quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

La folle journée de Nantes - Schubert e os seus amigos




Está a decorrer desde ontem e até domingo, na Cité Internationale des Congrès de Nantes e outras salas daquela cidade francesa, a 14ª edição desta maratona musical que, este ano, é didicada a Schubert e seus amigos. O programa é vastíssimo e de Franz Schubert é tocada grande parte da sua obra para piano, ressaltando o celebrado quinteto La Truite e lieder, além de várias sinfonias e outras obras orquestrais. Dos seus amigos, entre outros Rossini, Beethoven, Mendelshon, Weber, Diabelli, Hummel, Hensel e Vorissek, serão também executadas várias composições. Uma novidade desta edição: foram convidados a compor sobre uma obra de Schubert os compositores japoneses Dai Fujikura e Toshio Hosokava e o jovem francês Bruno Mantovani , cujas peças serão executadas durante estas jornadas musicais.


A Antena 2, com apresentação e comentários de Andreia Lupi e Pedro Rafael Costa, está a transmitir alguns concertos em directo e outros em diferido.


Para fazer inveja aos que não perdiam a Festa da Música no CCB, quando ainda havia dinheiro que não só para o Museu Colecção Berardo e a exposição milionária dos trastes do Hermitage.
Pode ser que o novo Ministro tenha o "bom senso e bom gosto" que faltava à Ministra cessante.

Domingo no Restelo às 1930 - Presságio


Depois dos Tigres, a vez do Leões à solta... Ninguém os agarra


It´s not oh so quiet

Importa esclarecer que nenhum dos insectos é partidário da política de "filtragem" à la Sarkozy ou de Socrates.

Bjork

Série Músicas que arrepiam XXXV


"But Death alas!".."When I am laid in earth"
Purcell: Dido and Aeneas
(Janet Baker, Anthony Lewis and the English Chamber Orchestra)

.

"Thy hand, Belinda, darkness shades me,
On thy bosom let me rest,
More I would, but Death invades me;
Death is now a welcome guest.
When I am laid in earth,
May my wrongs create
No trouble in thy breast;
Remember me, but ah! forget my fate."

Paz?

Venham as críticas que... vejam o video

Sem querer ser Petulante, subscrevo

Mais uma edição do CÃO AZUL!

Juro que não tenho comissões! A loja do CÃO AZUL está cada vez melhor!

Não é o meu tipo de filme mas bem aconselhado fui ver ... Expiação baseado na obra de Ian Mcewan, e sobretudo achei o filme irritante. Irritante pela forma como o personagem Briony é tratado (a antipatia inicial, a ressurreição a meio do filme e a inteligencia naquela entrevista no final) ... afinal é uma criança que comete um acto hediondo ou é uma peste já por si intrinsecamente irritante?; Porque desconcerta, podia ser um bom filme mas desperdiçado na tentativa (suponho porque não li o livro) de seguir com rigor o romance de Mcewan - é demasiado longa e desnecessária a deambulação pelos terrenos da II GG deixando cair a construção do épico de Cee e Robbie; Porque não gosto de ver cavalos a serem mortos nem miolos no ecran (serviu aquela penitência para amolecer o coração de Briony?); Porque percebi por antecipação algumas coisas do filme e outras deixam a dúvida quanto às intenções do autor - o filme dramatização do livro de Briony ou este misturado com o percurso real de Cee e Robbie?; Irritante porque percebe-se mas esconde-se o nascimento daquele grande amor; ainda porque apesar disto tudo o filme tem passagens muito bonitas, fotografia, cenários - todo o trabalho de reconstituição de época (já é quase monótono referir) bastante belos; bons e belos actores; outros que mereciam muito mais (Brenda Blethyn ocupa 1m do filme...); etc etc ... no entanto saí da sala bem, porque também não é um mau filme, pelas paisagens familiares do litoral do Sussex, e muito pela incrivel Vanessa Redgrave e pela vontade de rever Julia e claro Brideshead.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ponto de Ordem


Não tenho nada contra comentadores anónimos. Também não tenho a favor. O.Insecto existe há praticamente três anos e nunca se sentiu a necessidade de filtrar os comentários. Penso poder falar em nome de todos quando digo que os colaboradores deste blog apreciam a diversidade e não temem o confronto. Quando esse confronto é de ideias e de argumentos. O caso muda absolutamente de figura quando se entra no campo dos insultos pessoais gratuitos. Isso, lamento, mas não admitimos. É por essa razão, e só por essa, que desde ontem os comentários são sujeitos a escrutínio. Por isso, caros anónimos, é indiferente insultarem qualquer um dos que comigo assina este blog porque esse tipo de comentários vai directamente para o lixo. É pura perda de tempo.

p'los Insectos

Pedro Rapoula

Momentos

A noticia da manhã

Hoje de manha dois tigres do circo Chen fugiram e andam perto da zona da Azambuja. As televisões andam em histeria e entre directos e reportagens é isto que ocupa a nossa manha informativa. Tudo isto é apenas o resultado da fraca qualidade dos nossos media ou do nosso país e nem uma tomada de posse dos novos ministros da Saúde e Cultura excitam os media.
Mas mais importante que a excitação dos media é facto de termos dois tigres perfeitamente assustados por estarem tão perto de tantos portugueses, sem saber para onde ir e para onde se virarem. Uma proximidade assustadora tão assustadora, para dois tigres que até agora eram, felizmente, protegidos por umas simpáticas grades.
Por isso, acho que esta coisa dos dois tigres à solta foi uma maldade do circo Chen, que lhesterá dito: «Já que se portaram mal ontem à noite, hoje de manhã vão ver como elas mordem. Vão conviver com os portugueses e fujam...»

De Schiller´s "Ode to Joy"*

Link para página de Günther Groissböck - Baixo. A primeira experiência impede de passar para as próximas, para ouvir em loop este "O Freunde, nicht Töne" da 9ª Simfonia.
(Ainda sem qualquer conotação política com a recente avalanche no MC)
*Esta coisa de Hino da Alegria nunca lhe achei piada. Joy será mais contentamento, entusiasmo, gostar.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Virgens Suicidas

Achtung: Não tem a ver com qualquer harakiri político no MCultura

É este cinema perto de mim, com nome de Palmeiras, que insiste teimosamente em passar coisas boas e que já ninguém se lembra. Por lá neste momento (já não está), um filme que nunca vi (e ainda não foi desta): a história maldita das irmãs Lisbon, a Sophia Coppola atrás da camara e a música dos Air Playground Love

Que confusão a minha!

Afinal enganaram-me. O Dr. Pinto Ribeiro foi para a Cultura - Carlos Fragateiro, director do D.Maria II já se congratulou, não vá o Diabo tecê-las, suspeitando que a Drª Isabel Pires de Lima caíu por causa do êxito de Das Märchen no S. Carlos - e a Drª Ana Jorge é que foi para a Saúde. Será que é descendente do ilustre médico Dr. Ricardo Jorge, que escreveu em 1884 "Higiene Social Aplicada à Nação Portuguesa"? Se é, faça o favor de a aplicar e começar a escrever outra, bem mais interessante, "Higiene Mental Aplicada à Nação Portuguesa". A Nação Portuguesa ficar-lhe-á grata e dedicar-lhe-á um novo Instituto com o seu nome. Quanto ao Otorrino, mantém-se o meu veemente desejo expresso atrás.

