quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Fechado... para Exercícios Espirituais [retiro]



Maisie Ong

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Fechado... para Exercícios Espirituais. Aproveitando estes tempos do Nascimento do Menino Jesus, vamos ter um "tête-à-tête". Tenho-vos na oração. Rezem (ou pensem) também por mim. Ah… e até "p'ó ano". ;)

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Santo Natal




(Versión en español en los comentarios)


Hoje é a noite misteriosa… em que o humano é convidado a ser divino. Na fragilidade, na necessidade de aconchego e ternura, o Menino é acolhido e deixa-se amar pela humanidade, fazendo-se Deus connosco. Na impossibilidade de escrever todos os nomes que tenho no coração para rezar de forma especial nesta noite, no abecedário incluo-os a todos(as). Que o Senhor possa habitar em nós. Santo Natal! :)

domingo, 22 de dezembro de 2013

A minha Carta de Natal 2013





“Há que repetir uma e outra vez: a fé não é uma questão de problemas, mas de mistério, por isso nunca devemos abandonar o caminho da busca e da interrogação.” 

Tomáš Halík, em “Paciência com Deus”.


Queridas Amigas, queridos Amigos,

“Conhecer” em francês: “Connaître”. Acho piada ao facto de, traduzindo à letra, que o conhecimento seja entendido na palavra como um “co-nascimento”, um “nascer-com”. Vai daí que isto de ser humanos, ou pelo menos irmos tentando sê-lo, implica um renascer aliado à sabedoria de vida. Somos estimulados à busca, à interrogação que não nos deixe ficar estagnados no já adquirido. A nova experiência de vida ou novo conhecimento permitem um renascer da nossa visão em relação ao mundo, a nós próprios e também em relação a Deus. 

Claro está que essa visão poderá ser mais positiva ou mais negativa conforme o modo como lidamos com a experiência. Pode-se ficar agarrado à dor, ao contentamento, à doença ou à alegria, sem fazer o caminho que leva à profundidade e ao passo maior de encontro consigo mesmo e com Deus. Tenho para mim que este tempo de Natal é um dos ideais para se viver isso, por ser de reencontro, em que se pode dar a oportunidade de re-nascer. É por isso que o que mais caracteriza este tempo é a esperança. A esperança de que “algo novo já está a acontecer” (Is 43,19). 

Sei que há momentos em que é difícil perceber esse acontecimento, a vida não se reduz a um conto-de-fadas, com “happy ends” a todo momento. No entanto, o caminho da fé neste Menino que nasceu, cresceu, morreu e ressuscitou é precisamente levar-nos a viver com Ele o grande “happy end”, que não é o fim, mas o grande Encontro. “Ok, Paulo, mas volta lá aos ‘momentos em que é difícil perceber a tal esperança’”. Sim, não se pode ficar na espiritualidade desencarnada, ou mesmo numa “fezada” afastada de dores. Mas, que caminho quero fazer? Do desespero ou da esperança? Sozinho ou acompanhado? Às vezes é preciso vomitar as dores das entranhas, que impedem ver o futuro. Abrir o coração para que as feridas possam ser saradas e fazer-me ao caminho da busca. Nós não somos “coisa pouca”, somos criados e amados por Deus… e livres para ir ao fundo da humanidade. Muitos entenderemos esse ser amados de forma distinta, mas seja com maior, menor ou nenhuma crença em Deus, somos atravessados por fé, por esperança e por caridade e aí somos convidados em cada dia da vida a libertar o que oprime para dar mais um passo em direcção ao mistério da Vida. 

Todos temos fé (ou em Deus, ou em Jesus, ou em Buda, ou na Vida, ou no Transcendente, ou na Carreira Profissional, ou em duas ou três pessoas especiais, ou na Energia Cósmica, ou... cada qual acrescente conforme for o seu caso), também poderemos estar a passar por alguma crise (a qual há que respeitar ao máximo), ou por uma alegria imensa, ou ainda uma dor (seja qual for, que torna o Natal mais triste). Ou ainda, a passar por uma fase que leva a que o Natal seja mais um dia no calendário. Também há a possibilidade de estar vivê-lo com grande intensidade, com o brilho no olhar, no coração, com um sentimento de esperança fortíssimo.

