terça-feira, 26 de abril de 2005

O Congresso IV

Ribeiro e Castro não gosta do Grupo Parlamentar e o Grupo Parlamentar não gosta do Ribeiro e Castro.

O Congresso III

Telmo Correia achou que era a nova versão d' "O Desejado". Enganou-se!

O Congresso II

O Partido Popular já tem líder. Mas e o líder, será que tem partido?

O Congresso I


No Partido Popular as coisas são mesmo assim: quando não há em Portugal, importa-se do estrangeiro.

O meu amigo Miguel disse...


"... por vezes fico desconcertado. No outro dia a resolver uns assuntos a pessoa com quem eu estava a falar, de repente, diz-me que eu sou engraçado, tenho imensa piada... e não tínhamos falado antes. Agora, estou em comunicação com um director de uma outra empresa e diz-me logo a abrir "Qualquer dia vemo-nos..." Acho que o mundo perdeu um pouco a razão, não sei... ou então eu sou mesmo um conservadorzinho, pouco habituado a um grau de confiança logo de início."

Descobri hoje que, também eu, sou um "conservadorzinho", que gosto muito pouco de confianças logo de início... e acho que no fim também!

O Congresso V (Ficções)

AVISO: Tudo o que a seguir se escreve é pura ficção, tendo como mote, apenas e só, o facto de ter havido um congresso do Partido Popular.

Paulo Portas conseguiu o que queria: fragmentar o partido. Além de gerir dívidas e calotes, Ribeiro e Castro tem como missão evitar a extinção tão desejada pelo anterior presidente, para quem o fim do Partido assenta como uma luva nos seus objectivos pessoais.

E mais não digo que se me acabou a criatividade!!

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Foi você que pediu aquilo que é normal?


Parece que este fim de semana, em Lisboa, decorre o Congresso do tal partido que todos sabem de onde vem mas ninguém vê para onde é que pode ir.
Moções sabemos que há algumas. Líderes também hão-de aparecer.
Quanto a integridade, carácter, valores, decência, honestidade, justiça, lealdade e outras coisas que me parecem normais em determinadas circunstâncias, essas não abundam por ali...
*Em compensação, há por lá filhos que nem da puta são!

quarta-feira, 20 de abril de 2005

Prémio "Hás-de ter tu muito a ver com isso"

in Público on line, de 19 de Abril de 2005

Escrever com argumentos


No (quase) sempre brilhante O Acidental (provavelmente o Blog mais citado do mundo), Luciano Amaral escreveu um longo post (de seu nome Zeitgeist) sobre a eleição do NOSSO Papa. Na minha humilde opinião, foi provavelmente o texto mais inteligente que li acerca do assunto.Gosto de pessoas que pensam antes de falar. E que falam com argumentos.

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Ambiente


Lembrei-me que o actual Primeiro Ministro tutelou, num governo socialista anterior a pasta do Ambiente. E fui à procura de traços de uma política de ambiente neste governo. Mas não encontrei. Nem o site funciona... Será que o choque tecnológico não contempla questões ambientais?

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Mosca na cicuta


Define-se assim o blog que hoje se iniciou pela mão de uma das pessoas mais mordazes e ácidas que conheço (não fiquem a pensar coisas porque não é, repito, NÃO É, o Eduardo Prado Coelho).
E a avaliar pelo primeiro post, não tenho dúvidas que vai ser sem dúvida um espaço com muitíssimo interesse para os blogonautas.
Eu já o arrumei nos meus favoritos. Assim, sem pensar. Tenho a certeza que lhe vou ficar a dever muitas gargalhadas!

quarta-feira, 13 de abril de 2005

O que eu adoro no Primeiro Ministro


Depois de muito puxar pela cabeça, descobri, por fim, aquilo que realmente me faz vibrar no nosso novo Primeiro Ministro: a sua ausência.

terça-feira, 12 de abril de 2005

Conselho de amigo


Para os novos ex-líderes partidários, que pairam ou não por aí, que se sentem traídos e/ou abandonados, tristes, infelizes, sozinhos, sem esperança no futuro, aqui fica o meu genuíno e sincero conselho de amigo:
Respire fundo e olhe para o horizonte. Costuma resultar... Ou então...
Respire fundo e não olhe para lado nenhum...
Ou melhor ainda, olhe para todo o lado e não respire...
Melhores cumprimentos...

sábado, 9 de abril de 2005

Pode ser hoje?