Para uma saúde culta

Ai é o Dr.Pinto Ribeiro, administrador do Museu Colecção Berardo,que vai gerir a Saúde? Só espero que nomeiem para gerir o museu um Otorrinolaringologista, porque o Sr. Jo Berardo, anda de há uns tempos para cá com muita garganta e já contagiou a Cultura, podendo atingir ainda mais todo o governo...

A Remodelação

O melhor comentário à remodelação do Ministro da Saúde:
«Tinha apostado que no final de 2008 já não ia haver hospitais em Portugal e que íamos passar a ir todos a Espanha… mas agora com a remodelação vou perder aposta!»

Berardo chega ao Governo

O novo Ministro da Cultural, José António Pinto Ribeiro, é administrador da Fundação Berardo. Sim, aquela Fundação... a tal... Pois. Tudo está bem quando acaba bem...

Ainda se fosse a final da Operação Triunfo...

Parece que Portugal está a arder...
Nova ministra e novo ministro, Inem no you tube, Portugal colaboracionista com o regime de Bush... e mais, mais sobre Das Marchen.
Quem foi o génio que teve a bela ideia de transmitir por todo o Portugal, como se fosse um jogo do Europeu, a obra inclassificável do De Nunes?

Para variar...


"O Nuevo Ballet Español, uma das mais prestigiadas companhias de dança espanhola e flamenca, apresenta-se pela primeira vez em Portugal com o espectáculo Sangre Flamenca.

Conhecida pela sua garra, paixão e força de interpretação, esta companhia tem actuado nas mais importantes salas e festivais a nível internacional, com recepção entusiástica tanto a nível do público, como da crítica. Em 2000, recebeu o primeiro lugar no Prémio UP de Danza para a melhor companhia de dança espanhola e de flamenco e, em 2005, os seus directores e fundadores, Angel Rojas e Carlos Rodriguez, foram galardoados com o Prémio Villa de Madrid Pilar Lopez para melhores intérpretes de dança."
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30 e 31 Jan 2008 - 21:00
1 e 2 Fev 2008 - 21:00
3 Fev 2008 - 16:30
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Mais informações AQUI

Ai os patrões

A SIC Noticias está neste momento com o programa «Praça Pública», onde o público pode participar com a sua opinião sobre um determinado tema. O tema de hoje é «As melhores empresas para trabalhar» e eis quando entra no ar uma senhora que dispara a seguinte frase:
«Porque há empresas que não respeitam as mulheres, em especial quando a mulher está mestruada.».
Francamente, empresas assim deviam ser fechadas e por despacho ministerial...
NÃO VALE A PENA SER MENOS DO QUE TOTAL

Previsões?

"(...)Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mas atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos! Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!"


Almada Negreiros, 1916

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Às vezes...


Bang Bang
(Nancy Sinatra)


A dupla Liedson - Vukcevic em acção.
Há um sentimento de orgulho gigante.

Deu à costa com o tsunami


Eu não conheço esta cara de qualquer lado?

Tesourinhos por e-mail

«Queria agradecer a todos que me mandaram os mesmos e-mails vezes sem conta durante o ano de 2007 pois graças a eles :
1-Li 170 vezes que a minha conta MSN ia fechar;
2- Acumulei cerca de 3000 anos de azar e morri 67 vezes por não ter reenviado certos e-mail!;
3-Agora quando saio à rua tenho medo de ser raptado por algum jeitoso;
4- Mandei dinheiro para uma menina doente para aì 7 000 vezes (é engraçado mas o tempo passa e a miuda continua sempre com a mesma idade);
5-O suposto Nokia que ia ganhar nunca chegou;
6-Assinei petições e nem sei ao certo que tipo de animal é que salvei!;
7-Jà sei vezes sem conta o que hei-de fazer para ser feliz;
8-Li pelo menos 25 vezes as citações do DALAI LAMA. Em conclusão acumulei 4690 anos de felicidade !!;
9 -E não esqueçamos o famoso virus que nem a Microsoft, Macaffee, Norton Symantec eram incpazes de detectar. Ainda tou à espera desse famoso mail contaminado!»

Se o Natal é sempre que um homem quiser, por causa desta música eu hoje quero!!

"Little Drummer Boy" by David Fonseca

A propósito...


"(...)
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(...)"


'Tabacaria' de Álvaro de Campos

Parece-me bem...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Conselho

«Occupying the mirror longer than your girlfriend can result in serious arguments. Try sharring.»
Mais um dia chato hoje, a nova triade do Estado erigido por mim: Amigos, Surf e Futebol.

Vi o novo Woody Allen, e como dizia uma jornalista da RTP N ao embaixador com aquela pronúncia carregada de piada, como se fosse coisa pequena e surpreendente



"Tivemos um bocadinho de tempo e fomos ver... ó zé como se chama?"
(cameramen envergonhado, olhos no chão - Notre Dame)
"isso, olhe Gostei!".

Aos detractores, Woody Allen tem a sorte de filmar uma vez por ano, talvez de 3 em 3 brinda-nos com uma obra-prima, no meio há estudos, ensaios, ou apenas diversão. Logo, muitas vezes esperar muito mais dele, embora tenhamos esperança, é como procurar o Grande Amor na primeira que passa (!?!). Neste Cassandra, Woody Allen filma Londres como se fosse Manhattan, está por casa já. O resto é Crime e Castigo.

Estamos Vivos



sábado, 26 de janeiro de 2008

Augusto M. Seabra a propósito da estreia de Das Märchen no São Carlos


"(...)
O que a ópera também revela, e é facto que tem de ser devidamente escrito, com todas as letras, é que o compositor, sendo um autor cultissimo, não tem todavia a menor cultura teatral e cénica. Neste aspecto, crucial, Das Märchen é de facto uma obra espantosa, de inanidade.

(...) Emmanuel Nunes, compositor do eixo franco-alemão de origem portuguesa (e que é “compositor português” quando devidamente lhe convém, como se sabe, quando se trata de obter o apoio e as garantias de mandarinato de entidades e poderes portugueses)

(...) o Acto I de Das Märchen ainda me afigura de grande riqueza, apesar de, entre outros, dois aspectos: a falta de inteligibilidade da concepção dramática e a banalidade da escrita coral, este último um aspecto que, devidamente ponderado e atendendo a já infelizes exemplos anteriores (73 Oeldorf- 75 II, Vislumbre ou Machina Mundi), até não de será de todo surpreendente, mas que a este nível de banalidade é embaraçante num compositor da envergadura de Nunes. Sendo até mais curto, o Acto II é no entanto o da confirmação da catástrofe.

