner




Numa versão passada num ambiente punk pós-apocaliptico e num cenário inundado, pretendendo ser um ensaio sobre a miséria humana, o Kabuki em co-produção com o Gota TeatrOficina levará á cena a partir de 17 de Setembro sempre às 22h, o imortal texto de Georg Büchner, Woyzech, numa violentíssima encenação de Ricardo Bargão e com interpretações de Frederico Salvador, Inês Barroso, João Filipe Barroso, Lele Mendonza, Márcio Oliveira e Rui Cardoso.
Woyzeck é a história de um homem que perde os pais e para escapar à fome entra para o exército. Aceita dinheiro de um médico para fazer uma experiência: comer apenas ervilhas. O médico exulta ao ver e anotar a degradação em seu corpo. Sua mulher, que é prostituta, é-lhe infiel. Seu superior chama-lhe de imoral pois não é casado. Mantém um relacionamento ambíguo com um companheiro de caserna. O trabalho é degradante, as autoridades são prostituídas mais que constituídas e a vida familiar é um paraíso às avessas. Numa crise de ciúmes mata a companheira e acaba por ser condenado em consequência de ter morto a mulher.

Este drama psicológico ficou inacabado devido à morte do autor 1837 (aos 23 anos de idade); é considerada a obra-prima de Büchner, contendo elementos que apareceriam na dramaturgia mundial apenas durante as vanguardas do século XX, vindo a render uma ópera do compositor austríaco Alban Berg, escrita entre 1914 e 1922, denominada Wozzeck. Esta mesma peça deu origem a um filme de Werner Herzog e teve versões portuguesas no Teatro da Cornucópia com encenação de Luis Miguel Cintra (1978), no Cendrev com direcção de Mario Barradas (1992), Os Satyros no Teatro da Trindade numa versão de Rudolfo Garcia Vásquez (1996) e mais recentemente a versão de Nuno Cardoso para o Teatro Nacional de S.João (2006).

Duração do espectáculo: 100 minutos
Espectáculo para maiores de 16 anos
Preço: 10,00 €

De 17 de Setembro a 31 de Outubro de 2009
Quintas, Sextas e sábados às 22h00
Local:
GOTA TEATROOFICINA
Calçada do Correio-Velho, nº14-16 - 1100-171 Lisboa
h t t p : / / w w w . k a b u k i . p t

Ficha Técnica
Texto: Georg Büchner
Encenação, dramaturgia e concepção plástica: Ricardo Bargão
Assistente de Encenação: Márcio Oliveira
Produção: Kabuki Produções em co-produção com Gota TeatroOficina
Produção Executiva: Rui Cardoso
Assistentes de Produção: Célia Pires, Miguel Leitão e Márcio Oliveira
Interpretação: Frederico Salvador, Inês Barroso,João Filipe Barroso,Lele Mendonza, Márcio Oliveira, Miguel Leitão e Rui Cardoso
Fotografia: Alípio Padilha
Luzes/Montagem: José Carvalho da Silva

Info/Reservas: 210994142 - studio@kabuki.pt
http://www.kabuki.pt

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Informe C3 - Edições Julho e Agosto





Sei que está em atraso, mas aqui deixo os links para as edições de Julho e Agosto do Informe C3.

Edição de Julho: "Onde está a moda?" (Regra/Formatividade/Estilo de Vida/Consumo).

O meu artigo: Religião: "à la carte"?

Edição de Agosto: "Sem barba, sem lenço, sem documento". (Disponibilidade/Desprendimento/Visibilidade/Público e Privado).

O meu artigo: O nu que se cobre, a descoberta do nu...


E porque é sexta-feira...


Wim Mertens
"we are the thieves"

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Prenúncio de morte


A recente indicação de Maria José Morgado como responsável pela investigação do caso dos doentes que cegaram no Hospital de Santa Maria.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

Podem explicar?

Ao que parece ontem foi divulgado mais um resultado de um concurso de colocação de professores.

Todos os anos é a mesma saga: professores não colocados, professores erradamente colocados, professores injustiçados, professores que se queixam, professores felizes, professores colocados a quilómetros das suas áreas de residência, professores…

Mas há uma coisa que não percebo não era mais fácil colocar, pelo menos, por 10 anos professores de numa determinada escola, de onde só sairiam por razões muito excepcionais?

Fechar um circulo

Para ser totalmente feliz e fechar um círculo só me falta um dia poder dizer:
Obrigado filho por me teres feito pai!

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Pinho volta

Já passaram tantos dias e ainda não me consegui recompor com a demissão do nosso ministro Pinho, da pasta da Economia.

E porquê tanta tristeza? Pinho era uma fonte inesgotável de material para toda a blogosfera! E agora que será feito de nós?
Abro aqui candidaturas a substitutos de Manuel Pinho.
Até lá estou de luto…não sem antes vos deixar com algumas boas recordaçõe de Pinho.


















quinta-feira, 2 de julho de 2009

Dias Loureiro constituído arguido


As vezes o sistema tem de dar ares de que funciona, não distingue ricos dos pobres, poderosos dos fracos.