Seja qual for a situação, temos de SER. Como que olhar o espelho e agradecer por se ser como se é. Nisto, quem for de se pintar, que se pinte na noite de Natal, ponha o seu perfume preferido, não tenha vergonha ou receio de chorar, ou de rir à gargalhada, de comer o doce que há muito não come, de abraçar a pessoa que mais gosta (e na sua ausência, pensar nela e abraçá-la nesse mesmo pensamento), de rezar, de agradecer, muito, muito, muito... de prometer que vai viver intensamente o novo ano, mesmo com os receios, as dúvidas, a crise, de deixar que a luz da Esperança (seja ela holofote de estádio, seja de pequena vela ao longe) esteja acesa. E assim, não tornar a vida como simples vida... mas como desejo de caminho, de força para uma mudança, ou de contribuição para o que  permita o “nascer de novo”.

Queridas Amigas, Queridos Amigos,

Vejo o tempo de Natal como oportunidade de agradecer cada passo e gesto, de sarar feridas, pessoais ou relacionais, como aquele momento de abrir portas ao que pode surgir da leitura renovada da história, de não deixar que a fé, a esperança e a caridade se estanquem em dias específicos, mas conduzam ao dinamismo que leva à entrega, independentemente da quantidade, do que cada um é e tem. Tudo na simplicidade do quotidiano, nas lutas pela justiça e verdade, na criatividade artística, científica, culinária, no estudo, na possibilidade de avançar para mudanças de vida, contribuindo para que o mundo seja cada vez mais humano.

No silencioso, misterioso e belo acontecimento da noite de 24, rezarei por cada um(a) de vocês ao Menino Jesus: pelos vossos sonhos, desejos e necessidades. Neste novo ano que se aproxima, aconteça o que acontecer, para cada uma e cada um peço esperança, serenidade, desejo de busca e interrogações, junto com as oportunidades de encontro com o sentido mais fundo do Natal: a Vida!

Um Abraço muito apertado e até breve!
Paulo Duarte,sj

P.S. - Estarei de retiro de 26 de Dezembro a 3 de Janeiro. Também aí continuarei a rezar pelas vossas vidas e intenções. Peço-vos que rezem ou que pensem em mim, para que possa cada vez mais deixar-me guiar por Deus. Afinal, em 2014 viverei outra grande mudança na minha vida: a ordenação de Padre. ;)

sábado, 21 de dezembro de 2013

Advento e Cântico dos Cânticos




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Uma das leituras de Missa propostas para hoje é do Cântico dos Cânticos. Para quem acha que a Bíblia é enfadonha, delicie-se com esse livro. Para quem acha que a Bíblia é um código moralista, delicie-se com esse livro. O Advento é a espera daquele que salva por amor e com a criatividade que permite o encontro pessoal.. entre quem ama e é amado

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

[Coisas do quotidiano em Paris]




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Esta minha mania de ser observador tem destas coisas. Reparei nestes sapatos devidamente calçados. Não são de cristal, mas podiam ser perfeitamente uma personagem de um conto de fadas. Pedi licença para tirar uma foto. Com sorriso de Cinderela respondeu: “Bien sûr !”. E, orgulhosa dos sapatos, acrescentou: “Ils sont mes favoris !”. E sendo meia-noite por aqui… publico, antes que desapareçam… ;)

Exercícios Espirituais [e oração por vocês]



Daniel Pinheiro

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Dia 26 começarei os meus Exercícios Espirituais de 8 dias. Este tempo também tem a sua preparação. Na oração percebi que apesar de ser um tempo de relação pessoal com Deus, este pode e deve ser preenchido de nomes. Nomes por quem rezo… ou por quem me pedem para rezar. Posso rezar genericamente por amigos e conhecidos, Deus escuta na mesma, mas parece-em que, sendo possível, também se pode particularizar. Cá vai a minha proposta: quem queira envie-me por comentário, que não publicarei mantendo a privacidade, alguma intenção ou pedido de oração para que eu reze, ou simplesmente o pensamento. E assim, “fazemos” Advento e Natal conjunto…

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Paciente espera


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Desde há uns anos que me acontece isto. Nos dias imediatos que antecedem o dia de Natal cresce-me um silêncio denso nas entranhas. Sim, gosto das luzes, decorações, da festa que se prepara, mas… na oração gera-se o silêncio da espera. Creio ser isso. Não tenho a certeza, pois, cansado de certezas, permito-me esperar pela novidade de mais um ano. Este Natal não é a mesma coisa, não pode ser. Por isso, assim no escuro, apenas iluminado pela suave vela, torno-me Maria e José… em paciente espera.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

"Nenhum ser humano é ilegal"