(...) Pode então perguntar-se, e pergunto eu: estes meios todos para quê? Como é por exemplo admissível, nos precisos termos do rigor que se reconhece em Emmanuel Nunes, que uma imensa percussão todavia mal se ouça, perdida no trajecto entre o Salão Nobre, para onde teve de ser remetida por óbvios motivos logísticos, e a sala? Que “rigor” há na banalidade da escrita coral? Que “rigor” há na participação de um grupo de bailado que o compositor quis desde o princípio e para o qual não tem nenhum pensamento constituído? O que pensa Emmanuel Nunes que é o teatro musical: uma inacreditavelmente dispendiosa récita de “kindergarten”?

Há em Das Märchen, o conto de Goethe e a ópera de Nunes, umas personagens de relevo que são os Fogos-Fátuos. Lamentavelmente, e apesar das belezas que na obra também há (e repito que, apesar da vacuidade da concepção dramática, as quase duas horas do Acto I me surgem de grande beleza musical), Das Märchen é um Fogo-Fátuo, com uma encenação atroz no seu simples propósito “ilustrativo”, e mesmo que com uma realização musical empenhadíssima, na direcção de Peter Rundel e também, há a assinalar, contando com um cantor de excepção, o baixo Mathias Hölle.

Lamento, sinceramente lamento, em primeiro lugar pela simples razão “egoísta” de que não gosto de me chatear num espectáculo (e já me tinha bastado o que sofri no Rigoletto), em segundo lugar porque as questões contemporâneas da ópera me interessam como poucas, em terceiro lugar porque tenho o devido respeito e admiração, tantos vezes reiterados, pela obra de Nunes, que venho seguindo de há muito e sobre a qual venho escrevendo faz 30 anos; lamento, lamento sinceramente, mas enquanto objecto-ópera, nos seus próprios termos programáticos, Das Märchen afigura-se-me um desastre muito para além de tudo o que se poderia recear.

Não vejo “promessa” ou “aurora” alguma na obra, tão só os fogos-fátuos de uma ópera enquanto manifestação do poder. "

Augusto M. Seabra, in 'Letra de Forma'

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

E porque é sexta-feira...


One way or another
(Blondie)

Aviso à navegação

Hoje e amanhã são as últimas oportunidades para assistir a 'Turismo Infinito' no Teatro Nacional D. Maria II. Já AQUI falei deste espectáculo mas porque gostei realmente do que vi, reforço a sugestão. Para quem gosta de Pessoa, vale a pena assistir a esta viagem.

E porque é sexta-feira...


Ao limite eu vou
(Nonstop)

De fugir!


Não perderia muito tempo a escrever uma linha sequer sobre este espectáculo se não sentisse ser meu dever alertar para algo de tão má qualidade. Feita esta ressalva, passo a explicar: fui esta noite ao Teatro da Trindade assistir à estreia de 'Made in Brazil', uma criação do grupo "d'As Entranhas". Segundo os seus autores estaria perante "um show de variedades musical em white socks e black tie do best of the great brazilian performers... Instantâneos em playback … duetos de faca e alguidar… canções de amor… 10 pares de pernas em solos, quartetos e quintetos de chorar as pedras da calçada... Uma sessão de covers e undercovers, mesmo ao virar da esquina...”.
Pegar em ícones da cultura pop brasileira parecia-me um bom ponto de partida. Mas, na realidade não consegui ficar a assistir àquilo mais do que 20 minutos. As boas intenções do grupo rapidamente se transformaram em pretenciosismo e pobreza artística. Ver homens e mulheres vestidos de mulheres e homens a fazerem playback cantando, a gesticular excessivamente sem que o excesso fosse kitsch, tornou-se, no mínimo, num exercício de tortura. 'Made in Brazil' é mau. É muito mau mesmo. Em qualquer grupo de teatro amador de bairro o talento deve ser maior. Assisti nos 20 minutos que aguentei (o espectáculo tem a duração de 67 minutos e meio, segundo anunciam no início) a um desfile de misérias, de falta de talento, de gente feia e de coreografias ridículas. Salvam-se os figurinos da responsabilidade d' A outra face da lua.
Por todas estas razões sugiro que evitem passar pelo teatro-bar do Teatro da Trindade entre 24 de Janeiro e 23 de Fevereiro, todas as 5ª, 6ª e sábados pelas 23 horas. É mesmo de fugir!

Música que me arrepia

Ne me quitte pas
(Nina Simone)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Lendo os outros

"Há pessoas que não merecem viver aqui
.
Bem esteve o filho do homem que tombou da maca e morreu, enquanto sobrevivia abandonado no corredor de um hospital português, que vai levar o caso a Tribunal mas não quer dinheiro. Disse mais: havendo indemnização, o dinheiro será para solidariedade.
Já quase não há pessoas assim. Parece evidente que, antes da desgraça, o senhor que caiu da maca soube dar educação e formação aos filhos. Merecia, só por isso, ter vivido num país com mais respeito pelos seus habitantes."

Ainda

"As pessoas sentem-se sempre compelidas a simplificar as outras. Partem do princípio que nos apanharam e nos podem descrever. Mas há muitas histórias dentro de mim e imensas coisas que quero atingir para além da única nota [musical] do costume."

Série Músicas que arrepiam XXXIV*


To love somebody
(Nina Simone)

*Sugestão da Moura

Bem vinda de volta!

"(...)
Afastada, durante seis meses, da política nacional, por motivos pessoais, seguindo à distância as inúmeras celebrações do Governo, os vários "escândalos" nacionais, as desgraças da oposição, os novos fundamentalismos que, por aí pululam, as previsões económicas para 2008 e o invariável falhanço das reformas anunciadas, fui vendo como o país se fazia e refazia, diariamente, ao sabor das últimas notícias, perante a fragilidade de uma opinião pública que se indigna com facilidade e se esquece com rapidez do que é, de facto, essencial. Ao fim de pouco tempo, tudo se mistura e se esvai numa amálgama de factos nivelados pela falta de memória, donde nada sobressai: da eleição do dr. Menezes que, num momento alto de patriotismo, garantiu que só correria, em território nacional, nomeadamente na Avenida dos Aliados e na Avenida da Liberdade, ao optimismo do Governo perante o quadro desanimador da economia, da miséria das reformas ao aumento do desemprego, da Ota e do que lá se gastou inutilmente à nova polícia dos costumes, da intromissão do Estado na vida privada dos cidadãos aos negócios obscuros que, mais uma vez, serão investigados "doa a quem doer", da contínua degradação da Justiça à farsa que se vive na Educação, do referendo ao Tratado de Lisboa que não se vai fazer à amena cavaqueira sobre as promessas dos políticos que ficam por cumprir, da agonia pública do Banco Comercial Português (BCP) à sua transformação numa espécie de delegação governamental, da reacção do PSD que, em nome de uma justa repartição de lugares, exigiu que um militante seu ficasse à frente da caixa Geral de Depósitos (CGD) à vontade expressa do dr. Armando Vara querer ir para o BCP, permanecendo, ao mesmo tempo, nos quadros da CGD, ficou apenas uma impressão difusa, subjugada pelo desejo permanente de novidade e pela forma esmagadora como ela nos cai em cima. De um dia para o outro, a fragilidade do capitalismo português, a dependência dos grupos económicos do Estado, a promiscuidade entre o sector público e o sector privado e todos os grandes negócios que ficam por explicar são substituídos por umas intrigas no PSD e pelo rapto da Marilu."