Veremos e aceito apostas para o desenrolar deste processo!

Prémio E assim ficamos todos a perder ou Prémio Desculpem mas tenho vergonha

«Só faço topless na varanda.»
Lúcia garcia, manequim, in Correio da Manha

domingo, 28 de junho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

PT, a TVI e o Governo

Se a PT está ou não interessada em comprar 30% da TVI é uma coisa. Agora que o Governo, quando tem uma golden share na PT, vir afirmar que nada sabe, não cabe nem ao careca.

O grave deste episódio está, sim, no facto de o Sr. Primeiro-Ministro, mais uma vez, querer nos fazer passar todos por parvos e querer que todos acreditemos que nada sabia.
Haja pachorra. Sr. Primeiro-Ministro já tem idade para saber fazer melhor do que isto!

E porque é sexta-feira...



Earth Song
Michael Jackson

quinta-feira, 25 de junho de 2009

«Ah, When you smile at me you know exactly what you do.
(...)
And I can't believe, that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.»
Michael Buble, Everything lyric

sexta-feira, 19 de junho de 2009

E porque é sexta-feira...

(Mesmo não sendo o Pedro, continuo algo que muitas pessoas manifestaram gostar... )




Sanvean
Lisa Gerrard/Dead Can Dance

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A propósito...

... de "à flor da pele", de Rui Lopes Graça.



Tão superficial, será? Como te dizer que te Amo? Aqui estou em fusão contigo, mesmo que não conheça alguns dos teus sentimentos, enquanto jantamos e me contas o teu inconsciente. Há meiguice em ti, mas tanta brusquidão enquanto te lanças neste espaço tão nosso. Quem são estes? Seremos nós, vistos a partir de nós? Serão outros que revelam a outra face do que nos sentimos? Comem connosco, comem contigo!

Vamo-nos deitar, abraça-me.... Entra em fusão comigo, deixaremos o azul e todo o sangue da vida pulsa e espalha-se: dois somos um... No desejo infinito de nos agarrarmos para sempre, juntamente com o beijo que trocamos. É respirar em conjunto o mesmo ar...

Não aguento! Eles voltam(-se)... Tenho algo para (te) dizer. É tudo tão forte, tão denso, a nossa vida. a minha vida, a tua vida, a deles... voltas, saltos, acrescentos ao nosso diálogo de corpos que transmitem a fala do corpo de mulher, do corpo de homem. Será que nos conhecemos mesmo? Haverá superficialidade nesta nossa pele que quer espalhar o profundo não limitado ao jantar, à cama, à discussão. Quero, desejo, quero, conhecer-te e ser mais contigo, nem que haja morte, nem que me abandone em abraços... Mesmo com os outros que aparecem com a violência dos gestos, despidos de pudores e caminhem, não suavemente, em saltos que repetem connosco...

Não, não é superficial... Os poros purificam... São a porta de entrada, na pele minha, agora tua...


terça-feira, 16 de junho de 2009

Como Espanha viu o cartaz de Ferreira Leite


«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»

Jordi Joan, La Vanguardia

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Entrevista...

... a propósito da relação que tenho entre Deus e a dança, feita por João Delicado, sj. Deixo aqui o post do João ("Ver para além do olhar"):

Paulo Duarte sj: Deus e a Dança

Calcorreámos o Museu do Oriente para cima e para baixo, entrámos em todos os corredores, experimentámos todas as portas, abriamos umas, outras não, descemos escadas, voltámos a subir, imaginámo-nos num síto, no outro, uma sala grande com muita luz, vazia, um corredor verde, uma janela sobre o rio. Mas nada servia. Voltámos ao auditório e continuava aquela movimentação toda a anteceder o espectáculo de Saju George, o jesuíta bailarino. Já estava a sentir que aquilo não ia dar nada, que iríamos ter que adiar para outra oportunidade.

Foi então que uma responsável do museu gritou do palco lá para cima: “vamos fazer silêncio!”. O pessoal respondeu com um profissionalismo impressionante e o Paulo e eu pudemos então instalar-nos no próprio palco. Até parecíamos pessoas importantes com uma equipa às nossas ordens.

Conversámos uns minutos. Sempre tinha desejado fazer estas perguntas ao Paulo. Falar com ele sobre a sua paixão por Deus e pela dança. E nada como uma entrevista para poder fazer as perguntas que sempre lhe quis fazer.


1. Como foi o último espectáculo do Emílio Cervelló?
2. Curiosamente fizeste o percurso inverso em relação ao do Emílio...
3. Como descobriste a dança?
4. O que é para ti dançar?
5. Como é que a dança pode falar de Deus?
6. Qual foi o momento mais especial que viveste na dança?

Para aprofundar:
Entrevista com o Emílio Cervelló



Informe C3



Eis a 4ª edição do Informe C3. Continuo a colaborar neste projecto com outro artigo "O Sagrado (...nos dias de hoje...)!".

Comunicar

12 minutos que valem a pena ver... e pensar sobre eles!