Alessandro Bianchi/Reuters

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Leio textos fortes: bíblicos, não bíblicos (mas bem que poderiam ser), de literatura marcada pela vida, em que o texto vem de palavras ou visões ou escutas encarnadas. Sinto a emoção do impacto dessas leituras. Pergunto-me: que provocam? que me fazem mudar? Talvez seja o cansaço que hoje bateu à porta que me torna ainda mais sensível, mas brota o desejo de gritar a alguns políticos para saírem das tocas, vulgo gabinetes, e sentirem a doença e a morte da dignidade de perto. E se emigrar é a solução, que seja com a certeza de que “nenhum ser humano é ilegal”.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Natal que não é luminoso



Maurits Van Wyk

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Este tempo luminoso de Natal, por vezes não é tão luminoso quanto isso. Há quem sofra bastante com estes dias. A família separou-se, pela morte ou pela vida, a crise chegou à porta, a alegria não se encontra no coração deprimido pelas marcas da escravidão. E aquela noite por tantos ansiada torna-se um peso… um misterioso fardo de 6.ª Feira Santa. Disfarça-se dizendo “é uma noite como outra qualquer”, deixando correr a lágrima que o nega. Curiosamente também aí reside o porquê do Natal. Deus, dispensando qualquer filhó, torta, ou fausto perú, aconchega-se nessas grutas arrefecidas pelas desavenças dos tempos. E espera… dando esperança.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Toda a noite tem um amanhecer




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A noite é carregada de mistério. Desde a festa à dor, passando pelo sentido de desolação ou quietude, a noite é dada a histórias. Depois há o amanhecer. Num espaço rápido de poucos minutos, surge a fugaz luminosidade que contrasta com os muitos sentimentos da alma. Ontem de manhãzinha, depois de subir as escadarias de Montmartre, olhei para trás e sorri. Toda a noite tem um amanhecer. Esse é um dos segredos do Advento. 

domingo, 15 de dezembro de 2013

[Post EGO em Domingo de Alegria]




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Ontem foi a ordenação de um diácono e dois padres. Recordei a minha e sonhei com a futura daqui a uns meses. Hoje estive na primeira Missa de um deles. Começa a surgir boa ansiedade, aquele desejo de que o tempo passe rápido. No silêncio que marca a presença e sem grandes palpitações ou arrebatamentos, vai surgindo em mim a imensa vontade em ser ordenado padre e assim poder servir, abraçar, escutar, reconciliar, celebrar, cada pessoa a quem sou chamado por Deus a servir nesta vocação específica. Também no banal da vida, com humor. Vesti o meu casaco amarelo… para acompanhar este dia feliz. Até é cá em casa que me dizem para o vestir mais vezes, já que, como costumo dizer, é para dar cor ao Inverno de Paris… e à vida religiosa. ;) “Alegrai-vos sempre no Senhor. Exultai de alegria: o Senhor está perto”. [Filip 4, 4.5]

sábado, 14 de dezembro de 2013

Jesuit Décor ou Jesuit Events? ;)






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Partilho o resultado [quase final] da minha tarde de ontem e manhã de hoje. Ser jesuíta também tem destas coisas de preparações de eventos [um companheiro cá de casa é hoje ordenado padre]. Além da “Jesuit Airlines”, porque não pensar seriamente em fundar a “Jésuite Décor”? [A decoração foi aprovada pela Madame Champignon de la Fenêtre Violette, decoradora principal do Palácio de Versailles]. ;)







quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"Edificar" [depende]



Jodi Cobb

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Não tenho paciência para ser “edificador”. Explico-me. Sei que na vida religiosa ainda pode  haver a imagem de sermos todos muito puros, amigos de toda a gente, que faz tudo bem, que não falham… tipo seres angelicais que tocam melodiosas harpas… para edificar os outros [subentende-se que falham, que são impuros, que precisam de alguém que os “edifique”]. E nisto, baralham-se imagens e formas de viver, saindo do natural modo de relação com Deus. Não basta dizer que Ele aceita-me tal como sou, sobretudo na fragilidade: é preciso vivê-lo… sem medo.

[Coisas de Paris]




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Há tempos, como publiquei aqui, encontrei uma vaca à porta de um restaurante. Sim, literalmente uma vaca. Ontem, andava às compras para as decorações de Natal de cá de casa e eis-quando-senão-que vejo um casal a passear o seu animal de estimação: uma cabra. :) E pronto“s”, a vida no campo, desculpem, na cidade tem destas coisas.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Não me espanta :)



Alessandra Tarantino/Associated Press

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Não me espanta o Papa Francisco ser personalidade do ano pela Times, tal como não me espanta a sua reacção: não querendo fama, fica contente se isto ajuda a que os homens e as mulheres tenham mais esperança. O que é certo é que este homem desafia-me a ser melhor cristão e melhor jesuíta. As palavras aliadas aos gestos têm um poder tremendo. No fundo, em tempo de Advento, recordamos que a Palavra encarna em Jesus. A Razão alia-se ao Afecto. Nos tempos que correm, o afecto misericordioso é um passo enorme para entender o Ser divino. E, sim, a Esperança ganha outro fulgor.