Constança Cunha e Sá, in Público de 24.01.07

'Das Märchen'

Amanhã estreia no São Carlos 'Das Märchen', a primeira ópera do compositor português Emmanuel Nunes. A estreia mundial de 'Das Märchen' está a criar uma enorme curiosidade. É composta por um prólogo e dois actos sendo o libreto baseado em 'O Conto - Conversas de emigrantes alemães', de J. W. Goethe. Diz quem viu/ouviu (o ensaio) que são quatro horas de música desconcertante.
Das Märchen" ("O Conto") tem como cenário um rio em cujas margens vivem personagens distintas, como a Bela Lília, o Homem com a Lâmpada, o Gigante, quatro reis, dois fogos-fátuos, um Príncipe e uma Serpente Verde que se transforma em ponte para ligar as duas margens.
Segundo a sinopse, todas as personagens estão enfeitiçadas, vão metamorfoseando-se ao longo da ópera até chegarem "a uma existência livre e plena".
Por se tratar de uma estreia mundial de uma ópera composta por um compositor português, a récita de amanhã terá transmissão para 14 teatros espalhados pelo país (Ponte de Lima, Porto, Vila Flor, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Torres Novas, Portalegre, Estremoz, Beja, Faro, Açores e Madeira), numa tentativa "descentralizar a cultura e formar novos públicos". "É um grande esforço de abertura da ópera contemporânea à comunidade", disse Isabel Pires de Lima, que considerou esta estreia uma "data histórica para a ópera em Portugal"


"Apesar de ter vindo a devotar um constante interesse à problemática da voz cantada no séc. XX, Das Märchen é a primeira obra em que Emmanuel Nunes usa a voz a solo. Esta sua primeira ópera, com estreia mundial a 25 de Janeiro de 2008, no TNSC, baseia-se no último capítulo da obra Erzählung aus Unterhaltungen deutscher Ausgewanderter (Conversas de emigrantes alemães) - denominado Das Märchen (O Conto), escrita por Goethe em 1795. Em 1986, onze anos após ter lido este conto pela primeira vez, e considerando dedicar-se a uma ópera sobre o tema, Nunes realiza um primeiro plano dramatúrgico, desenvolvendo uma versão puramente teatral. Os anos seguintes permitir-lhe-ão a depuração desta estrutura e a criação definitiva de um libreto, iniciando-se a escrita da partitura em 2003. A história remete-nos para um universo maravilhoso, assente numa delicada teia de alegorias, e símbolos esotéricos e alquímicos. Erige-se em torno da uma serpente, - A serpente verde - que se transmuta e se reveste de diversos significados, encontrando a sua sublimação na forma de uma ponte, que liga as margens do rio, e com elas, todos os pontos antagónicos e conflituais, proporcionando um estado de serenidade, sabedoria e felicidade."

Mais informações AQUI

Trago os meus sonhos perdidos

"Trago fados nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noite de solidão
Trago versos trago sons
Duma grande sinfonia
Tocada em todos os tons
Da tristeza e da agonia
Trago amarguras ao molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meu olhos
Que choram desde meninos
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores"


Amália Rodrigues

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A Arte deve desafiar a Mente
Dia 27 às 21h na Academia de Ciências
ENSEMBLE EUROPÉEN WILLIAM BYRD
GRAHAM O'REILLY (direcção)
Música Portuguesa do Século XVIII
João Rodrigues Esteves
Cum turba plurima
Missa a 8 vozes: Kyrie - Gloria
Stabat Mater
Lamentações a 8 vozes
Missa a 8 vozes: Credo - Sanctus - Agnus Dei
Miserere a 12 vozes
Para depois do Sporting - Fêcêpê.

Às vezes páro e reflicto sobre um qualquer conceito estético que eu possa ter. Desisto. Parece-me que essencialmente gosto do que é belo. Mesmo que pareça vago, não é. Há o Belo e há o resto e há quem saiba distinguir isto tudo.

Pessoa infinito (A NÃO PERDER!!!)

"“Sou a cena viva onde passam vários actores representando várias peças.” A frase que Bernardo Soares escreve pelo punho de Fernando Pessoa é uma das muitas epígrafes possíveis de Turismo Infinito, espectáculo em que Ricardo Pais dobra a esquina de diversas sínteses, empreendendo uma viagem ao fulgurante universo de Fernando Pessoa. O impressivo dispositivo cénico concebido por Manuel Aires Mateus figura a psyche de Pessoa, “porto infinito” onde chegam ou de onde partem o guarda-livros Bernardo Soares, o histérico e futurista Álvaro de Campos, o interseccionista “Fernando Pessoa” e o bucólico mestre Alberto Caeiro.
Também Ofélia Queirós – a mulher com quem o poeta teve o único envolvimento amoroso conhecido – é convocada pela dramaturgia finamente urdida por António M. Feijó, que supera a redutora clivagem entre “vida” e “obra”, e põe em relevo alguns ritmos maiores do universo Pessoa. De novo com João Reis no elenco quase residente do TNSJ, mas também com a inspirada inventividade de colaboradores que o acompanham desde 2003, Ricardo Pais experimenta a performatividade da(s) escrita(s) de Pessoa, tecendo um poderoso enredo de estímulos auro-visuais e pondo-nos em contacto com a obra de um homem que, de modo heróico, pretendeu – e conseguiu – “introduzir beleza no mundo”."

Turismo Infinito
Sala Garrett
11 de Jan a 26 de Jan 2008
3ª a SÁB. 21h30 DOM. 16h00


encenação RICARDO PAIS
com a colaboração de NUNO M CARDOSO
dispositivo cénico MANUEL AIRES MATEUS
figurinos BERNARDO MONTEIRO
desenho de luz NUNO MEIRA
mais informações AQUI
sonoplastia FRANCISCO LEAL
voz e locução JOÃO HENRIQUES

COM
JOÃO REIS EMÍLIA SILVESTRE PEDRO ALMENDRA
JOSÉ EDUARDO SILVA LUÍS ARAÚJO

Série Músicas que arrepiam XXXIII

Johann Pachelbel - Canon in D Major
(London Symphony Orchestra)

O que se passa?


[Foto de Gary Chpman, in: gettyimages.com ]

Fico impressionado!

Por essa inquietude, Pedro... Sinto a inquietude a pairar no ar... Talvez pelo desejo de busca de sentido, de vontade de amar ou de se ser amado. A vida é feita de rupturas, no entanto é em caminho...

28 anos...

Nasci no mesmo ano que o Heath Ledger. E é desconcertante... Tanto se passa pelo mundo em cada segundo que seria impossível descrever, mas a partida é desconcertante. Diariamente na minha oração, nos meus pensamentos, deparo-me com questões sobre a vida, sobre o ser humano... Onde é que chegámos? Onde é que chegamos?

