quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Anjos [de carne e osso]




Duarte Bon de Sousa


Diz que Deus por vezes é tímido. Afinal, o seu rosto é tão intenso que não é possível vê-lo directamente. Por isso envia anjos. Apareceram a Abraão, um lutou com Jacob, Gabriel encontrou-se com Maria. Mensageiros: mostram a importância da humanidade. Hoje recorda-se os Santos Arcanjos. É dia de trazer à memória e agradecer a quantidade de anjos que, no quotidiano e no extraordinário, acompanham, dão a mão, abraçam, fazem rasgar caminhos, desafiam ao crescimento, não deixando ninguém só, mesmo quando se sente total solidão. Tantos de carne e osso, com nome e rosto concretos... meio disfarçados por essas ruas fora.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Péssimo(a)?




Mickel Smithen

[Secção pensamentos soltos sobre humanidade] Infelizmente, julgamo-nos demasiado em quantidade e em velocidade.
- Porque não consigo acalmar um filho numa birra, sou uma péssima mãe ou um péssimo pai.
- Porque não estou a 100% no casamento, sou um(a) péssimo(a) esposo(a).
- Porque dou-me conta de que não consigo dar bem esta ou aquela matéria, sou um(a) péssimo(a) professor(a).
- Porque, estando numa missão de risco, tenho saudades e até medo, sou um(a) péssimo(a) militar.
- Porque não consigo gostar de toda a gente por igual, sou um(a) péssimo(a) religioso(a).
- Porque não consigo dar atenção às 5 paróquias e 4 cargos na diocese, sou um péssimo padre. 

Pois… há muito trabalho a fazer para se perceber que não se é péssimo porque se falha, porque se vive as emoções, porque não se é uma máquina. É péssimo, sim, a falta de compreensão para consigo próprio e para com os outros, nessa consciência de que se é, mesmo, de facto, realmente, humano e não um número ou objecto social.


terça-feira, 27 de setembro de 2016

13 | 476




Dulce Antunes - no momento da consagração na última Missa dos Exercícios Espirituais que orientei há dias.

Hoje passei pelas salas do 8.º ano. Grande parte dos alunos tem 13 anos. Os mesmos que hoje celebro como Jesuíta, ao lado dos 476 que igualmente celebramos da Companhia de Jesus. Há 13 anos nasciam eles, nem sonhando o tanto a viver até agora. Há 13 anos entrava no noviciado, com tantos medos e misto de certezas e incertezas, nem sonhando o tanto a viver até agora… simplesmente confiado em Deus que um dia sussurrou o chamamento até aqui. Em memória agradecida, recordo as pessoas, as conversas, as peregrinações, as aprendizagens, as dores, as quedas, as confirmações, a fé, os Exercícios Espirituais, o silêncio, o “ser em caminho”... que me têm aproximado a Deus. Um Abraço a todos os jesuítas, por esse mundo fora que é a nossa casa, junto com a minha oração ao “Senhor de todas as coisas” por nós, em especial pela próxima Congregação Geral quase a começar, pelas nossas missões e por todas as pessoas que nos ajudam a ser quem somos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Coisas...




[Coisas da vida de um padre] Este fim-de-semana estive em Portimão. Entre o pouco tempo, deu para celebrar um casamento, um baptizado, descansar, dar um abraço a um grande amigo no seu aniversário, estar em especial com os meus pais, co-celebrar com gosto na Matriz e co-celebrar, muito agradecido, na missa em que 3 companheiros jesuítas, da nova comunidade que se fundou na minha querida cidade, foram nomeados párocos da paróquia de N.ª Sr.ª do Amparo. Nestas celebrações, encontro sempre muitas pessoas conhecidas. Há sempre algo caricato a acontecer e que se repete: já percebi que a minha simpatia vem de tenra idade… pelos vistos, eu era tão, mas tão, dado que andei de colo em colo por metade ou mais de Portimão… e,melhor, são tantas as pessoas que, além do colo, davam uma ajuda aos meus pais, gabando-se sempre com muito orgulho e entusiasmo pelo facto de me terem mudado as fraldas. Enfim, isto da intimidade tem que se lhe diga… ;)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Gosto de lá voltar