"Apenas" isto




terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Não sou humano



Jordi Boixareu

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Não sou humano. Bem, não o sou plenamente. É por isso que aceito o tempo do caminho, deixando-me abandonar ao desejo de perdoar, de ser tolerante, de respeitar, de acolher, de amar… para além da “raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de qualquer outra índole, origem nacional ou social, posição económica, nascimento ou qualquer outra condição” [do Art. 2.º da Carta dos Direitos Humanos]. Em tempos queria ser divino, mas apercebo-me que para isso preciso ser plenamente humano. Ainda não o sou. Mas desejo sê-lo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

"Se por um segundo.... esquecermos a doença"




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A vida é para ser vivida. Cliché… mas quando se está diante de uma doença terminal como o cancro, ganha outros contornos. Quem disse que a doença tem de sair vitoriosa? Não pode ser. A pessoa é mais que a doença, que o estar doente. É preciso grande apoio, ajuda, conforto. O caminho que tem de ser percorrido deve ser feito também com boas surpresas. E de repente, “roubar” uma simpática gargalhada a quem não tem motivos para rir é dizer-lhe: “Aconteça o que acontecer tu és mais forte que a doença!”. Este projecto “Se por um segundo… esquecermos a doença” é emocionante e “rouba” bonitos espantos e sorrisos. A vida é para ser vivida. 

Num primeiro momento, como está em francês, com legendas em inglês, não apetece ver... até parece "mais um". Mas, a meio, há uma reviravolta. 20 pacientes de cancro são convidados a viver uma transformação da sua imagem. Estão de olhos fechados durante o processo. São colocados diante de um espelho e abrem os olhos... e é esse segundo de "esquecimento" da doença que é fabuloso!!! :)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Pensamentos a Deus... e a Maria




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Quando acordo, mesmo meio ensonado, o meu pensamento dirige-se a Deus. Após uns anos de fazer o exercício, agora é natural. Hoje foi diferente. Acordei e pensei em amigos com dificuldade de engravidar (ao seu modo também os pais engravidam) ou que perderam os filhos. E estes rostos e nomes têm-me acompanhado ao logo do dia. Numa pequena oração, estendi a todas as pessoas nesta situação e entreguei-os na Missa, no pequeno altar que montei no quarto com a imagem da N. Sra. da Conceição, e agora, enquanto escrevo o post, a Maria para que os conduza ao seu Filho. 


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Desejo de Eternidade



Mujahid Safodien / Reuters

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O desejo da eternidade acompanha-nos. É o tocar, o sentido de presença, o saber que ainda ali está. Sim, a eternidade existe: da carne passa-se à recordação e o Ser não morre. Penso o que, à imitação de grandes Homens e Mulheres, posso fazer para tal como eles tornar o mundo melhor, mais humano. De momento agradeço as suas vidas e agradeço a minha, por me ser dada igual oportunidade em sair de prisões e perdoar, pôr-me no lugar do outro e amar… e assim gritar Liberdade.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

M*rda de Bullying!




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M*rda de Bullying! Este vídeo foi feito para ver as reacções de quem assiste a uma cena de violência na escola. Como que a dizer: se assistes à violência reage, não fiques indiferente, e assim podes ajudar a eliminá-la. Já sabemos que as coisas não são de simplicidade de “conto de fadas”, mas há muita gente que sofre… não só pela dor da violência, mas por sentir-se só, com medo e vergonha. Sei o que isto é. Emocionei-me ao ver o vídeo, pois voei até pouco mais de 20 anos atrás: gritos, risos e olhares de gozo, socos no estômago e empurrões, “maricas”, “panilas”, “menina”, medo, muito medo, vergonha, solidão, dor, bastante dor, física e psicológica. Foram anos duros, silenciosamente duros. Sei que podem surgir muitas perguntas. Eu tinha, tal como tenho, grande capacidade de sorrir… raramente me queixava, nem mesmo aos meus pais. O medo pode tornar-se muito poderoso. Nas entranhas conheci o ódio e a fraqueza, conheci até mesmo o desejo de matar alguém… é horrível o que se sente. O amor dos meus pais e de muitos amigos, mesmo desconhecendo o que passava, ajudou-me a ter força de continuar com “normalidade” os dias. Há uns anos decidi parar à séria e chorar o que tinha de chorar nestas dores todas. Revoltei-me contra Deus e percebi que Ele chorou comigo, que me amparou e que hoje pede-me: “Ajuda-me a aliviar sofrimentos, ajuda-me a dar vida em meio de tanta dor, ajuda-me a fazer com que as pessoas sejam livres e possam encontrar-me como o Senhor da Vida”. 