Enquanto escrevia esta primeira parte, pensei que não deveria continuar... Fui rezar! Sim, recolher-me enquanto ouvia a banda sonora do Alice e, bolas, pensava no ser humano que me fascina... Durante tanto tempo desvalorizado (recordando o jansenismo), depois sobrevalorizado (recordando o modernismo, com o apogeu neste aspecto em Nietzsche com o seu super-homem). Não está na altura de voltar a olhar com equilíbrio para o que somos? Com naturalidade para as qualidades e para o limite?

Ser para... Ser por... Não será este o caminho da comunhão? Naturalmente, o desejo do ser humano é o encontro face-a-face. Afinal, o ser humano é aquele que vê, vê de frente, olhos nos olhos quem é o outro, numa revelação permitida.

Nestes dias
tenho ido mais fundo neste "face-a-face" contigo. Olhar para o texto que te revela já não me chega, tenho de te buscar no outro, mesmo no silêncio, mesmo na menor ou maior empatia. Ir para além do superficial construído pelo ego que se forma, de modo a chegar à essência daquele que é contigo. E todos somos contigo. Permitimo-nos relacionar... Viver de fundo o que nos une, mesmo quando sentimos separação...

Curioso. De essência estar voltado para o outro e chegar ao ponto de perceber que mais forte do que isso é viver pelo outro...

Complicámos demasiado a relação contigo. O temor rapidamente passou para o tremor, a impossibilidade, quando nos mostras a total possibilidade de estar com...

Porque é que não se vive isto mais a fundo?

Há orações que parecem muito bonitas, mas ficam por isso mesmo pela sua beleza, não entrando... Será oração? Ou serão palavras escolhidas para preencher um ritual? Quando mergulho na Eucaristia tento saborear os gestos que encarnam as palavras. Tento fazer o pouco que vai sendo revelado em mim, a minha própria Pessoa.

Afinal o Sagrado encontra-se na essência da Pessoa Humana. O Sagrado não olha ao tempo, à história, à vida, à característica do ser humano, o sagrado é a Pessoa em si. Sinto o desejo de acolher a divinização que vai acontecendo na medida em que nos abrimos à graça dO Divino e deixar que o seu Amor de vida de acção/missão me (nos) faça vibrar até à mais ínfima parte do Corpo...



Resposta à provocação (também em espanhol, Pedro)

Heath Ledger (1979 – 2008)

De vez em quando, misturado com os sonhos e a fantasia, chega-nos de Hollywood uma ou outra notícia que nos deixa consternados. Acabei de ouvir na TSF que Heath Ledger, um dos actores da dupla de cowboys que protagonizaram uma história de amor proibido em Brokeback Mountain, foi encontrado morto em sua casa. Heath Ledger tinha 28 anos e a morte de alguém tão jovem faz sempre confusão. Era mais novo do que eu. Era mais rico do que eu. Era mais famoso do que eu. Era mais bonito do que eu. E morreu hoje, provavelmente devido a excesso de calmantes. Acidente ou suicídio. A inquietude. Assim mesmo. A inquietude.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Os malefícios do tabaco


Porque está na moda falar e escrever sobre a lei anti-tabagista e sobre o afã da ASAE em fazer cumprir as leis restritivas a que nos vamos (mal) habituando, não resisto a mostrar uma piada que me chegou por e-mail. Esclareço que sou fumador, que esta lei não me incomoda nada, que em geral concordo com a necessidade de não obrigar os não -fumadores ao fumo dos meus cigarros, que sempre procurei não fumar em locais fechados e que tanto me chateiam os fundamentalistas de um lado (que até propõem a recusa de auxílio médico em hospitais públicos aos fumadores) como do outro (os que se sentem violentados na sua liberdade) e que penso e procuro aplicar o princípio de que "a minha liberdade termina onde começa a dos outros". Às vezes a fronteira é que é difícil de traçar. Só espero é que a consequência não seja a segregação social dos fumadores, pior do se fossem bombistas -suicidas. Pelo caminho em que vamos, já nada me admiraria.

A arte de Cédric Tiberghien


Encerrou com brilho o ciclo de piano Beethoven 2006. Ao piano o muito jovem, de 3o anos, Cédric Tiberghien, com uma carreira já notável, com uma colecção de prémios em concursos internacionais (Bremen, Dublin, Teal Aviv, Genéve, Milão), o mais importante dos quais o 1ª lugar no prestigiado Concurso Marguerite Long-Jaques Thibaud em 1999, bem como cinco prémios especiais desse concurso, nomeadamente o prémio do Público e o Prémio de Orquestra. Já gravou quatro discos, muito aplaudidos pela crítica com peças de Debussy,Beethoven, Bach, Chopin e Brahms.

As "6 variações em Fá maior, op.34", as "15 variações e Fuga em Bi bemol maior,op.35 Eroica" e a " Sonata nº 32, em Dó menor, op.111", a última sonata do genial compositor, foram interpretadas magistralmente. A sua entrega às peças viu-se no ritus facial, no verdadeiro bailado do seu corpo. Espera-se que volte a Portugal. Programadores do CCB e da Gulbenkian, estejam atentos a este meu pedido, no qual estarei certamente acompanhado por muitos mais melómanos.

De Espanha... (João, juro que isto não é uma provocação!)

No tal blog da senhora de 95 anos de que o Louro fala, descobri esta pérola que, como republicano que sou, passo a transcrever.


Mais nada a acrescentar!

My Next Insanity


My Last Insanity


Eu fumo, tu fumas, ele fuma, mas isso vai acabar, ó se vai!

Debate sobre a lei do tabaco no Prós e Contras:
- a lei só pretende proteger a saúde dos não fumadores
- a lei deixa que haja espaços de fumadores desde que haja extracção de fumos
- a lei permite que os fumadores fumem desde que não façam fumo
- os não fumadores devem poder entrar livremente nos espaços de fumadores, porque está garantido que não vão ter fumo
- os espaços para fumadores têm que ter uma qualidade do ar
- ninguém sabe que parâmetros devem ser adoptados
- ninguém sabe que equipamentos garantem essa pureza inaudita
- vai haver inspecções para ver se os equipamentos que ninguém sabe quais são e como têm que ser estão instalados e certificados por quem não se sabe se certifica
- em 2009 vai sair uma lei da qualidade do ar mas já é aplicável aos espaços dos fumadores
No fim do programa já se confessava que o objectivo é acabar com os fumadores, só não se diz isso porque lá vinham uns teimosos invocar a liberdade individual. Assim, pode ser que passe e se cansem...

Já tenho este blog há uns tempos mas só agora o partilho. É da Maria Amélia, tem 96 anos e o neto "como es muy cutre me regalo un blog"
Tal vai o Estado da Nação!.... Sonhei que o Sporting perdia por 35-1 contra uma equipa da terceira para a taça. Nem sequer era contra o Porto... no próximo domingo estamos por Alvalade, para aplaudir o Quaresma porque é dos melhores e começou na escola do Leão.

