domingo, 30 de junho de 2013

Paris




(Versión en español en los comentarios)

E assim acompanhado por esta música, entrei em Paris. Algo novo começa. Só podia ser uma “chanson d’amour”. É o que dá ser um apaixonado por natureza. Amando a vida tem outro encanto.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sorriso [antecipado]




(Versión en español en los comentarios)

Uma pessoa dorme sem horas, acorda... põe uma música animada, em modo “move on”, e há todo um sorriso a acontecer. Daqueles bons que antecipam reencontros. :)


quarta-feira, 26 de junho de 2013

¡Gracias España!



(Versão em português nos comentários)

Y así termino 3 años de mucho estudio, amistad, cercanía, conocimiento en estas tierras de mi vecina España. Voy con un fuerte sentimiento de gratitud: a Dios, a la Compañía de Jesús y a las muchas personas con quién me fui cruzando de forma más o menos cercana. ¡Qué Dios siga bendiciendo a España y a todos los países de lengua española! Pero, sobre todo, que bendiga a cada uno de vosotros y vosotras que acogen al extranjero que aterriza por estos lados. ¡Un Abrazo Fuerte! :)



segunda-feira, 24 de junho de 2013

[Visitar a] tristeza




(Versión en español en los comentarios)

Podia dizer que a tristeza não tem sentido. Mentia. Quando tudo é vivido com profundidade, tudo tem sentido. Visitar a tristeza permite-me reconhecer a densa alegria e felicidade. Paradoxal, sem dúvida. A flutuação dos sentimentos também tem que ver com  o agradecimento do bem que se vive(u). As pessoas, os espaços, os tempos enchem-se de vida e histórias. Dá-se o recordar... e a saudade sussurra: “Estás vivo e amas”.


domingo, 23 de junho de 2013

Renúncias



Brice Portolano

(Versión en español en los comentarios)

[Da homilia de hoje] 

(...) Negar-se a si mesmo não tem que ver com uma anulação, com deixar de ser, mas com a possibilidade de dar o passo em nome de algo maior. (...) Jesus não nos pede que sejamos voluntaristas, mas que, com a sua ajuda e graça, dentro da nossa verdade, possamos conhecê-lo melhor, fazendo cominho com Ele. Nós somos chamados à Vida, com “V” maiúsculo, onde nos vamos “revestindo de Cristo” como recorda S. Paulo. Ao estar incorporados e revestidos de Cristo, significa que o passo a dar em direcção à vontade de Deus, mesmo sendo doloroso implicando renúncia e separação, abre novos caminhos de plenitude. Muitas vezes esses caminhos não se vêem imediatamente, há que fazê-los para que a perspectiva vá mudando. (...)


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Festa da Música





(Versión en español en los comentarios)

Hoje celebra-se a Festa da Música. Partilho uma que, a meu escutar e ver, resume muito: cultura, sentimentos, voz e instrumentos, harmonia, sinfonia, silêncio da escuta, História, humanidade, arte. Especialmente dedicado a quem faz da música vida e caminho de encontro. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Do verbo partir



Passeio por Madrid com dois Bem-me-quer

(Versión en español en los comentarios)

Ando às voltas com a densidade do verbo partir. Nele se escondem outros dois: o quebrar e o ir. E dois sentimentos: tristeza e ânimo. Faz parte do ser peregrino. Deixar este lugar em direcção a outro, não sendo simplesmente passar uma etapa ou fase. Há o agradecimento, a gratidão de haver um antes e um depois. Não é pouco. Também assim se desenvolve a história e as relações. E aos poucos, uma vez mais, encaixoto roupa, livros e emoções. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Entre mestres e ministros



Robert Doisneau

(Versión en español en los comentarios)

No pouco latim que aprendi, não pude deixar de sorrir ante o significado de “magister” e “minister”. O primeiro designará o mestre, pois é o que sabe “mais”, o segundo refere-se ao escravo ou servo, já que radica em “menos”. Curiosa ironia dos tempos ou das palavras: em termos antropológicos, sociológicos e religiosos. Quando se perde o sentido de escuta todos têm razão e ninguém admite a quota parte de culpa. Desaparece a maestria (ou fazem-na desaparecer), toma o pedestal a ignorância... e vive-se o diálogo de surdos. Resultado: o caos ou desordem, dando azo à força bruta e irracional. 


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Caminho [de montanha]



Barry Bishop

(Versión en español en los comentarios)

Há dias em conversa com um companheiro falávamos sobre o conhecido caminho espiritual como subida de montanha. Ele comentava que os Exercícios de Mês deixavam-nos no último acampamento, antes de chegar ao troço em que já não se vê o caminho que leva ao cume, rodeado pela densa neve e gelo. Quem dá o passo seguinte, deixando esse acampamento, sabe que tudo pode acontecer. Ando a pensar nisto. Há momentos que ainda me sinto a dar voltas na base, depois de subidas e descidas a poucos metros. Neste caminho não se consegue subir por orgulho, mas abandonando ideias, preconceitos, ideologias e modos de viver o poder que impedem a entrega (seja em que missão for).

terça-feira, 11 de junho de 2013

Viagem espiritual [sem esperar]



(Versión en español en los comentarios)

Quando menos se espera, um passeio de descanso, de desligar da realidade quotidiana, torna-se numa viagem espiritual. É verdade que fui a sítios especiais e com muito significado. Mas, conversas, encontros, os próprios sítios enchem-se de algo (ou Alguém) que confirma a certeza da universalidade, expansão e visão ampla de horizontes. Confesso que não sei bem o que tudo isto significa em concreto. Só sei que sou convidado a pôr “em cada gesto solenidade e risco”, como resultado da “escuta” que acontece. Deus tem uma pedagogia indecifrável pela pura razão. E é isto, quando menos espero faço uma viagem espiritual. Deus é irresistível. 