P.S. - Já há uns tempos que andava a ponderar e a rezar se deveria publicar que fui vítima de bullying. Ao ver o vídeo, percebi que era a altura. Ao falar em primeira pessoa, sendo feliz e realizado, sei que posso dar um passo na ajuda a muitas pessoas que sofrem no silêncio e dizer-lhes: não estás sozinho(a), é possível sair da “m*rda do bullying”. Por mais que possa custar, não te cales, pede ajuda! E tu, quando assistires, não te cales também!

Sobre o tema, aconselho a visita: Portal Bullying - http://www.portalbullying.com.pt


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Da antropologia à teologia [ou do telhado posto em cima de pilares]



Liesl Marelli

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Sou mais desta linha: da antropologia chegamos à teologia. [Sei que me arrisco à heresia, mas como é difícil inventar novas, não me preocupo tanto.] Ou seja, tenho esta intuição de  que muitas vezes para chegar a Deus é preciso conhecer-me enquanto humano. Às vezes fala-se de orações, espiritualidade, relação com Deus de tal forma que “põe-se o telhado onde ainda não há pilares”. O telhado protege, mas se não tem base… esmaga. Deus não sufoca e por não sufocar nem querer fazê-lo, muito pelo contrário dá Vida, fez questão de encarnar, conhecendo por dentro a humanidade. O Advento é mesmo o tempo para saborear esse desejo de Deus: viver em pleno a humanidade e dessa forma divinizar-nos… mesmo nas coisas mais banais da vida.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Acolher Refugiados



Steven Nestor

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Não foi por ser dia de S. Francisco Xavier, padroeiro das Missões, mas é bonita a coincidência. Hoje entrevistaram-me para um vídeo, do Serviço Jesuíta para os Refugiados, sobre uma grande missão a desenvolver e a promover: acolhimento de refugiados. Na nossa comunidade acolhemos estas pessoas, que vivem connosco um tempo determinado. Em Madrid já tinha trabalhado de perto com emigrantes presos por não terem papéis. Agora, literalmente aqui ao lado, vivo com pessoas que tiveram de deixar o seu país sobretudo por razões políticas. Volto, tal como em Madrid, a escutar histórias que parecem acontecer apenas em filmes ou nos jornais, lá longe… muito longe da vida quotidiana. É por estas e por outras que sinto tornar-me mais compreensivo e atento. Não importa a nacionalidade, em cada um de nós há vida… e alguns podem ser portas de esperança.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Presentes [e presença]



Patrice Carlton

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Entramos na altura em que se começa a pensar nos presentes. Que bom! Pensar no presente é pensar na pessoa a quem dou algo. Ao longo destes anos tenho ido reformulando o meu modo de presentear. Mais do que ser dar-algo-para-que-a-minha-consciência-fique-tranquila, tento que a pessoa se torne presente na minha oração… pedindo que Deus lhe dê o que mais precise. Depois, o que ofereço, dum poema a um livro, de uma música a uma fotografia, ou seja, a “matéria” dessa presença, será uma expressão de liberdade.


domingo, 1 de dezembro de 2013

Suavidade em Advento [... no dia em que também se recorda a luta contra a SIDA]



Aloke Runthala

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Está confirmado. Vou colaborar numa Comunidade Portuguesa aqui em Paris e estou mesmo animado. Hoje, depois da Missa, vieram-me cumprimentar algumas pessoas e uma senhora disse-me: “Bem-vindo, sr. padre. Dê-lhes pancada que eles precisam”. Na minha expressividade de rosto, passei do sorriso para o ar maléfico e respondi: “Hummm, posso começar por si?” E dei uma gargalhada. “Não funciono à pancada, mas com o sorriso. Acho mais suave e eficaz!” Penso na aproximação de Deus à humanidade… foi suave, como a luz das 4 velas que se vão acendendo em cada semana. Nós, cristãos, começamos hoje o caminho que nos leva ao Natal. Vejo o advento com muita suavidade, como pequenos passos de preparação ao grande acontecimento. E é isso a que somos convidados… a colaborar nesta preparação individual e comunitária do nascimento que mudou a História. Hoje também se celebra o dia de luta contra a SIDA. Rezo pelo caminhar até à cura. Rezo pelas pessoas que directa ou indirectamente vivem de perto esta realidade… enviando-lhes o meu abraço, carinho e apoio.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Escuta [do sofrimento]