Um jornal hoje trazia uma fotografia de uma destas batalhas, em 2003 o ataque do Sporting era o Cristiano Ronaldo - João Pinto - Ricardo Quaresma, num tempo em que o Paulo Bento ainda alinhava no 11 e o Boloni comandava as tropas.

Gracias a la Vida

Para tentar competir com o nosso pr (não confundir), uma canção bonita em espanhol, por uma
"rapariga do meu tempo", Joana Baez.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Trilogia Janeiro 2008
Grandes Ondas com
os Amigos seguido de Jantaradas

tudo regado com o In Rainbows dos Radiohead

Promessa
Sweeney Todd do Tim Burton
(Até lá ficamos muito bem com o Eastern Promisses do Cronemberg)

Apelo!

De manhã estava tudo perfeito: estreia da prancha que o primão ofereceu com metrão perfeito, grande sol e apenas dois no pico. A conversa torna-se inevitável, o bicudo pergunta-me as horas e a minha resposta arruinou-me "não sei mas tenho de ir workar". O bicudo sorri. Apesar de nos conhecermos dali não fazia puto ideia que era nadador salvador. Ainda mais do que invejar a prancha, a técnica ou a babe, inveja-se o tempo livre de cada um. Ser nadador salvador numa praia com altas ondas, observar o sorriso do homem e o que o espera num dia como hoje, é barra muito pesada para quem só pode surfar antes de trabalhar. Outra inevitabilidade é o assunto. As ondas do dia, as de ontem, as da semana passada, do mês... tudo gira à volta do mesmo assunto. O incrivel é que não chateia. O ainda mais incrivel é acordarmos não com sexo no pensamento mas com ondas, ainda pior é a ideia que se instalou e a qual não consigo expulsar. O bicudo deu-me a ideia para o meu emprego perfeito: nadador salvador! Fui nadador, conheço as praias e correntes, conheço o mar e tenho-lhe um respeito do c****... daqui até andar de calção encarnado pode ser um pulo. Serve este post para pedir aos amigos: Segurem-me desta loucura!

Um curiosidade

Órgão do Mar - na cidade de Zadar, Croácia
Situado na costa de Zadar uma cidade da Croácia,
encontramos o Órgão do Mar, degraus cravados em rochas
que têm em seu interior um interessante sistema de tubulações que,
quando empurradas pelos movimentos do mar, forçam o ar e,
dependendo do tamanho e velocidade da onda, criam notas musicais,
sons aleatórios.
Criado em 2005 e ganhador do prémio europeu para espaços públicos
(European Prize for Urban Public Space), o Órgão do Mar
recebe turistas de várias partes do mundo que
vêm escutar uma música original que traz muita paz.
O lugar também é conhecido por oferecer um belo pôr-do-sol,
o que agrada ainda mais as pessoas que visitam a localidade. Zadar é uma bela cidade do litoral da Croácia
e foi duramente castigada durante a 2ª Guerra Mundial.
A criação do Órgão é também uma iniciativa para devolver
um pouco do que o lugar perdeu com tanta destruição e sofrimento.

domingo, 20 de janeiro de 2008

A não perder

Atonement
(Absolutamente sublime)

"I am very, very sorry for the terrible distress that I have caused you."

sábado, 19 de janeiro de 2008

Perfil do P. Adolfo Nicolás,sj



Father Adolfo Nicolás

21-Feb-2007

A conversation is an exchange. It leaves neither participant unchanged. This is something that Jesuits and other Christians working in Asia have found for centuries.

It’s been 46 years since Father Adolfo Nicolás first traveled to Japan as a missionary from Spain. His has been a long conversation, first in Japan, but also in Korea and more recently in the Philippines. It’s left him convinced that the West does not have a monopoly on meaning and spirituality, and can learn a lot from the experience of Asian cultures.

‘Asia has a lot yet to offer to the Church, to the whole Church, but we haven’t done it yet’, he says. ‘Maybe we have not been courageous enough, or we haven’t taken the risks that we should.’


It speaks volumes that when Father Nicolás talks about Asia, he uses the term ‘we’. As President of the Jesuit Conference of South East Asia and Oceania, he’s responsible for bringing Jesuits across the region together to think beyond their own countries, and confront challenges facing the globe.

The group he represents stretches from China and Myanmar in the west, to Korea in the north, Australia in the south, and Micronesia in the east. It brings together an incredibly diverse group of cultures and societies. From countries where Christianity has been strong in the past, but is on the wane, to places where Christians make up a small but vibrant minority.

Asked if people from a culture like Japan experience Ignatian Spirituality differently than those in the West, Father Nicolás says the experience was indeed different, but it had yet to be formulated.

‘I think the real experience of the Japanese is different. And it should be different. But the formulation continues to be very much a Western formulation’, he says.

A Japanese Jesuit, Father Katoaki, has recently translated and added comments on the book of the Exercises from a Japanese-Buddhist perspective. Father Adolfo says there has also been some discussion on whether the Exercises could be presented to non-Christians, and how that might occur.

‘The question is how to give the Ignatian experience to a Buddhist’, he says. ‘Not maybe formulated in Christian terms, which is what Ignatius asked, but to go to the core of the experience. What happens to a person that goes through a number of exercises that really turn a person inside-out. This is still for us a big challenge.’

While some work has been done comparing the Ignatian experience with that of Hindus, he says there hasn’t been a lot of work on finding similarities say in Japanese, Chinese or Korean cultures. He says East Asia has been more slow to do this in India, partly because the East Asians have a strong respect for tradition, and hence a respect for Christianity’s European traditions. However, the region’s remoteness also gives it more freedom to be creative.

‘There is more space for experimenting, for trying, for thinking and exchanging’, he says.

Essentially, he says the Exercises are about letting God guide people. This is something that those directing retreats have been wary of in the past, but something that is important when dealing with people from different cultural backgrounds.

‘The fact is, if God is guiding then the Japanese will be guided the Japanese way. And the same with the Chinese, and with people from other religions’, he says.

‘Then the director simply has to be perceptive, to see signs that here God is saying something that I don’t understand, and be humble enough to say continue as long as you keep sane and balanced etc.’

Others throughout Asia are dealing more directly with questions of cultural difference, working as missionaries in countries like Cambodia and Myanmar. Father Nicolás says he’s wary of missionaries who don’t enter into the lives of the people, but keep the patterns of their home cultures – Europe or Latin America - alive in their mind. For them, it’s not about exchange but about teaching and imposing orthodoxy.

‘Those who enter into the lives of the people, they begin to question their own positions very radically’, he says. ‘Because they see genuine humanity in the simple people, and yet they see that this genuine humanity is finding a depth of simplicity, of honesty, of goodness that does not come from our sources.’

That conversation must continue, if we are to learn from Asia and Asia is to learn from us.

‘That is a tremendous challenge, and I think it’s a challenge that we have to face. We don’t have a monopoly, and we have a lot to learn.’

By Michael McVeigh

Habemus Patrem Generalem - P. Adolfo Nicolás,sj




Ego, Peter-Hans Kolvenbach, S.J. auctoritatie Sedis Apostolicae et universae Societatis, Reverendum Patrem Adolfo Nicolás in Praepositum Generalem Societatis Jesus, in nomine Patris et Filii et Spiritus Sanctus.