"Ai barco que me levasse

A um rio que me engolisse
Onde eu não mais regressasse
P'ra que mais ninguém me visse (...)"

Excerto de "Choro" de Ermelinda Xavier
(cantado por
Cristina Branco)

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Tenho um problema...

Tenho um problema que é relativamente grave. Pelo menos para mim... É que me incomodam imenso as pessoas que se levam demasiado a sério. Não as suporto. Simplesmente, não as suporto!!Sempre que me deparo com uma dessas pessoas faço um esforço enorme de desculpabilização: ah, e tal, são pessoas com grande auto estima, e assim, coitadas, na realidade até nem são más pessoas, e mais não sei o quê... Mas não. Depois, ouço-as falar e desaba tudo!Quero pessoas simples. Pessoas para quem a inteligência não seja um trunfo mas uma coisa natural, como uma mão, um pé, uma orelha. Quero pessoas que não falem só porque gostam de se ouvir falar. E quero pessoas que saibam escutar com atenção o que os outros dizem.
Pode ser?

quarta-feira, 6 de abril de 2005

... de 1199, morreu o rei inglês Ricardo, Coração de Leão.
... de 1385, D. João I, Mestre de Avis, foi proclamado Rei de Portugal.
... de 1520, morreu o pintor italiano Rafael.
... de 1874, nasceu o artista americano Harry Houdini.
... de 1896, na Grécia, iniciaram-se as Primeiras Olimpíadas da Era Moderna.
... de 1909, o explorador americano Robert Peary foi o primeiro a chegar ao Pólo Norte.
... de 1917, os Estados Unidos declararam guerra à Alemanha.
... de 1924, em Itália, os Fascistas ganharam as eleições.
... de 1941, a Alemanha invadiu a Jugoslávia e a Grécia.

Mas tudo isto não tem importância nenhuma porque neste dia, em 1978, nasceu o Tiago. E o mundo nunca mais foi o mesmo!

Parabéns Tiago!

terça-feira, 5 de abril de 2005

Gostar de ti

Os dias normalmente tendem a passar todos iguais. A vida é assim. E no meio da rotina há horas que fazem a diferença, existem pessoas que marcam os momentos especiais e que tornam a vida num milagre verdadeiramente apaixonante.
Tenho vivido contigo um desses momentos. Deitar-me ao teu lado é especial e acordar ao teu lado é mais especial ainda. Gosto de abrir os olhos e olhar para Ti... Gosto de te ver ali, tão vulnerável, tão forte. É bom ver-te dormir! Acalma-me, inspira-me, comove-me. Gosto de estar ali, de partilhar aqueles momentos, de te ver sorrir, de te ver tirar a roupa, de olhar para o teu corpo. Gosto de percorrer com as minhas mãos esse mesmo corpo e sentir que é já território que conheço bem. Gosto de te dar prazer e gosto de ver como te dedicas a dar-me, a mim também, prazer. Gosto de estar sentado a ler, a ouvir música, e ver-te chegar e encostares a tua cabeça no meu ombro. Gosto de te dar esse colo e gosto de to pedir também, porque sei que mo dás e que nunca mo negas. Gosto quando me repreendes porque faço alguma coisa mal e também gosto do modo como finges não reparar quando eu faço as coisas bem. Gosto de ter orgulho em ti e gosto que te orgulhes de mim.