Amy Toesing

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“Estás preparado para escutar o sofrimento?” Perguntou-me um jesuíta quando ainda estava no noviciado. Respondi que não sabia, era tudo tão novo. De vez em quando esta pergunta vem ao de cima. Uma vezes, qual super-herói, dizia que sim. Nestes tempos, tenho escutado muitos desabafos, acompanhado histórias e apercebo-me que escutar o sofrimento, melhor, pessoas que sofrem, tem de ser preparado com escuta pessoal, formação e amor. Algumas pedem justificações, outras simplesmente o abraço, outras que chore com elas… e confirmo: a grande preparação acontece na oração. Se não é a força divina a ajudar, a vocação não tem sentido.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tempo para mim



Christophe Debon

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Há dias que não aguento mais informação e surge aquela sensação de: “tenho de marcar na agenda um tempo para mim”. Ou seja, arranjar tempo para amar-me, gostar-me e, atrevo a dizer, desejar-me. Poderá parecer um pouco narcisista, mas não fiquemos pela “superfície”. É apenas um tempo, na imensidão da entrega diária: às vezes basta-me tomar um café, comer um “pan au chocolat” ou dar um passeio, com o telefone desligado, por um jardim ou a ver montras. Se o mundo acabar nesse momento, pelo menos estou recomposto para enfrentar a nova realidade.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Credibilidade [ou não] ;)



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Sei que tenho uma credibilidade a manter. Sou um membro do clero, respeitável, formal e nada flexível. Além do mais, a vida é feita de sofrimento, ascese, abnegação… e tenho de ser exemplo. Relembro-me isto todas as noites, no meu exame de consciência. Acreditaste, não foi Miguel? 


[Saliente-se que este rapaz participa num blog: "Comédia e Maminhas" - Oh GOD, que nome, já-se-me queimam os olhos só de ler - http://comediaemaminhas.blogs.sapo.pt/]


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Feridas



Alex Coppel

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“Paulo, desculpa estar sempre a contar a mesma coisa. Parece que não mudo de tema.” Respondi: “Há feridas que são muito grandes e que, por várias circunstâncias da vida, infectaram. Têm de ser limpas e protegidas. Mas não se curam de um dia para o outro. Na vez seguinte tira-se a protecção e repara-se que já fechou mais um bocadinho. Contudo, pode estar suja outra vez. Volta-se a limpar e a proteger. Já vês: a ferida é a mesma. Pior, é quando dói horrores e nem sequer se olha para ela. Essa dor espalha-se e a tendência é amargurar a alma. A limpeza faz doer, mas é a dor de curar. É de valentes a coragem de olhar para a fragilidade e feridas”.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher



John Clang

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Actualmente, há muitas mulheres que vivem sem confiança em si próprias, pois prevalece o medo de levar mais pancada e sentir mais pressão psicológica, violando a sua intimidade em todos os sentidos. A dor é forte, mas muitas vezes silenciosa e que até mata. Se o medo tem a última palavra, a ajuda a dar a estas mulheres é dizer-lhes, num 1.º momento de forma muito indirecta, “aqui estou”, de modo que a confiança tão fragilizada possa reaparecer. Num 2.º, sempre que possível, derivar para um acompanhamento que restaure a auto-estima e confiança plena. Infelizmente hoje é o dia contra a violencia de género. Infelizmente, pois ainda é uma triste realidade a recordar…


domingo, 24 de novembro de 2013

Equilíbrio(s)



Junaid Ahmed

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O equilíbrio não se pode tabelar pelo meio. Há alturas que um bom murro na mesa é a acção mais equilibrada. Outras, “engolir o belo do sapo”. Também pode acontecer que, não abrir a boca, mesmo tendo toda a razão do mundo, pode ser o mais sensato. Não me parece que se ponha em causa que Jesus foi equilibrado: expulsão dos vendilhões do Templo; a resposta da sírio-fenícia; os silêncios na Paixão. O seu reinado não é deste mundo… o critério para o seu equilíbrio é o do amor. Daí a Cruz como trono.