O P. Adolfo Nicolás tem 71 anos, nasceu em Palência, Espanha. Entrou na Companhia de Jesus aos 17 anos. Em 1964 parte para Tóquio, onde estuda teologia. De 1971 a 2002 foi professor de teologia na Universidade Sophia, e de 1978 a 1984 foi director do Instituto Pastoral da Ásia Oriental; provincial da província do Japão de 1993 a 1999. Desde 2004 era moderador da Conferência dos provinciais do Sudeste Asiático e Oceania.

Felicitamos o novo P. Geral e pedimos para ele todos os dons do Espírito Santo para levar adiante a missão que acaba de receber.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Verdades, erros e falsidades

"O perigo do mundo ocidental, para falar apenas neste, é que hoje o homem, justamente em razão da grandeza do seu poder e do seu saber, capitule perante a questão da verdade”e ceda à pressão dos interesses e à tentação da utilidade erigida como critério supremo” (extracto do discurso do Papa previsto para a universidade La Sapienza)

"Em verdade, em verdade vos digo..." dizia Jesus aos seus apóstolos e essa repetição sublinhava o Seu acreditar, a sua convicção do que queria afirmar e ensinar.
O que é a verdade? Os cientistas procuram a verdade que lhes permite conhecer e entender os fenómenos mas a ciência só evolui se essa verdade for sempre posta em causa, a dúvida é o método para se progredir: nunca se fiar na verdade, testá-la até à exaustão para lhe destruir a aparência, ir ao âmago, ao infinito da nossa capacidade de apreender as coisas. Ora, isso só é possível se houver confronto de ideias, com outros ou consigo próprio, mas é claro que a autocrítica é sempre mais difícil, é como jogar xadrez sozinho.
Quando se limita essa possibilidade, estamos a querer aprisionar o conhecimento numa determinada “verdade” que queremos impor como definitiva. Aí, nesse ponto, começa a mentira. Mente-se sempre que se impede outra opinião de se exprimir, mente-se porque não se deixa pôr em causa o que não é necessariamente certo mas que se quer fazer passar como tal.
Mas uma coisa é vir a provar-se que não é verdade o que alguém afirmou como tal, outra bem diferente é afirmar-se uma coisa em que não se acredita, levando os outros a tomá-la como certa. É com esta falta de verdade que não devemos pactuar, é esta que mina a confiança e leva ao cepticismo.
É corajoso assumir uma verdade em que se acredita e dispormo-nos a confrontá-la com outras teses, é corajoso reconhecer que se estava errado quando é isso que se conclui. Mas é cobarde a falta de sinceridade, a ocultação do desígnio, confiando que os outros confiam na aparência enquanto e se for isso que convém.
Joga-se com a verdade, com a sinceridade, com a lealdade? Pois jogam-se valores essenciais, ignorando que as falsas pequenas vitórias que possam daí resultar são tão frágeis como uma tese científica defendida por um idiota.

E se no Domingo fosse...


... ao Teatro Nacional D. Maria II - Sala Garrett pelas 16 horas ver "Turismo Infinito", e a seguir à Fundação Calouste Gulbenkian ouvir "Um Requiem Alemão", op.45 de Brahms às 19 horas? Vemo-nos por lá?

A imagem não é a melhor, mas para todos os sonhadores, o mau tempo parece ter passado, a Lua está num ciclo crescente e o vento fraco de nordeste não atrapalha assim tanto, com isto tudo, o regresso do Guincho está iminente este fim de semana.


Ainda num continuar a sonhar acordado, está bem presente a primeira noite de 2008 a pontuar na memória eterna. Um pianista executar uma obra que é em si um colosso, não é fácil. Stephen Kovacevich mostrou ontem no CCB como se deve fazer. Numa classificação que passa o bom, o excepcional, para mais, bastante mais, uma noite que comentamos para sempre
"ouvi as Variações Diabilli de Beethoven pelo Kovacevich, aquela maratona de 33 variações, sentado na 2 fila, com visão privilegiada para as mãos e face, ouvia os sons que ele ia soltando durante a execução, uma audição quase intima em que entramos no universo de contentamento/ descontentamento do músico, quer perante a própria música quer perante a sua interpretação. Foi incrivel. Acabou esgotado com a sala meio vazia em extase. Incrivel!"

E porque é sexta-feira...

American Pie
(Don Maclean)

Graffiti

Grande dia hoje, entrei nos Maximo Park e sobretudo nesta canção incrivel. Sonoridade como eu gosto, raizes nos Smashing Pumpkins.

Ary dos Santos - + 18/1/1984


Cantiga de Amigo

Nem um poema nem um verso nem um canto
tudo raso de ausência tudo liso de espanto
e nem Camões Virgílio Shelley Dante!

--- o meu amigo está longe
e a distância é bastante.


Nem um som nem um grito nem um ai
tudo calado todos sem mãe nem pai
Ah não Camões Virgílio Shelley Dante!

--- o meu amigo está longe
e a tristeza é bastante.


Nada a não ser este silêncio tenso
que faz do amor sozinho o amor imenso.
Calai Camões Virgílio Shelley Dante:
o meu amigo está longe
e a saudade é bastante!
Dois filmes do tempo do mudo absolutamente fundamentais:
Intolerance de D.W. Griffith
Greed de Erich von Stroheim
Quem não os viu, desconhece uma fatia importante do que hoje chamamos de Cinema: A sua fundação!

Erich von Stroheim


Talvez a mais famosa fotografia do mestre, seja como actor ao lado daquela que ajudou a imortalizar no tempo do mudo. Ambos são figuras permanentes na memória.

This is not Halloween


Estranha-se a ausência de Danny Elfman da composição da banda sonoro do novíssimo Sweeney Todd. Em seu lugar aparece um nome sonante, pelo menos foneticamente e a lembrar um outro gigante: Stephen Sondheim.



Se o nome primeiro estranha-se a música entranha.

O dia está tão fixe e promete, para já o começo da manhã foi incrivel, se é do pior ser obrigado a cumprir um horário (bastante esticado) e abandonar este cenário, agradeço todos os dias esta dádiva exaltante.