Gosto de lá voltar. Já há muito que não o fazia. Os naturais cumprimentos que alimentam memórias: "como estás? Ainda te lembras dele? Foste meu aluno? Que fazes agora? É padre?!? Não sabia!" Outros cumprimentos de quem não me conhecia: "é o colega novo de português?" Risos e recordações, com as novidades de linguagem comum na educação. Sozinho passeei pelos pátios e pavilhões. Os espaços, com tanto de igual e tanto de diferente, evocam tempos idos. Aquele canto, onde nos juntávamos no intervalo grande da manhã. Os bancos do jardim, que me fizeram lembrar uma conversa específica sobre a morte e a vida. A sala de aula que em tempos passados sentei-me como aluno. Hoje, como professor trago à memória os tempos de aluno, reconhecendo os educadores e formadores que também me ajudaram ser quem sou. Esta semana, na SIC, uma reportagem falava da desmotivação de professores e de alunos. Quem vive o quotidiano de escola, acompanha esse crescendo da desmotivação, tentando ser excepção no estímulo, apesar do sistema educativo cada vez mais burocrático e cansativo. Todo o aluno tem potencialidade de talentos, para além do "tem de ser" para reconhecimento social. Há o simples "ser", esse já de si carregado de força que nada nem ninguém deveria abafar. Educar, que engloba o instruir e o ensinar, implica o direccionar para fora, ajudar a sair de si, dando ferramentas para que cada qual dê o seu melhor. Tal como afirma Eclesiastes, há tempo para tudo. Hoje foi dia de recordar o tempo de aluno e agradecer os educadores que me ajuda(ra)m a sair de mim, para, agora como educador, ajudar outros a partir. Mesmo que o tempo passe e tudo vá ficando diferente, gosto de lá voltar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Nome e desafios




[Aula de 9.º ano - a primeira] As apresentações podem tornar-se um pouco secantes para os alunos. Afinal, eles dizem o mesmo algumas vezes. Propus algo: “Gostava que me dissessem o vosso nome e, depois, que desafios cada qual sente como dinamizadores em tornar o mundo melhor, mais humano.” Antes da proposta, dirigi-me a cada um(a) e... “você é espectacular!”… (rostos de estranheza e sorrisos). Depois, disse-lhes que não eram o futuro da humanidade. É sempre interessante ver a reacção de indignação. “Alguém tem noção do porquê?” “Porque somos o presente.” Responde um, logo na segunda possibilidade. “É isso. Neste aqui e neste agora, o que cada um de nós faz já tem um sentido. Sim, na tal história de estudar, aplicar-se e, de forma especial na minha disciplina, em humanizar(-se). Então, começamos por aqui… nome e desafios.” Fui escrevendo no quadro. Há muito material para trabalhar ao longo do ano.

Dia de S. Mateus e Internacional da Paz




[Secção outros tons – especial dia de S. Mateus e Internacional da Paz] Chamo-te: acredito na tua essência. Passado de injustiça, presente de confiança, futuro de esperança e anúncio. Sem rodeios, sair… também de pazes apodrecidas. Tu e Eu e Tu formamos diferenças. Não nos enganemos. A Paz vem daquele que acredita que o outro, todo o outro criado à imagem e semelhança, é digno. 

Foto de uma foto que me foi oferecida com tanta história de partilha e encontro. Por detrás, dactilografado, um poema de Daniel Faria: 

explicação da madrugada

água entre muralhas:
 o orvalho


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Entrevista Ecclesia




Convidaram-me, em conjunto com a professora Elisa Urbano, para ir ao programa da Agência Ecclesia falar sobre educação. Aqui fica o meu agradecimento ao Paulo Rocha pela entrevista. Abordámos, inevitavelmente, a situação das escolas com contrato de associação, precisamente por trabalhar numa que sofreu cortes totais, estando a sofrer as tristes consequências. Mantém-se o silêncio oficial por parte do Ministério, considerando que a comunicação social (ainda?) não é orgão oficial de comunicação do Estado. 


Educação





Sally Nguyen

[Pensamento muito solto sobre educação em tempo de regresso às aulas] Devia-se caminhar cada vez mais na colaboração entre educadores-família e educadores-escola. Sabendo a função de cada um, sem atropelos, em complemento, ajuda muito mais no crescimento do educando. Por aqui vamos avançando na educação parental, onde se fomenta a importância do elogio e a aprendizagem no ajuste na correcção, percebendo o que é que a criança realmente está a dizer, seja em gestos ou palavras. Melhoramos o ser educador (em família ou em escola), para além da experiência que se tenha, na aprendizagem uns com os outros.  


sábado, 17 de setembro de 2016

TED




Quase, quase a "botar faladura"... O sentido para além dos sentidos. Eu que sou grande fã das TED talks, vou partilhar algo numa. É emocionante!

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

[...]




[Secção outros tons] A cruz nem sempre é vista com a claridade das horas. Em tempo sombreado, mesmo que a perda, a morte, o sem sentido, sejam a principal nota, o matizado de vida, na diversidade de dons, ilumina a certeza da passagem a outras possibilidades.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Exercícios Espirituais





Dentro de breves minutos começo a orientar Exercício Espirituais a um grupo de 15 pessoas. Em silêncio, propõe-se escuta de Deus... e de cada qual diante d'Ele.