sábado, 23 de novembro de 2013

Lutas com Deus



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Não sei quantas lutas com Deus já tiveram. Grandes, grandes, passei por duas. Na mais recente, fiquei sem vontade nenhuma de ir à Missa. Acabava por ir e sentava-me nas últimas filas. Apesar de tudo, havia a certeza do Mistério que é maior que eu e era precisamente por isso que podia lutar. Um dia cheguei mesmo a gritar-Lhe, numa sala escondida. De vez em quando passo pela Igreja de Saint Suplice, onde está esta pintura da luta de Jacob com o Anjo. Confirma-me que não se deve de ter medo do combate espiritual… mesmo com Deus. No final, fui vendo-o cada vez mais como o Pai que me quer a crescer. E sirvo-O com maior liberdade. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ser [é isso: ser]



Pronob Ghosh

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Lembro-me daquela noite. Ainda não viva em Lisboa. Fui com a Suzanne ver a peça de teatro “Freud bate à porta” no D. Maria II. Queríamos mesmo ver o “Rei Lear”, mas estava esgotado. Quando acabou a peça, fomos, por minha insistência, para a porta por onde saiam os artistas: eu queria conhecer gente “famosa”. Falámos com alguns actores, sim. Em mim havia o desejo de: “se conheço gente famosa posso tornar-me famoso também”. Hoje sei o que estava por detrás deste desejo: o de “ser alguém”. Pensava nisto tudo, depois de ter celebrado na catedral de Notre-Dame, dos “likes” e comentários que tive na fotografia com o Arcebispo de Paris. Também por me ir tornando uma pessoa pública, onde, juntando às pessoas que conheço, muitas que desconheço pessoalmente me acompanham no que escrevo ou digo. Pela lógica, segundo aquele desejo antigo, estou a “ser alguém”. UAU! Nestes dias, no banal quotidiano, ao fazer as coisas simples de vestir o pijama e deitar-me, comer, lavar os dentes, de ter preguiça em estudar e sair com o frio que está, recordar as alegrias e falhas, voltei a algo importante: “ser alguém” não pode ser medido pela “fama”, mas por ser-se plenamente nas pequenas e grandes coisas, independentemente se se é conhecido ou não. E rezo: “Senhor, de coração peço-te, dá-me humildade e liberdade, para que, aconteça o que me acontecer, nunca esqueça, como pecador, o quanto sou amado para além de qualquer qualidade ou defeito”.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Coisas desagradáveis [ ;) ]




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Este post poderá ter um tom desagradável (peço desculpa aos mais sensíveis), mas coitado de quem não vai à casa de banho com regularidade. Depois da digestão feita, qual processo orgânico, o que está a mais é convidado a sair. Um traquezinho (ou -zão) dá sempre vontade de rir, ou então surge a vergonha por ter de se ir à casa-de-banho, com os cheiros e afins. Dá-me que pensar: se o nosso corpo se livra dos restos, então claramente o que cheira mal na nossa vida também é para se libertar. Nós, crentes, chamamos de pecado… e guardá-lo só faz é mal. Dá vergonha contá-lo(s), mas… quem não os tiver que atire a primeira pedra. Diz que do mais velho ao mais novo, todos saíram sem atirar. Afinal, todos precisamos de ir à casa-de-banho. ;)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Missa na Catedral de Notre-Dame de Paris



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Ontem co-celebrei como diácono na Catedral de Notre-Dame de Paris. Foi a Missa dos  Estudantes, de abertura do ano lectivo, presidida pelo Arcebispo de Paris. Costumo chamar a estas celebrações de “Business Class litúrgica”, pelos imensos pormenores a ter em conta. ;) Na sacristia perguntavam-me se era capelão de alguma faculdade ou escola. Respondia: “sou simplesmente um estudante”. Houve olhares de surpresa, como se tivesse de haver uma qualquer razão útil para lá estar. Tenho para mim que a vida religiosa não é uma questão de utilidade, mas de entrega. Cheguei a casa e voltei aos estudos.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Há pessoas de quem não gosto.