O Papa, por Suzana Toscano no 4ª República

"A Universidade La Sapienza, fundada em 1303 pelo Papa Bonifácio VIII e que é uma das maiores instituições universitárias da Europa não conseguiu impedir que o protesto organizado de 67 (!) professores e uns tantos estudantes levasse ao cancelamento da visita do Papa, por ocasião da abertura do ano lectivo.
Uma vergonha, acho eu. Nem tanto o protesto, porque cada um é livre de se manifestar como muito bem entender e os outros de lhe darem a importância que merece. Pelo que li, o que é incompreensível é como é que uma manifestação deste tipo pode dar origem ao cancelamento da visita, dando assim uma dimensão quase universal, pelas repercussões, a uma atitude que só deveria merecer desprezo e censura.
Não aceito que um qualquer grupo que grite umas frases chocantes ou desrespeitosas seja suficiente para mudar a agenda do papa. É isso que assusta, é esta insuportável fraqueza perante a arrogância de quem acha que deve dizer aos gritos a sua opinião, tão alto que não deixe ouvir a dos outros, nem que seja a do Papa.
Acho muito triste que, de todas as notícias que procurei, nem uma tenha adiantado uma forte razão para a desistência, o risco de vida, os motins, a insegurança, sei lá, qualquer circunstância imbatível que não nos deixasse a acreditar que é fácil limitar os movimentos do Papa.
Também acho patético que todos os altos responsáveis políticos italianos se tenham apressado a manifestar grande repúdio pelas manifestações, grande preocupação pelo acontecido, como se fossem impotentes para o evitar, ainda por cima afirmando "o direito de o papa falar", afirmação que, só por si, dá bem a imagem da cobardia e da hipocrisia política. Como se fosse sequer de admitir a dúvida sobre esse direito! Como se fosse precisa essa solidariedade!
A Igreja católica italiana convocou uma manifestação de defesa do pontífice para domingo na praça de São Pedro na hora da oração do Ângelus, dizem as notícias, e eu fico perplexa. O Papa vítima impotente de uma manifestação numa universidade, tolhido no seu direito de expressão, como um qualquer perseguido pelas fúrias indomáveis da tirania...!
Não admira, assim que, segundo um jornal, a ministra italiana para os Assuntos da União Europeia tenha tido o topete e a desconsideração de esclarecer que "Ninguém deseja calar o papa ou tentar negar-lhe o direito de expressão. Acho preocupante o quadro com que nos deparamos hoje: o único que tem espaço para falar, a qualquer hora, é o papa."
Por mim, não tenho sequer o impulso de comentar a atitude e o teor do protesto, mal teria dado por ele se não o tivessem promovido à desmesurada categoria de "ameaça à liberdade de expressão do papa".
No meio disto tudo, perde-se a mensagem, apesar da publicação do discurso logo no dia da visita cancelada. Qual é o sinal de força de um papa "amordaçado" por um punhado de manifestantes numa Universidade em Roma?"

Suzana Toscano, in 4ª República

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O sonho de Cassandra

Woody Allen parece que mudou de vez. Não só voltou de novo as costas aos EUA, como o humor deixou de ser a sua arma ( muitas vezes de arremesso, ao pobre espectador indefeso). O sonho de Cassandra é um drama e mesmo quem esperava um fim à Woody, enganou-se. O cenário é a Grã Bretanha, mais uma vez, e os actores Colin Farrell, Ewan McGregor,Sally Hawkins e Hayley Atwell, em excelentes interpretações. Vale a pena ver,mais do que este "cheirinho".

Uma nota pessoal


Faz hoje quarenta anos que embarquei para a Guiné. Sou de uma geração que fez a guerra, sofreu a revolução, lutou pela liberdade e ajudou a construir a democracia. Uma vida, só com isso, cheia.

Série Músicas que arrepiam XXXII

My Funny Valentine
(Chet Baker)

Hoje Berlim


Desde quarta-feira em Bruxelas, hoje vamos para Berlim.
Não por acaso, depois de 3x ouvir o Requiem, hoje de manhã e já pela 2x, oiço Funeral dos Arcade Fire. Este album é aquilo que os anglos chamam de milestone na história da música, é talvez a obra no campo da música não erudita que mais se assemelha a um Requiem. Pela estrutura: há variações sobre um mesmo tema; o fio condutor a morte/ ausência/ desaparecimento; pelo caracter sinfónico quase litúrgico da orquestração. Não por acaso, no segundo album Neon Bible, o instrumento predominante é o orgão. Estes Arcade Fire serão talvez a banda mais influente do momento e no seu dominio (destes Deuses), não há melhor.
Este Requiem de Brahms está dividido em 7 partes. A última e primeira pode ser lida nos dois posts anteriores. Brahms não devia muito à espiritualidade, mas quanto a mim, devo esta mensagem de esperança na morte mais à origem luterana dos textos do que a um pretenso ateísmo.
VII

Bem-aventurados os mortos

que, desde agora, morrem no Senhor.
Sim, o Espírito diz
que repousem do seu trabalho,
pois as suas obras os acompanham.(Apocalipse 14:13)
I.


Bem-aventurados os que sofrem aflições,
porque serão consolados.(Mateus 5:4)


Os que com lágrimas semeiam,com alegria colherão.
Vão andando e chorando
quando levam a nobre semente,
mas voltam com alegria
trazendo os seus feixes.(Salmos 126:5-6)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Porque tenho de ler, e é muito bonito, deixo excertos de Um Requiem Alemão, obra magistral de Brahms, este Dom para alguns sortudos na Gulbenkian.
Senhor, mostra-me, então, que devo ter um fim,
que a minha vida tem um objetivo, e que devo cumpri-lo.
Eis, meus dias são como um palmo para Ti,
e a minha vida é nada diante de Ti.
Ah, todos os homens são como o nada,
e, contudo, vivem tão seguros!
Eis que desaparecem como uma sombra
e, entretanto, preocupam-se em vão;
armazenam e não sabem quem o recolherá.
Então, Senhor, quem poderá consolar-me?
Eu espero em ti.(Salmos 39:4-7)

Padre António Vieira

É um dos génios que Portugal deu ao Mundo, no campo da literatura está muito esquecido, a palavra Sermão assusta... O Padre António Vieira vai ter uma justa homenagem no CCB, um dia inteiro dedicado à obra e ao seu tempo, vai incluir leitura de sermões*, música de época e até Manoel de Oliveira.
Excertos da obra são bem vindos, enviem senhores.
* por Rodrigo Guedes de Carvalho, Tolentino Mendonça, Mega Ferreira e o chato do Gonçalo M. Tavares entre outros

Caro João (Gonçalo este post seria teu...), se Leonardo fosse nosso conterraneo, o sorriso enigmático justificar-se-ia, quando a capa do dn no dia seguinte a conhecer-se o Presidente da maior instituição financeira do país (não estamos a falar propriamente da pastelaria do bairro, mas do maior banco de um sector que é em si mesmo, garante e um dos pilares da economia) é relegada para rodapé e mais uma notícia do caderno de economia.
Será que o dn sabe mais do que nós e a importancia da notícia é igual à longevidade do Chairman?
p.s O DN Tema na edição on-line é Monica Lewinski

Notícia de última hora


Um investigador alemão de Heidelberg confirmou as suspeitas: a Mona Lisa é mesmo Lisa del Giocondo, mulher de um abastado comerciante florentino. As teses que corriam, nomeadamente de que seria um auto-retrato travestido de Leonardo da Vinci, caíram por terra.

Espera-se que, agora, estabelecida em definitivo a identidade da madona da Renascença, aumentem as hordas de japoneses e outros turistas no Louvre e que Lisa alargue os seu sorriso imbecil a que se costuma chamar "enigmático". Este enigma está esclarecido. Resta saber porque acompanhou mestre Leonardo para França.