Desabafos




Edwin Rosskam

[Secção desabafos] Por respeito, não é de mostrar a realidade de vidas económica e social de boa parte dos nossos alunos que estão a regressar às aulas, selecionados segundo os critérios estabelecidos pelo Estado. E esta escola é uma das que tem contrato de associação. Para quem vive diariamente as suas histórias, começa, além de entristecer, a cansar as piadas à volta do mesmo, em especial vindas de muita desinformação. A Educação precisa, mais do que política, confrontos e acusações, de colaboração. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Libertar




Chris Cannucciari

“Desculpe, P. Paulo, por estar a levar com isto tudo.” Ouço, muitas e muitas vezes, no final de uma partilha intensa ou mesmo confissão. No entanto, nunca aceito este pedido de desculpa. Não faz sentido. Sobretudo quando, de algum modo, me confirmam a vocação de ajudar a libertar. Cada pessoa tem a sua história e por vezes tem de despejar a porcaria que a impede de viver bem, com qualidade, nas suas muitas dimensões. “Ah, mas dizes que a vocação de padre é ser caixote do lixo?” Não… digo que a vocação de padre, inspirado por Cristo, também é a de, apesar das noites, tristezas ou porcarias, ajudar a revelar a beleza e o imenso da humanidade.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Encontros





[Coisas na vida de um padre] 

Estação Porto-Campanhã. Sotaque bem cerrado.
- O senhor num estebe ontem na tê bê?
- Sim, estive. 
- É o padre?
- Sim.
- Ai tenho de dizêre: onde é que dá Missa? Bou passar a ir todos os dias! Fala bem e é todo jeitôso. 
A amiga: - oh, num tens bergonha? 
- De quê?! De dizêre a berdade? Gostei do que disse sobre os bombeiros e q'é jeitôso, é! 
Eu, depois de rir à gargalhada:
- Obrigado pelo elogio. Mas, olhe, se começar a ir mais à Missa há-de reparar que, além de haver muitos mais padres a falar bem e jeitosos, o grande jeitoso é mesmo Nosso Senhor. 

Do beijinho não escapei e seguimos caminho. ;)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Nação Valente




Nação Valente, o programa de hoje da RTP, em homenagem aos bombeiros e angariação de fundos, tanto para os bombeiros, como para as vítimas dos incêndios em Portugal. Dei o meu contributo, comentando algumas ideias. Estava nervoso. Tentava concentrar-me no que me perguntavam. É mesmo diferente falar em estúdio e no exterior. De fora, na TV, não se nota tanto a agitação de exterior, mas lá, com as crianças na natural animação ali mesmo ao lado, o mega foco de luz apontado à cara e o coração a pensar em tanta gente concreta, estava com o pensamento a mil e tinha a sensação de me baralhar e repetir no que ia dizendo. Esqueci-me de algo: agradecer a todos os militares que ajudaram no terreno. Neste tempo em que se fala, também injustamente, de alguma formação militar, é de reconhecer a honra que vivem no serviço à pátria e ao próximo. Aqui ficam os links para os dois momentos:




domingo, 11 de setembro de 2016

Texto a pensar em ti que entraste e em ti que não entraste no Ensino Superior




Riyas Muhammed


A ti que entraste:
Parabéns. Se foi onde querias, aproveita ao máximo esse desejo que foi brotando e agora vês realizado. O natural ânimo vai ajudar a superar os desafios que tens pela frente. Se foi onde não era bem o que querias, porque não agarrar a oportunidade? Haverá sempre a possibilidade de mudar, mas, ainda assim, algo novo está pronto a ser-te revelado: entre pessoas, sítios e ensinamentos, até poderás ter a surpresa de perceberes que faz sentido e ser o/a melhor daquilo tudo. ;) Enquanto és caloiro(a), vai aprendendo dos mais velhos, não só o que há a fazer, mas aquilo que não queres fazer. Não entres em competições estúpidas, que levam a injustiças e malvadez. Que as tuas classificações sejam sempre abrilhantadas de esforço, de verdade e de colaboração.

A ti que não entraste:
Poderás estar a dar voltas ao porquê, naquela sensação de frustração e vazio. Ou então, a deixar que a esperança da 2.ª fase ganhe sentido para avançar. Não, não és a pior pessoa do mundo. Não te compares com ninguém: a história e a vida são as tuas, o caminho é o teu. O mundo não acabou. Respira fundo e vê o que há a fazer para continuares a lutar pelos teus sonhos. O mundo pode dar voltas e encontrares sentido de caminho onde menos esperas. Abre o coração às surpresas. ;)