Edwin L. Wisherd

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Há pessoas de quem não gosto. Ou não tenho grande compatibilidade relacional. Tal como ao contrário. Lembro-me de ter passado por escrúpulos em admitir isto, achando que por ser jesuíta tinha de gostar de toda a gente. Isto não significa ser rude, ou mal-educado. O que sou chamado é a respeitar. No entanto, também tenho vivido boas surpresas… [sobretudo quando perco alguns medos. Apercebo-me que estou à defesa. Há coisas em mim que não gosto ou tenho vergonha e acabo por projectar em quem não tenho simpatia] … não ficámos melhores amigos. Houve, sim, oportunidade para conhecer outros lados de ambas as parte. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Comparações



Sam Abell

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Tenho-me debatido com as “comparações” e percebo que podem ser uma mina de enganos. É certo que vendo outras vidas diferentes da minha posso relativizar muita coisa e passar a agradecer o que tenho. No entanto, há marcas da história que têm de ser olhadas com carinho e respeito sem o “há quem sofra mais do que eu”. Sim, é certo que há. Mas, ter a coragem de entrar na própria “ferida”, com apoio se tal for necessário, ajuda a cicatrizar e a descobrir a sensação de liberdade… para depois, na medida do possível, ajudar “a quem sofra mais do eu”.

domingo, 17 de novembro de 2013

Missa [entre a apatia e a vida]



Nicholas Wiesnet

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Sempre que venho de Missas onde a assembleia está apática, onde se nota que se limita a cumprir, em que a celebração não é lugar de Encontro, penso: Que temos feito para se chegar a este ponto? Facilmente depositamos as culpas na sociedade, no abandono da fé. Mas esquecemos a dose de paternalismo, onde surge: “pobres de vocês que não percebem nada disto da fé”. Olhando para as mãos a quem dei a comunhão, percebo que esses e essas têm muito a ensinar sobre a fé. Enquanto não se convidar a trazer os tachos, a esfregona, os alunos, os doentes e a doença, as fotocópias, a enxada, o volante, a fome, os livros, as dores, as conquistas… a vida, a VIDA tal qual é… sim, a Missa será sempre uma seca. E o problema não é “deles”, é nosso.

sábado, 16 de novembro de 2013

Excessos [de religião neste caso]



Huzzatul Mursalin

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Como qualquer excesso, o de religiosidade pode fazer mal e nem sequer vir de Deus. (Não falo do fundamentalismo, apesar de ser claramente um excesso de religiosidade aliado ao de estupidez). Viver em relação com Deus não implica “Pais-Nossos” por tudo e nada. Quem mora no fogo divino não tem medo das coisas terrenas e sabe vivê-las como terrenas que são: chora com os que choram, ri com os que riem, alegra-se com os que se alegram, indigna-se com os que se indignam com a injustiça, celebra com os que celebram, ajuda os que precisam de ajuda.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Comunhão [encontro]



Kathleen McLaughin

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Dos momentos que mais gosto da Missa é o da comunhão. Gosto de olhar o rosto das pessoas e sorrir-lhes. Para algumas talvez seja o momento de maior indignidade, para outras a rotina de cada domingo, para outras a possibilidade de encontro depois do perdão pedido, para uma pequena parte, e sim, possível, o alimento do dia. Não conheço as suas vidas, pecados, misérias ou alegrias, e naquele momento nem me interessa conhecer. Interessa-me sim que ao comungar descubra a liberdade do Encontro. Por isso sorrio. Pequena ou grande, naquele coração há festa. Deus não perde oportunidades.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

[Pequenez do que se sente]



Romeo Ranoco/Reuters

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Quero escrever, mas sai-me o silêncio. Aquela secura de não saber que dizer ante a pequenez do que se sente. O Sábado Santo desperta ao som de um furacão. Na escuridão da pergunta “Onde estás?”, escuto as lágrimas da dor. Ele, sem abrir boca, revela o coração enquanto chora. Do outro lado do mundo, seja ele qual for, a vida continua. Só pode continuar. 

[A Fundação Gonçalo da Silveira, também dos jesuítas, abriu uma conta para poder ajudar as vítimas do furacão:
000.10.588982-8 Emergência Filipinas (Montepio)]

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ajuda para as Filipinas [a partir da Fundação dos Jesuítas]




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Nós, jesuitas, acabámos de receber uma carta do Provincial das Filipinas. Reforça o que tem sido noticiado sobre o sofrimento das pessoas (mortes, desaparecimentos e desespero) após a passagem do furacão Haiyan. E, claro, pede ajuda, muita ajuda. Deixo o link da Fundação dos Jesuítas nas Filipinas, onde se pode seleccionar ajuda às vítimas do furacão. A ajuda é feita em dólares: (1 US dólar = aprox 0,75€). Além da ajuda, reconhecendo que por vezes, tendo em conta a crise que muitos atravessam, não podendo de todo apoiar financeiramente, pede-se a oração, por exemplo, para que no meio de tanta decisão a tomar, se encontre a serenidade possível para tomar as ajustadas. 

Fundação dos Jesuítas nas Filipinas: http://www.phjesuits.org/pjf/share.php