Sting doa guitarra-baixo autografada para apoiar luta contra a Leucemia


Uma guitarra do Sting, um quadro inédito de Graça Morais, o primeiro onde pinta uma criança, as última camisolas da carreira de Luis Figo e as chuteiras com que Cristiano Ronaldo jogou a Final da Liga dos Campeões Europeus são alguns dos objectos do leilão organizado pela Associação Portuguesa Contra a Leucemia para angariação de receitas, no âmbito do Concerto bianual da associação, que se realiza no Pavilhão Atlântico, dia 2 de Julho.

Em palco estão o Maestro e tenor José Cura, a fadista Mariza, Luís Represas, Rui Veloso, Camané, Pedro Caldeira Cabral e Los Calchakis, todos acompanhados pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e pelo Coro Lisboa Cantat. A apresentação está a cargo de Catarina Furtado.

O concerto e o leilão visam a angariação de fundos para a APCL, destinados ao apoio ao Registo Português de Dadores de Medula Óssea e à investigação dedicada ao tratamento da leucemia, uma doença que afecta 1.000 pessoas todos os anos em Portugal.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Oliveira e Costa


«Os despojos finais do cavaquismo foram ontem exibidos por Oliveira e Costa no parlamento (...)»


Eduardo Dâmaso, in Correio da Manhã

terça-feira, 19 de maio de 2009

The end


Foram precisamente 4 anos, 2 meses e 10 dias. Umas vezes estive mais presente e outras vezes estive completamente ausente. Até me fui embora durante um período em que pensava que não podia ter um blog e trabalhar onde trabalho. Mas fui voltando sempre porque isto é um bocadinho viciante. Foram muitos posts, muitas músicas, muitas sugestões, muitos estados de espírito. Falei sobre muita coisa e, muitas vezes, sobre nada.
Hoje cheguei à conclusão que acabou. Termino neste dia a minha participação n'O.Insecto. Deixo-o nas mãos de outros enquanto entenderem que isto deve continuar.

A todos os que me leram, os que comentaram, os que me criticaram, deixo um abraço.

Aos outros Insectos, agradeço a presença e a amizade.


Pedro Rapoula

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os médicos


Sempre que vou ao médico venho de lá com uma coisa nova que não tinha antes de lá ir resolver um determinado problema.



Desta vez uma simples ia de rotina ao dentista fez-me vir de lá com o que ele chamou: trauma de escovagem!



Há com cada coisa...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A não perder!


LULA PENA no Museu Nacional de Arte Contemporânea: Museu do Chiado
16 de Maio - 22H00

"Enorme talento de trilho nómada, em permanente viagem pelas terras que se lhe oferecem, faz já mais de dez anos que não lança um disco (parece que é desta), e os concertos anunciados que dá tornaram-se um bem demasiado precioso para serem desperdiçados.
Diz que era (é, será?) fadista por ser portuguesa, e que estar longe lhe faz sentir ainda mais ser de cá. Percorre, capta e interioriza o norte de África, a música das águas do Mediterrâneo, os lamentos e rezas do samba e da bossa.
Por agora, parece que todos a conhecem (mas todos nunca são suficientes, e podem ser muito mais; devem, têm que ser) mas que é raro saber por onde pára; certo é que ninguém a esquece. Leve demais para ser apanhada, desaparece por entre os nossos dedos, refaz-se e voa para onde for que o destino aponte. Esta ocasião em que a podemos ver cantar é, então, um daqueles dias sagrados em que podemos ficar um passo mais perto do sopro divino. Um recital para voz e guitarra como não há em mais lado algum."

Maios informações AQUI

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Chavela Vargas aos 90 anos, "así me voy a morir, sin yugos"

(...) sinto-me muito contente. Cumpri uma missão. Com muito gosto. Sem ser forçada. Com amargura às vezes. Com dor mais que tudo. Mas isso passou. Não deixou cicatrizes na minha vida. Não tenho más recordações. Foi tudo belissimo."
(...) Há que inventar as coisas e, quando se inventam, doem. Doem muito. Há que conter a mentira. Há que conter tudo isso, e dói muito. Dói cada dia. Tens medo de que se descubra a verdade. Parecemos muito valentes, mas por dentro...só Deus sabe"
(...) saudade é liberdade. Ser livre é o mais belo. Eu não tenho jugos. Não me agacho perante nada. Jamais. (...) A alma vale mais que os milhões. Encanta-me ser assim e é assim que vou morrer, livre, porque já não me falta muito. Estou consciente de que estou a terminar a minha caminhada.Não há que ter tristezas. Digo-o tranquila, sem amargura".

Entrevista de Chavela Vargas, ao El Pais semanal

Dentro da onda





























Via João, obrigado.







quinta-feira, 7 de maio de 2009

Que tonta


Ana Gomes dá, hoje, uma entrevista à revista Sábado. As declarações são tão tontas, que não consegui ler a entrevista até ao fim. Entre uma continuidade de insignificâncias, as declarações são tão infantis que roçam a declaração indígena.

Uma pena porque ainda esperei poder ler qualquer coisa que de facto valesse a pena.

Enganei-me…