A ambos:
O Ensino Superior é reconhecimento. No entanto, maior reconhecimento é alguém que trabalha os seus valores na contribuição de um mundo mais justo e humano. Por isso, seja em que etapa de vida estiverem, não sejam medíocres no pensar, na visão do mundo, nem se percam em imitações seja de quem for. Sim, inspirem-se em quem possa orientar para o crescimento humano, que implica o académico, mas, sobretudo, o de sentido de justiça e de serviço. Não guardem para vocês: partilhem, colaborem, humanizem o que vos envolve. Continuem a descobrir os talentos, a pô-los em prática. Não tenham problemas em reconhecer a fragilidade. É certo que em realidades tão competitivas, algumas mesmo selvagens, são os mais fortes que aparentemente ganham. No entanto, a fragilidade bem entendida, pode dar muita força… nesse caminho de humanização. Não esqueçamos: não somos máquinas, somos humanos.

sábado, 10 de setembro de 2016

Mentalidade de aldeia




Juan Osorio

[Secção desabafos] A mentalidade de aldeia por vezes pode ser muito perigosa. Reconheço o bom de se viver em comunidade mais pequena, em que as pessoas encontram-se em maior proximidade e entre-ajuda. No entanto, o lado menos simpático da mentalidade de aldeia é mesmo o de se ficar com a visão pequena da realidade, como se o mundo fosse apenas aquele espaço limitado. “O que é os outros vão pensar?”, ouve-se por vezes. Mas, saberão lá os outros da vida de cada qual? Do que realmente se passou? Se alguém engravidou, surge com uma criança, abortou, "saiu do armário" divorciou-se, é familiar de uma pessoa que se suicidou, etc., não precisa de gente a apontar o dedo, a condenar, a pôr-lhe mais fardos pesados. Se não se sabe o que dizer, cale-se. Sim, o silêncio é maravilhoso, pois assim, além de não provocar mais ruído, ajuda a escutar o próprio coração e a curá-lo das ânsias de novidades sórdidas para espalhar maldade e mesquinhez. Há tanto sofrimento desnecessário… e tanta gente a precisar de sair da aldeia cerebral para perceber que o mundo é muito mais vasto.


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Celebração




[Secção homenagem] Podia contar histórias e mais histórias, que de História já se preenchem estes laços de irmandade. 26 anos de melhor amizade do mundo, universo e arredores, onde mantemos a loucura de crianças e a seriedade de adultos que partilham cantos e encantos do caminho feito, longe ou perto, nesse apoio de quem muito quer a Vida um do outro. Agradeço a Deus, entre muitas coisas de ti, Suzanne, a existência plena de sentido, em especial na entrega de humanidade e de sonhos. Tu, hoje, és a Rainha.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Educar


Marius Cinteza
Educar não é fácil. Até aí nada de novo. O novo é cada educador, em relação familiar, académica, cultural ou desportiva, perceber isto em cada dia. Todos se transformam: o educando em receber ferramentas para a liberdade, o educador em descobrir-se cada vez mais livre para transmitir ao seu modo as ferramentas para a liberdade. O trabalho é exigente e contínuo, para que não haja imitações, mas inspirações. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Sapatilhas [ou ténis]




[Secção coisas de nada] Podia ser uma pintura. Reconheço a inspiração em Van Gogh. Saiu uma fotografia de sapatilhas (ou ténis, conforme a região geográfica de quem lê). Engraçado como as coisas ganham história e estórias. Comprei-as em Madrid, numa das minhas primeiras estadias em tempos de comissário. No Corte Inglês de Preciados. Na altura, andava com a mania das modas e das marcas. Inconscientemente: “só se é gente quando se veste marca”. Enfim, daquelas coisas de crise de auto-estima. Os anos passaram e entrei na Companhia de Jesus. Não tinha outras e levei-as para o primeiro Campo de Férias. Depois, peregrinação. Seguiram-se outros Campos e peregrinações. Contam muitos km’s e muita terra, coladas várias vezes com super-cola. Nem sequer era mania de pobreza, apenas o gosto de já fazerem parte dessas histórias de 13 Campos, com muito pó e muita animação. Ao vê-las recordo especialmente o uso, o caminho feito, desde aquele dia, lindas e maravilhosas na montra… até agora, gastas, rotas e cheias de contos. Hoje, conscientemente: “só se é gente quando se ama”. 

domingo, 4 de setembro de 2016

Madre [Santa] Teresa de Calcutá




AP

Os santos de longe em tempo, apesar de perto na oração, são descritos a partir de histórias que foram deixadas em textos, seus ou de outros por si. Depois, há os que tocaram pelo seu gesto e pela sua voz, aqui tão pertinho, como se os conhecêssemos em vizinhança. É o caso de Teresa de Calcutá, que, como o Papa Francisco hoje dizia na canonização, pela marca da sua simplicidade não dá para chamar por Santa, mas, como sempre foi carinhosamente conhecida, Madre Teresa. O profundo de Deus presente na simplicidade da acção pelos que a sociedade mais rejeita, excluí, como se fossem indignos. Das grandes lições é que diante d’Ele não há indignos. A Madre Teresa foi a grande mensageira disso mesmo.