Gosto de ti e quanto a isso não há quaisquer dúvidas.

segunda-feira, 4 de abril de 2005

A Natureza Humana e a minha fraqueza

No sábado à noite fui jantar com amigos a um sítio giro, com gente gira, num ambiente giro. Depois de uma overdose de coisas praticamente perfeitas (o meu fígado já estava a dar pinotes), fomos bebericar mais alguma coisa para um bar nas traseiras do restaurante. E enquanto estávamos para ali a desperdiçar horas, charme, conversas disparatadas e algum dinheiro, entrou no bar um homem que deitou por terra as minhas noções de mundo perfeito.
Era provavelmente a cara mais bizarra que eu vi na vida. Além de ser manifestamente feio, estava totalmente desfigurado por cicatrizes e marcas estranhas. Quando olhei melhor percebi que também não tinha mãos, tinha uns cotos, com os quais bebia a sua cerveja, puxava e acendia habilmente cigarros, e contava o dinheiro para pagar as suas despesas.
De súbito toda a beleza que me tinha intoxicado durante a noite deixou de me importar. Fiquei absolutamente fascinado / horrorizado com aquela pessoa. Mas o aspecto freak continuava porque quando o vi abrir a boca percebi que os seus dentes eram esquisitos, como que muito afiados, com formato triangular... Na verdade aquele homem parecia um bicho completamente deslocado. O seu olhar solitário traía-o. E no meio da confusão daquele bar fiquei ali a observa-lo na esperança de que a minha indiscrição fosse notada. Assumi uma posição de voyeur perante uma imagem tão feia, quase assustadora. E percebi que, não só nunca tinha estado tanto tempo a contemplar o belo, como também conclui que o belo é perfeitamente monótono.

Não sei se é da Natureza Humana ficar tão impressionado com uma coisa destas. Eu senti-me fraco. Senti-me culpado por viver num mundo bonito, por ter uma vida bonita e por ter amigos bonitos. Senti pena (que coisa feia) daquele homem e não consegui ultrapassar isso.

O meu fascínio/horror por aquela criatura conseguiu estragar-me a noite. Fui para casa pouco depois. Mas ainda hoje, dois dias depois do episódio, não consigo esquecer a cara daquele homem desfigurado, as suas imperfeições, as suas marcas, o seu olhar e a sua solidão.

sexta-feira, 1 de abril de 2005

É só um Homem só...

Esta noite o Vaticano esteve permanentemente iluminado, à excepção dos aposentos privados de João Paulo II. Esta noite os sinos tocaram em Roma. Esta noite a caminhada de um homem aproximou-se do fim.

Há poucas palavras que eu possa dizer. A proximidade da sua morte, ainda que sinónimo de paz, de conforto, de descanso, de reencontro com Deus, deixa-me um sabor amargo. Sinto-me órfão.

João Paulo II não foi um homem de consensos. Na verdade, discordei dele e de algumas palavras suas. Há muita coisa que eu preferia não ter ouvido por não me identificar com muitas das suas posições em relação a matérias que transcendem a Igreja. Mas ainda assim, João Paulo II acompanhou-me nos últimos 26 anos da minha vida (tenho 27) e com ele partilhei alegrias, tristezas, reencontros, e a grande batalha da sua vida na busca pela paz e pelo amor entre os povos.

Com João Paulo II partilhei (e partilho ainda) a grande fé em Fátima, em Nossa Senhora, nos seus milagres e na sua mensagem.

Pouco mais posso escrever neste momento. Tenho o coração apertado. Espero que o seu Calvário chegue ao fim com serenidade.

Quanto a mim, deixo-lhe o meu profundo respeito e admiração.

Que Deus o receba com a mesma alegria que João Paulo II sempre manifestou em tudo o que fez durante a sua vida e o seu pontificado.

Que Deus nos dê a todos a paz de espírito para que possamos assistir calmamente à sua partida e à sua sucessão.

"1Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. 2Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. 3Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. 4O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. 5Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. 6O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. 7Tudo protege, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. 9Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; 10quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. 11Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. 12Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. 13Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor."
I Carta de São Paulo aos Coríntios, cap. 13