[A foto é da escultura “Pou de llum” (Poço de luz) em Manresa, de Fernando Prat, artista chileno, que representa uma espiral de luz, onde estão inscritos 117 nomes, todos com um ponto em comum: a experiência mística. Esta não escolhe credos, apenas corações abertos e prontos a acolher. A partir daí...]

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Portugal [Dia da raça lusitana]




A palavra “saudade” descreve muito de nós. Parece que estamos constantemente com saudade: do passado, do futuro, do presente. Se por vezes há aquele desejo bom do reencontro, noutras amargamos o que ainda não temos, prevalecendo a queixa e o desespero. Não podemos esquecer a raça Lusitana, aquela que nos fez rasgar horizontes desconhecidos, acolhendo novas terras e gentes. Hoje, os horizontes não são físicos, mas de alma. Que o dia de Portugal nos ajude a agradecer a riqueza do que somos e a lutar esperançosamente pelos “mares por navegar” da justiça, lealdade e verdade.


domingo, 9 de junho de 2013

Cerimónias...



(Versión en español en los comentarios)

Hoje foi a cerimónia de graduação da Universidade. Apesar de ainda me faltar a defesa da Memória final de curso, hoje fechei simbolicamente este tempo de estudos de Teologia. Vivo uma mistura de sentimentos. Há um que toca forte: agradecido por poder estudar e formar-me... com o desejo de poder servir melhor. Ufff, é muita emoção para um ano só. ;)


sábado, 8 de junho de 2013

(...) [VII]




(Versión en español en los comentarios)

Fazer um Deus à medida é o caminho mais fácil. Encontrar Deus que impele à visão de abertura de horizontes traz riscos, daqueles que só quem vive a Fé pode agarrá-los, pondo-se em contínua marcha a derrubar falsas imagens d’Ele. Há quem pense que ser crente é fácil e para ignorantes. Cada vez mais acho que ser verdadeiramente crente implica coragem e inteligência, pois a Fé abate ídolos. Não os de ouro ou prata ou barro ou pano, mas os que levam cravados anos e anos no coração e impedem sentir a liberdade dos sentimentos e decisões. E, claro, Deus aí não dá respostas, apenas orientações: que se aceita ou não.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Coração



Valerio Loi

(Versión en español en los comentarios)

A propósito do Coração de Jesus que se celebra hoje pensei nas vezes que me apaixonei. Foram algumas. Numas rocei suavemente o amor, noutras baralhei-me nos sentimentos da descoberta de mim mesmo, outras tantas não fui correspondido. Hoje pensei no amor de Deus, no que significa ter coração. É amar, sabendo que por vezes não há resposta e ainda assim seguir em dar-se. O Coração de Jesus recorda-me que quando se ama verdadeiramente nunca se perde, só se ganha: em compaixão, misericórdia, ternura e... em último caso, juízo.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Morte [e o silêncio do abraço]



Michael Kenna

(Versión en español en los comentarios)

A Morte nunca está nos planos. Não se a quer, não é desejada. Quando chega, surge a sensação de finitude, de impotência, de raiva, com a possível vontade de gritar aos céus, sem preocupação de se poder estar a blasfemar. É o grito das entranhas sobre a partida de quem das entranhas saiu. A melhor palavra é o silêncio. Aquele que escuta, acolhe e abraça... sobretudo quem perdeu o chão do sentido de viver.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Músicas [que falam do fechar]




(Versión en español en los comentarios)

Inesperadamente aparece aquela música que representa na perfeição o que se sente. Pois, aconteceu-me na 6.ª passada. Não consigo deixar de a ouvir. Dá-se o misto de: alegria, nostalgia, saudade antecipada, tristeza até, junto com o profundo agradecimento. Mais uma vez começo a fechar ciclos. Ao jeito de capítulos de um poema ou conto. 


domingo, 2 de junho de 2013

Corpo de Deus [Solenidade]



Emma Dupont

(Versión en español en los comentarios)

Da minha homilia para o dia de hoje - Corpo de Deus: “O ser humano, como corpo que é, abre-se também de modo corporal à transcendência. No entanto, mesmo que a mística do Corpo seja “próxima”, na actualidade continua a ser desconhecida. Reduzimos a relação com Deus a uma espiritualidade longe do corpo. Não me parece que seja o caminho a seguir. (...) [Seria tão bom] que a mística do corpo não continuasse desconhecida. Que a beleza do Corpo de Cristo possa ser redescoberta na profundidade e beleza de um Abraço, tornando esse momento oração e encontro. E sobrará muito mais vida para partilhar.”


sábado, 1 de junho de 2013

Dia da criança



Amy Hildebam

(Versión en español en los comentarios)

Quando era pequeno, com 5, 6 anos, pensava que as pessoas nasciam como eram, como estavam. Depois fui crescendo e percebi que afinal todas as pessoas foram pequenas também. O pensamento seguinte, com p’raí 10 anos foi: “ah, se somos bebés, crianças, adolescentes, adultos e velhos é para guardar o importante de cada fase e mantê-la, para não esquecermos que estamos sempre em aprendizagem”. Hoje: “Temos de ser. Em profundidade, com a idade de quem aprendeu a saber estar... com seriedade ou na brincadeira de uma tarde bem passada a saltar ou a rebolar na relva”.